Deixou chegar, brocou!

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Como anunciado por esse blogueiro, antes do confronto com o Botafogo, o Flamengo faturou o caneco. E como não podia ser diferente, Fellipe Mello continua a saga do exxxculacho pela Copa do Brasil. Segue o post do carioca marrento e campeão, ou melhor tricampeão da Copa do Brasil.

Por Fellipe Mello

Antes de qualquer coisa é preciso dizer que essa Copa do Brasil, com a participação dos melhores times do país, devolveu ao torcedor a emoção das competições mata-mata em um formato mais interessante! A competição deixou de ser “uma baba” pra virar um tiro curto rumo a Liberta pra lá de emocionante!

No trajeto rumo ao título o Mengão-Fuderosão-Pai de Todos-Brocador atropelou os melhores times do Brasil no momento, conquistando de forma icontestável a mais DIFÍCIL de todas as Copas do Brasil! Qualifico como a mais difícil de todas, pois pela primeira vez o campeão enfrentou uma competição incluindo times que jogaram a Libertadores e nas finais venceu 4 dos 5 melhores times do Campeonato Brasileiro! Prevaleceu a máxima do futebol nacional: Deixou o Flamengo chegar? Fudeu!

E hoje, pra alegria de 40 milhões e tristeza dos que esperam a novela acabar pra secar, o MUNDO amanheceu rubro-negro! Sim digo o MUNDO, pois quem pode acompanhar a caminhada rumo ao TRI da Copa do Brasil percebeu que nossa torcida tem sempre destino específico: onde o Mengão jogar, mas não tem origem: ESTAMOS ESPALHADOS PELO MUNDO, E ONDE O MENGÃO ESTIVER, NÓS ESTAREMOS!

O Flamengo de Jayme me parece resgatar algo adormecido: a Arrogância Rubro-Negra! Àquela que faz com os que vestem o manto sintam-se os picas das galáxias e os que lhe enfrentam sentir-se a virgem diante do maior comedor do planeta! Brincadeiras à parte, Jayme soube mostrar a esse grupo que o Flamengo tem tradição, usar o peso da camisa e a capacidade única de nossa torcida jogar junto como se fosse o maior craque de um time!

Ontem não poderia ser diferente, nos braços de sua torcida e com time calçando as chuteiras da humildade, controlamos a partida sem dar espaços ao Atlético, esperando pela chance de um contra-ataque! Raras foram as chances de gol delas, se é que me lembro de alguma!

Fazia muito tempo que não tínhamos um time tão ligado e vibrante em uma decisão! O Mengão parecia o pegador-master da micareta paranaense! Não passava uma curitibana em branco do nosso lado sem tomar pelo menos uma chegada firme! O Furacão era um só: aquela equipe de som do tornado muito nervoso do funk carioca!

A tônica do jogo foi essa: o Mengão-ligadão se defendendo das investidas delas e aproveitando os contra-ataques pra tentar matar o jogo! Luiz Antônio, o melhor em campo, quase abriu o placar num chute da entrada da área e numa cobrança de falta magistral que parou na trave quase fechou o caixão atleticano ainda no primeiro tempo. O segundo tempo parecia cópia do primeiro e o titulo parecia caminhar para a Gávea num zero a zero sem graça pro Mengão brocador nato quando… Paulinho tira mais um drible da cartola e deixa Elias livre pra fazer 1×0 aos 40 do segundo tempo! Festa na favela!

A confiança da torcida era tanta que a possibilidade de empate e pênaltis sequer era sentida nas arquibancadas que já gritava: É campeão!

Não demorou muito e Luiz Antônio, fez o que as curitibanas adoram: Desceu pela direita, “enfiou até as bolas” entre as pernas e cruzou na medida pra Hernane, sempre ele, aparar e BROCAR um voleio no cantinho! 2X0! Na comemoração ele gritava: “Aqui não! Aqui no Maraca não! Aqui quem manda sou eu! Aqui quem manda aqui é o Flamengo porra!!!”

Fim de jogo, caixão fechado e tri consolidado! De Brocada em Brocada nos passamos o cerol Brasil afora, criando um novo verbo para o futebolês: BROCAR! Agora parceiro é: DEIXOU CHEGAR, BROCOU!

A moda da brocada virou mania! O carioca não faz gol, ele broca a rede! O carioca não come ninguém, ele broca a mulher! O carioca não pega onda, ele broca o mar! Se algo é muito bom, deixou de ser: foda, passou a ser: BROCA! Brocar não é só gol do Hernane, é verbo, é advérbio de intensidade, é sinônimo de festa pra Nação rubro-negra!

Copa do Brasil, te falei que se eu te pegasse ia brocar sem dó e piedade, né? Ta aí, é TRI!

Libertadores? Agora o jeito é… dá uma BROCADINHA com você!

DEIXOU CHEGAR, BROCOU!

O camisa 10 nem sempre está dentro de campo…

Créditos: retirado do site Diario do Flamengo / imagem de Flavio Veloso

Créditos: retirado do site Diario do Flamengo / imagem de Flavio Veloso

Galera do blog, invariavelmente um ou outro grande amigo resolve arriscar algumas linhas aqui no blog. E dessa vez, o texto vem do flamenguista de Niterói Fellipe Mello. Todo marrento como manda a cartilha de um flamenguista, segue um texto que é um exculacho só!!

Por Fellipe Mello

A campanha pífia do Flamengo no brasileirão e a escalação no papel digna de um timeco daqueles que possuem sede nas Laranjeiras, São Januário, General Severiano e afins, anunciava que 2013 tinha tudo para ser uma tragédia para os rubro-negros.

