O que fazer com o Pacaembu e o Morumbi?

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De todo o legado que a Copa se propunha a deixar (qual era o legado mesmo), o único (se é que era) que mexeu com a rotina “futebolística” do brasileiro foi a chegada das arenas.

O brasileiro aprendeu sobre a Arena, começa a consumir ela de forma diferente e os clubes começam a entender ainda que de forma rasa, como o futebol é um esporte de competição e entretenimento ao mesmo tempo.

E para minha terra natal, São Paulo, temos dois casos pontuais de como utilizar os estádios antigos, aliás, daqui para frente, trataremos tudo como estádio. Um novo, outro antigo.

Sinceramente, não vejo porque mexer tanto no Pacaembu, acho que talvez uma modernizada em uma coisa ou outra, a criação de algumas experiências mais bacanas, e aqui iria uma sugestão, em dia de jogo, ídolos daquele time fazendo uma visita guiada no Museu do Futebol e talvez um espaço de alimentação melhorado.

Contudo, acho legal manter o estádio como um xodó paulistano, com uma campanha da Prefeitura para que os grandes utilizem o estádio pelo menos umas 4x ao ano.

Mas, e o Morumbi? Como o São Paulo alavancar seu gigante?

Sinceramente, acho que a total reforma, inclusive, demolindo e reconstruindo é o passo que entendo mais adequado, porém um detalhe é fundamental, a acessibilidade do estádio, enquanto a linha de metrô não for devidamente inaugurada, o impacto pode ser desastroso.

É importante que o torcedor tenha formas de chegar, e essa linha de metro prometida precisa ser entregue. Do ponto de vista, do empreendimento em si, não acho que seja necessário diminuir consideravelmente a capacidade. Entendo que um estádio multiuso para 70.000 pessoas seria excelente.

Algumas estruturas internas já são boas no Morumbi, portanto, caso a opção seja por uma grande reforma no estádio, acredito que a estrutura de cobertura seja o mais fundamental.

E talvez a aproximação da arquibancada ao campo, permitindo ao tricolor um apoio maior da sua torcida, e garantindo espaço interno para outras possibilidades dentro do estádio.

E o melhor, se bem planejado, enquanto arruma o Morumbi, o São Paulo pode usar o charmoso Pacaembu.

Abs,
Cadê Meu Camisa 10?

Semifinais da Copa do Brasil

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E ontem as duas primeiras partidas das semifinais da Copa do Brasil aconteceram. De começo o que me preocupou foi o público, pouco mais de 26 mil no Morumbi e pouco mais de 34 no Maracanã, ou seja, somando os dois daria publico para encher os palcos. E tem gente que o problema do estádio cheio são os pontos corridos.

No Maracanã, pouco vi, na verdade, aproveitei que o jogo do Morumbi ficou quase 30 minutos parado devido a falta de luz e acompanhei um pouco. Não cheguei a ver os gols, mas vi o Palmeiras errando muito e o Fluminense preparando o bote. Assim que voltei para o jogo no Morumbi, percebi que os botes deram certo, foram dois no primeiro tempo e uma boa vantagem para o Flu.

Quando o primeiro tempo do jogo do São Paulo havia terminado, toda a confusão do pênalti já tinha passado. Contudo, o

Palmeiras saiu no lucro, independente de polêmica de arbitragem, o Flu parece ter sido superior e derrota por 2×1 é bem melhor do que por 2×0.

Agora vamos para o Morumbi, os deuses do futebol pareciam querer impedir que o jogo começasse, meio que tentando avisar ao Santo Paulo que ontem o dia não era dele, primeiro uma descarga elétrica para derrubar a iluminação dentro do Morumbi, mesmo assim Paulo insistiu.

O jogo feio em um gol do ótimo menino Gabigol era mais um sinal, mas Pato empatou, então o Santo Pedro resolveu dar outro indício que não era bom seguir em frente, mandou uma chuva daquelas, a Cantareira olhava com uma aflição para aquela chuva e pensava “porque não aqui?”. Mas não, ela caiu forte durante quase todo o final do primeiro tempo, tentando avisar que ou Paulo se acertava no segundo tempo ou a vaca iria para o brejo.

