Diego escolheu certo, mas temos que olhar o tema antes da seleção do Qatar!

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Galera do blog, achei que não entraria no assunto Diego Costa, mas estão fazendo uma barulheira tão alta e com o viés completamente errado.

Sinceramente, para mim pouco importa se Diego Costa quer jogar por Brasil ou Espanha, ninguém sabe o que o rapaz viveu e passou para chegar na atual condição dele. Somente ele pode junto com seus familiares decidir o que ele acredita ser a melhor opção.

O grande problema é porque ele tem essa opção?

O que precisa ser discutido com urgência são os critérios adotados para a naturalização de certos jogadores. Hoje, qualquer conveniência faz um jogador ser naturalizado favorecendo os clubes e consequentemente as seleções do país onde o atleta atua pelo clube.

Hoje em dia, os clubes europeus possuem restrições de jogadores “não-europeus” dentro do elenco. Existe um limite e o que tem sido feito é naturalizar alguns “não-europeus” para que as agremiações possam trazer mais jogadores dessa categoria.

Acredito que regras mais rigorosas poderiam diminuir essa avalanche de naturalizações. Algumas regras que acredito que já ajudariam a controlar esse fenômeno:
– O limite de jogadores naturalizados dentro de uma seleção, por exemplo no máximo 5 dentro do elenco e no máximo 3 dentro de campo.
– O tempo que o atleta atua dentro do país.
– A idade que o atleta entra no país. Por exemplo, apenas atletas que se chegaram ao país antes dos 16 anos poderiam ter direito a naturalização, dessa forma ficaria mais evidente a identificação do atleta com a nação que ele irá defender.

Confio que esses critérios já ajudariam muito, absurdo é ver a CBF querer impedir o garoto de ir jogar pela La Roja e ainda sugerir que tentará cassar a cidadania brasileira do rapaz. Beira o absurdo, ainda mais quando você escuta de Marin que é uma afronta a pátria de chuteiras. Dando claro sinais da mentalidade de ditadura militar que ele ainda vive.

Diego apenas tomou uma decisão dentro daquilo que era possível para ele. Merece apoio e foi completamente coerente.

E se ninguém abrir o olho para o tema, aguarde o que será da seleção do Qatar!

Passaporte Autorizado!

Galera do blog, um tema tomou conta da semana, a naturalização de Thiago Motta.

Ouvi muitas opiniões nos vários meios de comunicação (jornal, rádio e internet), mas nenhuma que me contentasse. Alguns comentaram que Thiago estava certo, pois nunca teria essa oportunidade na seleção, outros comentaram que era um absurdo o atleta aceitar isso, que a Fifa deveria rever os critérios para a naturalização.

Acho que independente das emoções contidas em cada comentário, eles possuem uma certa razão, porém ninguém comentou a visão dos demais jogadores, aqueles que desejam simplesmente jogar pela seleção do país onde nasceram.

Imaginem só, você é um atacante que começa a se destacar no seu país em um clube médio, mas devido ao seu clube não possuir tradição e sua seleção estar em crise, a imprensa fica receosa em te dar uma chance, mas em compensação apoiam aquele jogador vindo de um país vizinho que tem feito a mesma quantidade de gols que você. O apelo é tanto que surge a possibilidade de naturalização, e aí, não só ele é naturalizado como é convocado e acaba com as suas chances. Como você se sentiria?

Por isso me preocupa a naturalização, pelo imediatismo do ato, como se a seleção fosse um clube, sei que em alguns casos, a identificação do atleta com o país é inevitável, caso de Deco mais recentemente, e Oliveira (naturalizado belga) e Rui Ramos (naturalizado japonês), mas ainda sim esse precedente acaba com a inicialização do esporte em pequenos centros, ou alguém dúvida que O Qatar na Copa de 2022 terá pelo menos uns 06 jogadores naturalizados, é esperar para ver.