É tão importante ganhar título no subalgo?

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E as eliminações de Palmeiras e São Paulo pela Copinha reacenderam a velha discussão sobre o que é melhor ganhar um título subalgo ou revelar jogadores?

Eu sinceramente, tentarei ser sutil sobre o tema, porque não consigo entender alguém preferir realmente títulos subalgo do que revelar.

Eu não discuto o quanto é bacana ganhar um título, levantar uma taça, inclusive acho válido para o moleque valorizar uma conquista, mas será que o importante não é preparar esse atleta para essa transição, garantir que ele se acostume a um estádio cheio ao invés de apenas com familiares incentivando. Garantir que aquele talento apresentado com 16, 17 anos seja lapidado para continuar mostrando quando estiver no profissional?

Para mim, base é para revelar, se ganhar título ótimo, mas não é fundamental, acho que um jogador aprende mais na dor da derrota, do que na tranquilidade das vitórias fáceis. Nas categorias subalgo ganhar título não traz retorno, agora vender um Lucas ou um Gabriel Jesus é garantia de continuar o garimpo pelas jovens promessas.

O processo da base deve ser muito mais em envolver os jogadores com os profissionais, garantir uma passagem tranquila, buscar fazer um trabalho com o jovem além das quatro linhas, mas do que entender esquema de jogo, é entender cultura, filosofia, valores do time.

O Barcelona não precisa jogar igual da base ao profissional, basta que características fundamentais que eles valorizem sejam entendidas de maneira total por esse jovem. Será melhor e mais rentável para um time, você ter as suas gerações mais jovens completamente aderentes ao que o clube precisa do que simplesmente um time vencedor, uma geração vencedora no subalgo passa, ficam os troféus e o legado?

Quantas gerações vimos ganhar diversos títulos e não trazer nenhum retorno ou pouco retorno para o clube, vamos aproveitar a eliminação de Palmeiras e São Paulo para fazer o contraponto com o rival da capital, o Corinthians. o alvinegro é o maior vencedor da Copinha e o que realmente relevou ou trouxe de retorno para o clube de Parque São Jorge?

Lulinha, talvez o mais promissor, hoje perambula por centros menores, Marquinhos não teve a transição adequada, vendido precocemente, pouco dinheiro para o clube e hoje vale muitos milhões.

Já o Santos é o famoso caso que deu certo por necessidade, quando o clube se viu sem capacidade de competir com os rivais diante de suas receitas, decidiu tornar a base o principal ativo do clube e hoje é um clube formador, com referência e que todo empresário quer levar o seu melhor jogador para lá.

Por fim, os clubes precisam valorizar ainda mais o papel da base na sustentação do modelo de negócio de um clube, hoje é quase primordial para o sucesso , quanto a perder ou ganhar um título, deixa para o torcedor reclamar no dia, quando o moleque aparecer e virar craque no profissional, ele esquece rapidinho.

E aí, ele vai se perguntar se era tão importante assim ganhar um título no subalgo.

 

Jogos de Natal e Ano Novo

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E entre o fim do Brasileirão e o início dos queridos estaduais ficamos apenas com o futebol dos amigos de fulano x amigos de ciclano, ousadia x alegria, entre outros. Mas será que era possível ter algum jogo nesse intervalo valendo algo?

Quando olhamos para as ligas europeias, apenas a inglesa segue com seus jogos nessa semana e até de maneira muito intensa, com os times jogando dois jogos entre os dias 26/12 a 01/01.

A italiana e a alemã tiveram jogos até bem próximo do Natal e só.

Já nos EUA, as ligas de basquete e futebol americano seguem a todo vapor nessa época, acho que o Hóquei também.

Confesso que como telespectador acho ótimo, porque durante o ano todo tem sempre algum esporte para ver, mas olhando pelo conceito total do esporte, acho temerário forçar a barra assim. Ontem mesmo, estava assistindo a Bournemouth 3×3 Arsenal, os Gunners tinha jogado domingo e voltaram a campo na terça, cerca de 48 horas de diferença, era nítido que a qualidade técnica do time caiu muito.

Eu sou a favor de fazer outras competições para atender essa época, por exemplo, torneio sub-20 para que o torcedor assista mais a molecada do time dele, um campeonato curto feminino para criarmos vergonha na cara e começar a transmitir mais nossas meninas.

Para o nosso formato de calendário, onde dezembro é o fim da temporada, os jogos entre Natal e Ano Novo atrapalhariam toda uma pré temporada, diferentemente dos campeonatos europeus, onde esse período é o meio da temporada.

E mesmo a rodada inglesa entre Natal e Ano Novo deveria ser melhor cuidada para não ficar desgastante, poderia ser dois jogos entre Natal e Ano Novo e depois só no final de semana seguinte para ter tempo de descanso, mantém a tradição, mas também adapta-se as realidades de calendário como o de 2016/2017.

Por fim, agradeço a Premier League que me permitirá nos últimos 10 dias assistir a 5 jogos (Leicester 0x2 Everton; Liverpool 4×1 Stoke; Liverpool 1×0 Manchester City; Bournemouth 3×3 Arsenal e hoje Tottenham x Chelsea), mas aqui em terras tupiniquins vamos deixar do jeito que está, ainda precisamos arrumar o nosso calendário antes de fazer um jogo com o Papai Noel.

E vocês o que acham? Alguma ideia?

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