A matemática do Corinthians

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E a derrota de ontem, acendeu um alerta no Corinthians, ou pelo menos assim todos vendem, pelo fato de dar alguma graça na parte de cima da tabela.

Realmente, são duas rodadas de diferença, contudo não custa lembrar que só restam 08. Ou seja, além de torcer para o Corinthians continuar com campanha pífia no returno, ainda é necessário que Palmeiras e Santos realmente consigam fazer o belo returno.

Se lembrarmos do final do primeiro turno, Corinthians conquistou 47, contra 35 do Santos e 32 do Palmeiras. Se pensarmos que o Tite considera que 72 já torna o clube candidato ao título e com 75 é garantido, vamos passar para os postulantes.

Pensando em 72 pontos, para o Corinthians faltam 13 pontos dentre os 24 restantes, para o Palmeiras e Santos restam 19 dos 24, tanto o time da Leila quanto o da praia, tem pouca margem de erro para atingir a pontuação boa.

Além disso, significaria que Palmeiras faria um returno de 40 pontos. Um ótimo returno.

Olhando para a tabela, temos:

Corinthians: Ponte (fora), Palmeiras (casa), Atlético-PR (fora), Avaí (casa), Fluminense (casa), Flamengo (fora), Atlético-MG (casa) e Sport (fora). Sinceramente, os próximos dois jogos são perigosos para uma perda de título incrível, fora isso, é completamente tranquilo buscar os resultados nas demais partidas.

Palmeiras: Cruzeiro (casa), Corinthians (fora), Vitória (fora), Flamengo (casa), Sport (casa), Avaí (fora), Botafogo (casa) e Atlético-PR (fora). A tabela do Palmeiras para quem quer buscar uma arrancada histórica é ótima, mas precisará contar com o tropeço do rival, fora isso, apenas ir bem, não dará certeza de nada.

Santos: São Paulo (fora), Atlético-MG (casa), Vasco (casa), Chapecoense (fora), Bahia (fora), Grêmio (casa), Flamengo (fora) e Avaí (casa). O Santos é o azarão nessa disputa, tem uma sequência complicada fora de casa e pode ficar pelo caminho após voltar de Salvador.

Por fim, apesar da emoção gerada pelo returno pífio do Corinthians, o Palmeiras teria que repetir história parecida com a de 2009, quando na oportunidade ele era o Corinthians e viu o título escapar de forma incrível nas últimas rodadas do campeonato.

Para o Corinthians, basta olhar com atenção para o que aconteceu em 2009 com o arquirrival para não repetir os mesmos erros. Do pouco que vi, acho que Carille pode arriscar uma mexida ou outra no time, como “perder” um pouco do meio e ganhar agressividade nos jogos em casa.

Na matemática, ainda assim é muito difícil o Corinthians perder, o problema é que mesmo a matemática no futebol é subjetiva.

O que você faria?

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E ontem a noite as discussões nos programas de futebol giraram em torno da mãozinha marota de Jô para garantir o gol da vitória sobre o Vasco.

Apenas um adendo, o Corinthians até está permitindo uma disputa no returno, mas a preguiça é enorme por parte dos concorrentes, mas vamos voltar a polêmica.

Além da velha máxima do erro, a questão ganhou proporções maiores pelo personagem, para quem não lembra Jô foi “beneficiado” pelo fair play de Rodrigo Caio ao avisar que não tinha levado um chute do atacante e poupando ele de um cartão e da suspensão para a disputa da próxima partida novamente contra o São Paulo.

Jô foi um bom resumo do que devemos estar questionando em nossas vidas atualmente. Quantas vezes foi fácil elogiar a atitude alheia, mas não conseguimos repetir, ou mesmo exigir a atitude de todo mundo, mas quando ela bate na nossa vez, falhamos.

Não vou dizer que Jô foi hipócrita ontem, ele foi nas declarações que deu sobre o episódio com Rodrigo Caio, sabendo que não faria igual, não precisava sair contando sobre o quão bacana é ser igual a Rodrigo Caio. Ou mesmo evitar assumir a atitude de ontem, deveria e pronto.