O nosso affair com o Z4 durou alguns meses e a série B parecia a periguete da novela louca pra dar o golpe da barriga no Mais querido do Brasil. Mas o Flamengo como bom garanhão-comedor da noitada carioca, botou a capa no “menino”e mostrou mais uma vez que segunda é apenas o dia seguinte ao domingo.

Como bom cafajeste que é o Mengão deixou a mulherada acreditar que ele era bom moço e que não oferecia perigo a ninguém! E foi assim no sapatinho e na humildade que o Mengão começou a rapelar na balada, deixou a periguete da série B pro Vice da Gama comer de novo e resolveu se preocupar com a gostosa da Copa do Brasil que tava ali no cantinho e não parava de dar mole mais uma vez!

Pela frente o Cruzeiro, líder absoluto do brazuca, e a gatomestragem já cravava nossa eliminação. Porém, esqueceram o detalhe de que as mineiras adoram os cariocas, e lá fomos nós levar as 3 Marias pro motel pra mostrar como é que faz!

Suruba com as 3 Marias finalizada era hora de enfrentar as viúvas do Garrincha.

O canil de General Severiano estava em polvorosa com o Botachoro figurando no G4 durante boa parte do brazuca. A terceira idade carioca já sonhava com o título, comparava o time de 1963 como de 2013, usava a camisa da sorte do bisavô ganhou do Nilton Santos e todas as supertições que só os botafoguenses acham que funcionam, mas que nós todos sabemos que não adiantam porra nenhuma há mais de 50 anos.

Pra variar o primeiro jogo terminou empatado em 1×1. Pros chorões era mais um sinal de que algo bom estava por vir, pro Flamengo apenas aquela chatisse de ganhar mais uma vez nos pênaltis e eles terminarem o jogo em prantos botando a culpa no gandula, no massagista, na periguete atrás do gol do Jefferson e etc.

Pela milhonésima vez em uma decisão o Mengão tinha o pior time, acabara de sair da crise, jogadores jovens formados na base e um técnico desconhecido. Pra cornetagem de plantão um sinal de fragilidade, pra nós a certeza de mais um triunfo, afinal só quem conhece a favela circula tranquilo por seus becos sem tomar esculacho! E foi assim que Claudio Coutinho, Carpegiani, Carlinhos, Andrade e agora Jayme de Almeida fizeram, porque técnico o Flamengo também faz em casa.

A semana que antecedeu ao jogo de ontem alimentava as esperanças no canil e nos asilos pelo Brasil afora! O Foguinho havia vencido o Mengão no brazuca, o que era um sinal de que eles poderiam avançar na Copa do Brasil na última quarta-feira.

Eis que o maior craque da história do futebol mundial resolve anunciar sua participação! Seu nome não é Pelé, nem Zico! Ele não veste a 10 e jamais jogou pela seleção brasileira! Ele veste a 12, ou melhor eles vestem a 12! Aliás milhares vestiriam a 12! SIM, a NAÇÃO RUBRO NEGRA resolveu jogar mais uma vez! E quando ela entra em campo até Zico se rende a sua força e reconhece que maior que ela não há!

Enquanto a os flamenguistas já haviam comprado 50 mil ingressos na TV anunciava que em General Severiano o calor carioca castigava 6 idosos na fila.

Chegava então o dia do jogo! A Magnética em peso invadia o Maraca mais uma vez para que o timeco da Gávea pudesse ter um jogador a mais em campo!

Antes do jogo começar o craque Seedorf olhava pras arquibancadas destinadas ao Flamengo e parecia ter comido os famosos bolinhos alucinógenos de Amsterdam. Não queridão tu não tá doidão, é que hoje o bicho vai pegar!

Bola rolando e a Nação chamando a responsa mais uma vez! Ela atacava, defendia, avisava o ladrão e tudo mais! O nosso camisa 12 tava afim de jogo mais uma vez!

O jogo começou tenso! Muitos erros de ambos os lados! Mas dava pra ver o sangue nozóio da nossa molecada empolgada pelos berros ensurdecedores de nosso craque-maior vindos das arquibancadas.Embora a Nação seja maior que Pelé, colocar a bola no barbante nunca foi seu forte! Ficou então por conta de Hernane a responsabilidade de dar TRÊS brocadas sem tirar nas meninas choronas! Uma canela de primeira após o bololô na área, uma chapada pro chão depois do rebote de Jefferson e uma testada no cantinho decretaram a vitória! Aos 15 minutos do segundo tempo metade da torcida do botachoro já tinha ido embora: Só restavam 3 pessoas!

Mas como surra em idoso é crime, Hernane Brocador, que só não fez o quarto porque teve humildade em gol, presenteou Leo Moura que fechou os 4×0 no dia que nosso vovô-moicano completara 35 anos!

Pra finalizar eu gostaria apenas de deixar minhas sinceras desculpas à Luísa Mel e os defensores dos animais pelo nosso feito de ontem, afinal logo na semana que eles salvaram 300 beagles do instituto Royal o Mengão foi lá e matou a cachorrada!

Agora que venha nossa baranga de fé de São Januário ou o pessoal das terras das duplas sertajenas na semifinal!

Copa do Brasil, já te falei, tu é bonita, gostosa e tá me dando mole! To avisando hein, se eu te pego, eu te esculacho e ainda te troco pela Libertadores no ano que vem!

Deixou chegar, fudeu! Pra cima delas Mengão! SRN!

P.S.: O Flamengo não é um time é uma NAÇÃO! E nação meus amigos, não precisa de um camisa 10, precisa apenas da união do seu povo para vencer e é exatamente essa união que desde de 1989, quando Zico abandonou o futebol, que ensina país afora que o jogo nem sempre se ganha dentro das quatro linhas, quebrando mais um ditado popular.