Como Paulo mostrou que sua apatia seria continua e que iria seguir em frente com o logo, os deuses trataram de mandar todos os Santos logo nos minutos iniciais da segunda etapa resolveram a partida e ponto final.

O jogo não foi para tanto, o tricolor ainda perdeu boas chances, Ganso ainda com 1×1 e Kardec já depois do 3×1 perderam grandes chances, ótimas, imperdíveis. Como Ceni disse na saída, se acabasse 3×3 ou 5×3 para o São Paulo ninguém acharia estranho. Em compensação, a apatia do time nesse ano foi castigada. O time se mostra frouxo em 2015.

Ontem, foi frouxo e com azar, aí fica muito pior.

Obrigado Osório e volte sempre!!

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Pensei em escrever muita coisa sobre todo o turbilhão passado no São Paulo, mas sinceramente, a decepção por ver que todo esse circo é armação de algum dos lados é muito triste, o cheiro de podre exala no Morumbi.

Portanto, achei mais digno falar de Osório, de sua curta passagem, da relação de amor e ódio que criou tanto dentro do São Paulo como do lado de fora.

Do lado de dentro, inclusive falo de torcedores, como foi difícil para alguns aceitarem suas ideias e filosofias, como o medo e as muletas (no brasil não funciona, e o time só entrosa se sempre jogar junto) do nosso ludopédio foram aparentes.

A passagem de Osório sutilmente mostrou porque o 7×1 não foi um apagão, ele não é um Deus e nem é um técnico genial, é apenas um potencial técnico com boas ideias que podem dar certo ou não, ainda falta provar muito, porém seu jeito expôs feridas no Brasil.

Cada um em sua área mostra que o Brasil continua orgulhoso, que descer do pedestal, que entender que o futebol mudou, ainda é um esporte apaixonante mas mudou é aquilo que Guardiola diz, todo jogador terá que entender que por alguns momentos o jogo não passará por ele e que ele precisará ter paciência e disciplina para esperar a sua hora.

Aqui não, ainda achamos que só craque resolve. Que futebol é simples, é só fazer mais gols que o outro, e de fato é mais a maneira de fazer precisa de entendimento.

A passagem de El Profe foi curta, não deixou nenhum título, para o time, deixou a certeza de que Thiago é o volante que o time precisa, que a recuperação de Breno é daquelas histórias lindas do futebol e que ainda falta muito para nós arrumarmos o 7×1.

Profe, tenho certeza que você fez a decisão errada, escolheu uma seleção com muita gente querendo dar pitaco no seu trabalho, você irá se arrepender, mas tudo bem e como ensino nos treinamentos de atendimento, obrigado e volte sempre.

E se o campeonato acabasse na 13ª rodada?

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O Galo seria o campeão ao conseguir vitória firme sobre a Ponte em pleno Moíses Lucarelli.

Fluminense, Corinthians e Grêmio seriam os outros brasileiros classificados para a Libertadores.

Destaque para o Fluminense que está a 6 jogos sem perder e sem muito barulho segue firme na vice-liderança. Só o Atlético-Mg possui invencibilidade maior, são 7 jogos sem perder já.

Na sequência São Paulo, Sport e Palmeiras, destaque para o Leão da Ilha que conseguiu buscar um empate nos acréscimos contra o Palmeiras e mostra que fará frente no pelotão de cima.

Já na zona da confusão, Coritiba, Vasco e Joinville seguem firme rumo a Série B,

Fora os três, o Santos é o último nessa lista por enquanto, mas Goiás, Flamengo e Figueirense também seguem na briga por esse lugar na segundona.

A 13ª rodada foi equilibrada com 5 vitórias dos mandantes, 1 empate e 4 vitórias dos visitantes. Foram 27 gols marcados, com destaque para Alexandre Pato que voltou a jogar muito bem diante de um Morumbi com quase 60 mil pessoas (recorde de público do Brasileirão)

Se o campeonato acabasse na 13ª rodada, tudo bem para vocês?

E se o campeonato acabasse na 6ª rodada?

DIEGO SOUZA - Sport x Palmeiras - Arena Pernambuco - Chico Peixoto (3)

O Furacão seria o campeão, com mais uma vitória agora sobre o Vasco, o time de Curitiba continuaria na liderança com 15 pontos.