Eu sinceramente, não espero que Jô mude amanhã, ou se arrependa disso, eu espero de verdade que as pessoas continuem debatendo sobre, mas ainda me assusta o futebol é assim mesmo, ou que vergonha sobre o que o Jô fez, etc, etc, e bla bla bla.

Não adianta o personificar, esqueçam Jôs e Rodrigos Caios, a questão é porque precisamos ser mocinho ou vilão? Ambos, não podem simplesmente jogar sério e limpo, sem precisar de uma oportunidade para fazer o outro de otário ao invés de si. Para mim, pouco importar condenar ou absolver Jô, agora o que realmente aprendemos com tudo isso, o quanto passamos a fazer diferente.

Já teve Maradona, Jô, Henry e tantos outros, assim como Rodrigo Caio, Klose, Ajax x Cambuur, e por aí vai.

Acho que a chegada do vídeo para auxiliar essas questões deverá resolver inúmeras falhas que hoje o futebol se permite, inclusive fazendo com que os jogadores se policiem mais.

Contudo, a velha máxima volta para que você responda, ao invés de criticar ou defender o Jô, pense o que você faria, realmente, e veja se você está sendo coerente consigo mesmo. Só isso, não precisa mais nada, apenas pense.

E então, o que você faria?

O “quase milagre” do São Paulo

spfc11092017Olá galera do Blog, meus textos estão quase iguais as vitórias do meu tricolor, escassos, demoram para surgir. Pois bem, depois de mais de três meses de silêncio, vamos ver se engrenamos novamente.

Vamos falar do São Paulo nesse retorno, para aos poucos ir desbravando outros casos curiosos em 2017. Grêmio, Atlético-MG, Corinthians, Botafogo, Vasco e Santos esses times para mim, me surpreendem em suas campanhas no ano.

Vamos ao tricolor paulista, que talvez seja aquele o qual a campanha nem surpreende tanto, porque o roteiro é tipico de quem flerta com o rebaixamento.

Contudo, apesar do desempenho necessário até o fim do campeonato ser muito acima do que o time produz até então, a tabela permite ao clube escapar, porque vários outros também estão com baixa performance. O São Paulo precisa somar 23 pontos nos próximos 15 jogos. Sendo assim, apenas x configurações são possíveis:

Somar 08 ou mais vitórias: O São Paulo precisaria com oito jogos a menos, conseguir ao menos duas vitórias a mais do que conseguiu até agora;

Vencer 7 partidas e empatar duas: Dessa forma, o São Paulo poderia ainda se “dar o luxo” de perder 6 partidas.

Vencer 6 partidas, empatar 5 e perder “só” 4: Nesse cenário, o SP precisaria praticamente repetir sua campanha de vitórias e empates, mas perder apenas um terço do que perdeu até agora.

Com 5 ou 4 vitória, o número de derrotas limitaria a apenas duas, o que seria bem complexo no momento atual do time.

São 8 jogos em casa, sendo que dois são clássicos e dois contra concorrentes diretos. Já como visitante, nenhum clássico e três confrontos diretos pela fuga. Olhando friamente, não parece nenhum milagre o que o São Paulo precisa fazer, além de tudo, conta com um apoio massivo de sua torcida neste campeonato.

O problema é que futebol não é frio, é completamente suscetível as oscilações de humor, e para o São Paulo tudo anda mais difícil atualmente. A mão do Jucilei em outrora, seria um pênalti desperdiçado ou uma mão não notada.

A solução parece simples de ser dita, mas a linha é muito tênue, os envolvidos precisam acreditar que  de ser realizada.

Só assim, o estado de alerta se mantém para a busca dos pontos restantes, caso contrário o relaxamento por achar que a qualquer momento se conseguirá os pontos, dará lugar para o relaxamento de tudo já está perdido mesmo.

P.S.: Além disso, no lado supersticioso, tenho comigo que o rapaz da foto, poderia sair do time nessa reta final, não parece carregar uma aura vencedora, apenas uma opinião sem nenhum embasamento.

 

 

O melhor dos clássicos!!

