Todo mundo que já conviveu com um Nenê, sabe as dificuldades que existem.
Apesar da sua chegada trazer euforia, entusiasmo, um novo ânimo para o ambiente, a convivência tem seus percalços.
E entre as principais adversidades, a mais complicada é quando está contrariado, se irrita fácil, por muitas vezes se torna mimado e exagera no choro propositalmente.
A parte ruim disso tudo é quando a exposição pública é grande, muitos de longe sem entender, julgam você e não acreditam que aquela “coisinha linda” pode estar dando tanto trabalho, e quando você menos percebe perdeu o controle.
E para você que pensa que estou falando de crianças, digo que não, estou falando do Nenê no São Paulo.
Admiro seu futebol e realmente sua chegada, mais Lugano na diretoria e Aguirre deram uma nova perspectiva para o São Paulo, o de enfim, retomar os trilhos e aos poucos resgatar sua trajetória vitoriosa, mas de repente, sem mais nem menos, a união do grupo desandou, e muito passa pela atitude de Nenê.
Ele, talvez seja a maior referência dentro de campo hoje, quando bate o pezinho por uma substituição ou quando ao comemorar um gol, propositalmente leva o menino da base a cumprimentar o banco, exceto o treinador, ele erra mais que o treinador, ele não dá exemplo, ele fortalece a cultura recente do clube de mimar atletas, queimar técnicos e não sair desse círculo viciado.
Fora de campo, a chegada de Raí e Lugano davam carta branca para eles cobrarem isso dos jogadores, contarem com a torcida e mudarem a chave no São Paulo, mas não, entraram no mesmo jogo, quando Raí cede a pressão e demite o treinador e quando o zagueiro curte comentário sugerindo a saída de Nenê, ninguém da exemplo, todos seguem a postura infantil dos últimos tempos.
São Paulo não precisa de Nenes, precisa de Anderson (nome do atual camisa 10 do tricolor), homens, adultos e que assumam suas responsabilidades perante o clube.
E isso vale para jogadores, dirigentes, técnicos e torcidas.
O São Paulo parece um adulto com crise de identidade que está repensando sua carreira, suas escolhas, etc.
Nenê precisa assumir o seu papel no time, de ser um exemplo não só técnico em campo, mas principalmente de respeito fora dele.
Raí precisa assumir o papel de dirigente, igual tal como jogador, craque de conduta inquestionável.
E o São Paulo precisa querer que eles assumam esses papéis.
Se não, só restará a parte ruim de cuidar de um nenê