Agora quem aparece na cola para as próximas rodadas é o tricolor paulista, com uma vitória segura sobre o Grêmio, o time vai fazendo do Morumbi um forte aliado, são 12 vitórias consecutivas dentro de casa (4 pelo Brasileirão), um novo recorde para o time. Osório disse que as mudanças serão mais graduais, mas sua postura já é elogiada por vários líderes do time.

Ponte e Sport completariam a lista de classificação para a Libertadores. Os times mais chatos para enfrentar nesse início de campeonato, são os únicos invictos (3 vitórias e 3 empates) até aqui.

Depois no bloco intermediário, destaque para o Avaí que já ocupa o 7º lugar, para o Cruzeiro que começa a subir na tabela, Luxa está com 100% na Raposa. Já o Goiás que figurava no G4 somou apenas 1 ponto nos últimos três jogos e caiu para o 11º lugar.

Já na zona da confusão, Flamengo, Coritiba, Vasco e Joinville aparecem por lá. Para os cariocas está na hora dos times acordarem, para o Joinville está na hora de perder a timidez do retorno a Série A, enquanto para o Coxa, acho que só se o Alex voltar a campo.

Sempre escolho aquele que foi o craque da rodada, nessa 6ª rodada ninguém se sobressaiu para mim, portanto foi colocar o Diego Souza, primeiro pelo bom campeonato que está fazendo, perdendo apenas para o Cajá da Ponte e segundo pela declaração divertida que deu ao final do jogo de ontem.

Ao ser perguntado sobre como ele via essa recomendação da arbitragem sobre não tolerar reclamação dos jogadores, ele concluiu dizendo que os árbitros estão tão pilhados que você vai perguntar se está tudo bem com a mãe dele e corre risco de tomar um amarelo.

E assim seria o campeonato se ele acabasse na 6ª rodada!

Quando as pernas cansam…

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Jogar bola e sentir que as pernas já cansaram é horrível.

Ontem, fui ao Morumbi ver ao jogo do tricolor e depois cheguei tão pilhado em casa que ainda consegui ver a reprise do jogo do Galo x Cruzeiro.

Tanto para Cruzeiro quanto para São Paulo, as pernas já começam a cansar devido as duas competições que disputam o título.

No Morumbi, o São Paulo precisou superar os 11 colorados valentes que estavam do outro lado mais o trio de arbitragem. Héber foi mal, muito mal, deixou o jogo ser catimbado e parado o tempo todo pelo Inter. Teve um menino usando a camisa 26, Alan, que bateu o jogo inteiro, fez quase dez faltas e nem amarelo recebeu.

E tudo isso começou quando o juiz contou com o erro do seu bandeirinha para validar um gol irregular. Paulão cabeceou livre, bem impedido para abrir o marcador no Morumbi, dali em diante, Heber foi só continuando as bobagens do seu trio de arbitragem.

Contudo, o São Paulo buscou, apertou, exigiu do menino Alisson um milagre em defesa no chute de Kardec, empatou no começou do segundo tempo com Luis Fabiano, mas passado 20 do segundo tempo, nitidamente faltou perna para o time fazer valer o fator casa e sua melhor qualidade.

As mesmas pernas que faltaram para o Cruzeiro durante o jogo todo. A perna pesava na dividida, pesava na corrida contra Luan, Douglas Santos, Marcos Rocha, Carlos e cia. O time até equilibrou, foi prejudicado também no lance do gol, mas diferente do Morumbi, o placar foi justo.

O Cruzeiro sente as pernas de uma maratona, iniciada desde o ano passado. São dois anos, chegando longe nas competições, mesmo com um elenco recheado, as pernas estão faltando. Basta ver, que ontem, foi a pior partida de Everton Ribeiro nos últimos dois anos, e não que ele tinha ido mal, inclusive instantes antes de sair substituído, deu um calor no rival.

No fim, o Cruzeiro tem uma margem boa no Brasileirão para garantir o título, para o tricolor a superação será ainda maior para conquistar a Sulamericana ou ainda mais improvável causar uma reviravolta no Brasileirão.

De qualquer forma, ambos querem acabar logo tudo isso, para colocarem as pernas para cima.