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E ontem dois clássicos agitaram o futebol brasileiro, clássico com os quatro clubes com as maiores torcidas do Brasil, Flamengo, Corinthians, São Paulo e Vasco.

Entre todas as pataquadas da arbitragem, o que mais deu o que falar foi a comemoração de Maicon, zagueiro do São Paulo que abriu o placar em um Majestoso que foi mais horroroso do que majestoso.

Na comemoração, Maicon fez uma provocação ao rival Corinthians, tal qual o famoso porquinho de Viola. Sabiamente, o jogador após a partida evitou entrar em polêmica e não assumiu o motivo óbvio da comemoração afim de evitar qualquer punição dos aparecidos dos tribunais desportivos.

E logicamente reacendeu o debate de como estamos policiando demais o futebol ao invés de permitir essas manifestações tão naturais e se alguém se exceder seja dentro ou fora de campo ter a sanção correta e aplicada.

O que mais gostei na situação toda é como o time do Corinthians está lidando com tudo isso, talvez até por não ter percebido na hora, o time tem dado declarações com muita boa esportividade e estimulando a continuação disso de forma sadia, prometendo troco e mais comemorações provocativas nos próximos duelos.

Futebol precisa disso, apesar de ter várias ressalvas contra a atitude em campo de Felipe Mello, suas frases provocativas e seus gestos tem resgatado um pouco disso, o futebol na rua é isso. Quem nunca mandou mensagem mexendo com o amigo após uma vitória, quem nunca compartilhou diversos memes nos grupos de whatsapp, e o melhor quem nunca fez isso e estava ali tomando uma cerveja com o amigo e rindo das brincadeiras.

Futebol é um esporte e tal como tal tem a parte séria da competição, da disputa por título, do respeito pelo adversário que é companheiro de profissão, entre outras coisas, e tem também a brincadeira, a aposta valendo almoço, a aposta valendo ajudar uma instituição de caridade, a comemoração do gol e se possível no dia seguinte, um abraço celebrando a paz.

Sou contra a expressão pelo fim do futebol moderno, sou a favor da modernização sempre do futebol, mas com o respeito e a manutenção de seus valores e cultura.

Brincadeiras e comemorações criativas fazem parte da cultura do futebol, assim como bandeiras e tudo mais.

 

2017 e o desafio da nova safra de treinadores

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E começou 2017!

Acho que entre todas as expectativas que surgem em todo o inicio do ano, a minha maior é sobre os treinadores.

Existe uma geração nova chegando e com enormes desafios pela frente. Entre os 20 times da Série A + o Internacional, são 3 treinadores que estão na faixa de 61 a 70 anos, 6 na faixa de 51 a 60, 9 na faixa de 41 a 50 anos e incríveis 3 na faixa de 31 a 40.

Distribuídos da seguinte forma:

De 61 a 70 anos: Carpegiani, 67 (Coritiba), Abelão, 64 (Fluminense), Autuori, 61 (Atlético-PR)

De 51 a 60 anos: Cristovão, 57 (Vasco), Dorival, 54 (Santos), Mano, 54 (Cruzeiro), Renato Gaucho, 54 (Grêmio), Guto Ferreira, 51 (Bahia) e Silas, 51 (Avaí).

De 41 a 50 anos: Marcelo Cabo, 50 (Atlético-GO), Vagner Mancini, 50 (Chape), Zago, 47 (Inter), Eduardo Baptista, 46 (Palmeiras), Zé Ricardo, 45 (Flamengo), Carille, 43 (Corinthians), Ceni, 43 (São Paulo), Argel, 42 (Vitória) e Roger, 41 (Atlético-MG).

De 31 a 40 anos: Jair Ventura, 37 (Botafogo), Felipe Moreira, 35 (Ponte) e Daniel Paulista, 34 (Sport Recife).

E se pensar que independente dos motivos, esse ano nenhum dos treinadores a seguir estarão iniciando no comando de algum clube da série A nacional: Vanderlei Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira, Joel Santana, Leão, Falcão, Muricy Ramalho, Levir Culpi, Marcelo Oliveira, Felipão e Celso Roth. 10 nomes que normalmente estariam em algum clube e se não fosse o Fluminense que anunciou Abel Braga, era um time completo.

Entre os com mais de 60, além do Fluminense a dupla do Paraná (Furacão e Coxa) também estão com os sexagenários.

Agora ainda para a turma da renovação, temos SP como um destaque, dos 4 grandes, 3 vem com treinadores novos, sendo que São Paulo e Corinthians com treinadores de primeira viagem, ótimas apostas e podem contribuir muito para novos conceitos para o futebol local.

Isso sem falar na turma abaixo dos 40, Sport, Ponte Preta e Botafogo estão iniciando o ano com treinadores que até ontem eram jogadores ou que poderiam ainda estar em campo.

No ano em que nosso melhor técnico está na seleção e consolidando seu trabalho, 2017 vem com a boa nova de dar espaço para novas cabeças mostrarem seus trabalhos aqui no Brasil.

Eu sei que a garantia de inovação é incerta, até porque tem muito novo com espirito de velho e vice-versa. O mais certo é que será tudo novo, com muita gente buscando seu espaço.

Espero de verdade que no final de 2017, possa olhar para esse post e ver que ao final bons e novos nomes surgiram, mesmo que ao mesmo tempo alguns não tenha vingado ao longo do ano. E para os “veteranos” que também surpreendam e mostrem que novos conceito nunca fui atrelado a idade.

Grande abraço Brasileirão 2016!

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Ainda que pegando leve no blog, a rotina de trabalho e tragédia da Chape me faz escrever com parcimônia. Por fim, o Brasileirão acabou e nada melhor que um resumo, para voltarmos a falar de futebol da melhor maneira.

O Brasileirão 2016 acabou e o campeão de forma incontestável foi o Palmeiras. Incontestável pelos números obtidos, nem tanto pelo futebol apresentado. Olhando pelos números, o Palmeiras teve um returno espetacular, além de melhor ataque, etc, etc, etc.

Mas e o futebol? E aquilo que se mostrou dentro de campo? O Palmeiras foi eficiente, mas não envolvente, mesmo nas grandes partidas, não teve um jogo de encher os olhos. Grêmio no início, Flamengo, Santos e Atlético-MG mostraram mais beleza com o trato da bola em alguns momentos.

Achei bacana em linhas gerais o que cada um conseguiu. Os quatro melhores realmente ficaram entre os 4 e os outros dois que irão representar o Brasil na Libertadores foram premiados pelas suas campanhas, mesmo que o acesso a fase de grupos pode preparar uma primeira fase árdua, mas os times poderão respirar a atmosfera da Libertadores.

Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Fluminense e Inter foram os grandes com campanhas decepcionantes, porém São Paulo e Fluminense deveriam prever essas campanhas ao olhar o elenco que termina no campeonato, não dava para esperar uma grande campanha. Corinthians e Cruzeiro erraram em um campo que não erravam a um tempo, trocaram demais o comando.

E o Inter? Ah, o Colorado seguiu a risca a cartilha de como ser rebaixado para a Série B, seguiu o manual de maneira perfeita, encerrando com atos finais desesperadores e uma atuação melancólica dentro de campo no final.

A troca entre os rebaixados e promovidos é até parecida. Sai o Santa, entra o Bahia, times de torcidas apaixonadas e mantendo a força do Nordeste. Sai Figueira, entra Avai, nem preciso comentar nada. Sai América-MG, entra Atlético-GO, é o típico caso do time que foi a sensação da B e por fim, sai Inter, entra Vasco, mantendo o ritmo de sempre ter um considerado grande para reforçar a Série B.

Por fim, o que fica para mim é que 2017, os time comecem a pensar em marcar uma época pelo futebol mostrado, mais do que o resultado, que a ordem do pensamento seja, primeiro o legado, depois o resultado.

Porque o futebol do Palmeiras representa nosso olhar para o jogo, desaprendemos a olhar o “jogo jogado” e começamos a querer cuidar demais dos dados, nossa lente é para o futebol de resultados. Queremos ver o número frio. Por mais times campeões incontestáveis na bola do que no scout.

Grande abraço Brasileirão 2016!