Luxa e sua coerência…

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Segunda a noite, Luxemburgo no programa Bem Amigos da Sportv diz que na China os jogos já estão prontos antes de começar, sugere manipulação e resultados combinados, uma gravíssima acusação.

Quarta (hoje) de manhã, Felipão no programa Bate Bola da ESPN rebate dizendo que é um absurdo o que Luxa diz, que as acusações são infundadas e que isso mancha o trabalho dos demais brasileiros na China.

Existe uma coisa na vida chamada coerência, isso você demonstra ao longo do tempo e acaba ganhando alguns rótulos positivos e/ou negativos com o passar do tempo. Felipão e Luxemburgo são dois técnicos vencedores, com um currículo formidável, que fazem alguns anos que não apresentam mais grandes trabalhos.

Pronto, acho que a semelhança acaba por aí. Luxemburgo sempre foi mais dissimulado nas palavras, sempre soube usar a imprensa para desviar o foco do problema do seu time ou para criar um fato diferente para desviar o assunto.

Felipão sempre foi direto demais, impaciente demais, às vezes, sincero demais.

Felipão anda magoado, batemos muito nele após a eliminação de 2014, mas nunca precisou inventar desculpas sobre seus fracassos, ou se recolheu, ou assumiu e carregou todo o peso disso nas costas por várias vezes.

Luxemburgo parece ter entendido realmente que ele anda sem mercado, porém ao invés de baixar a guarda e acusar o golpe, tenta ainda discursar como o Luxemburgo de 2004, alega que nenhum treinador argentino merece destaque pois não treina nenhum time grande. Desmerece companheiros ou colegas de trabalho, se ele preferir, e culmina acusando um campeonato nacional na Ásia de manipulação, tudo isso para esconder porque ele fracassou mais uma vez.

Porque não conseguiu levar um time da segunda divisão chinesa para a divisão principal, primeiro acusou boicote dos jogadores chineses e agora diz que os jogos já estavam prontos. E como ele explica que o time agora caminha para o acesso?

Luxemburgo como já disse a pelo menos uns cinco anos nesse blog, precisa se reinventar se ainda quiser mostrar seu valor, precisará começar debaixo, não dá mais para achar que um clube grande confia em seu pojetu.

O mais importante é que nem Felipão, nem Luxa perderam sua coerência ao longo dos anos.

Uma festa portuguesa, com certeza!!

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E o clássico post das segundas, será apenas na quarta, diante da nossa rodada “europeizada” com jogos hoje e amanhã. Sinceramente, ainda preciso embasar melhor, mas por enquanto, gosto da ideia dos jogos espalhados, basta pensar que teremos jogo de time da Série A em 08 dias de 09, entre os dias 09/07 a 17/07.

Mas, deixaremos isso para lá, e vamos voltar para a Europa, mais precisamente na Eurocopa, especificamente, Portugal.

Ontem, mais um daqueles capítulos alucinantes que o futebol proporciona foi escrito. Portugal que começou como desacreditado, que precisou da última rodada para se classificar, chegou a final contrariando quase todos os prognósticos e levou. Quase todos, porque vocês bem lembram que eu avisei.

E fez isso tudo, em 120 minutos de uma final, onde por quase 100, seu astro esteve fora. Cristiano Ronaldo sofreu uma dura lesão no início do jogo e se tornou desfalque certo. Fazendo um parentese, sinceramente vi o lance umas 8 vezes, principalmente em velocidade normal que te passa a sensação mais real para quem já jogou bola, a entrada do Payet foi dura, mas absolutamente corriqueira de jogo. Não consigo ver maldade.

Contudo, o baque foi grande, pois Portugal não estava perdendo apenas o seu melhor jogador, mas também aquele que nessa competição assumiu de vez o papel de líder do time.

Mas a seleção pareceu entender que estava ali para fazer história, o time reconheceu suas limitações, foi valente durante os 90 minutos e depois decidiu ir para o jogo na prorrogação e foi premiado com um belo gol de Éder que garantiu a primeira conquista da seleção portuguesa.

Um título que começa pela seleção terceira colocada em 66 na Copa do Mundo, passa pela geração dourada de Figo, Deco e companhia, pelo triste vice campeonato em casa da Eurocopa 2004 sob o comando de Felipão, até chegar na turma de ontem.

E se durante a Euro a dupla Cristiano e Renato Sanches foram fundamentais, ontem, Nani lembrou aquele promissor jogador que ele foi no ínicio de carreira, assim como Quaresma, até mesmo o truculento Pepe, mostra a estrela vencedora que possui.

Por fim, Cristiano conseguiu uma façanha única, levou sua seleção, claramente inferior a várias outras na Euro, ao título. Seu feito, mesmo não participando do jogo final, o coloca em patamar maior ainda como jogador de futebol. Ronaldo não só é o jogador vencedor de Manchester e Madrid, como agora fez uma nação inteira sorrir.

É uma festa portuguesa, com certeza, muito ao feito desse gajo gigante, chamado Cristiano Ronaldo!

Nossos homens do boné!

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Imagina que hoje no Brasil Muricy, Abel Braga e Felipão estão sem clubes.
Lógico que Muricy está fora do mercado muito mais por opção própria (saúde) do que por estar disponível.

Fica evidente a passagem de bastão, Tite, Cuca e Marcelo Oliveira são os pioneiros desse grupo, mas Doriva, Leonardo Condé, Ricardinho, Eduardo Baptista, Fernando Diniz, Argel, Cristóvão Borges são a “próxima linhagem”

Outros se renovaram e possuem espaço, casos de Oswaldinho, Levir e Luxemburgo.

Contudo, diante dessa renovação, a desconfiança aparece e aí surgem as oportunidades para os treinadores estrangeiros.

Aguirre depois de sofrer bastante para implantar sua filosofia, colhe os bons frutos agora, seu Inter é um time consistente com elenco e com chances de disputar tudo esse ano.

Seguindo essa onda, o São Paulo mostra que tem tudo para colocar um técnico estrangeiro no clube, atualmente Osório do Atlético Nacional da Colômbia é o grande cotado, mas vale lembrar que desde a saída de Muricy, os nomes especulados foram Luxemburgo, Sabella, Sampaoli, André Villas Boas e agora Osório, ou seja, 80% dos nomes são de treinadores estrangeiros.

O que mais me impressiona entre os técnicos gringos é a formação acadêmica deles. Todos grandes teóricos e formados para atuarem como treinadores.

Por aqui, o que se vê é um monte de treinadores formados no terrão, como eles gostam de bater no peito.

Uma formação apenas prática, sem entendimento teórico sobre o que observar em uma partida.

Aliás, característica essa que tange toda nossa cadeia, imprensa, torcedores, jogadores e logicamente os treinadores, todo mundo é muito bom para falar do time de maneira geral, raríssimos os casos onde se olha uma particularidade, um pedaço daquele todo que pode ser a solução para vencer uma partida.

Nossas derrotas, sempre justificadas por uma infelicidade, um azar em um lance ou um apagão.

Eu vejo com bons olhos a possível chegada de alguns treinadores estrangeiros, garantindo a troca e ampliando o horizonte dos nossos homens do boné.

Ver dois gringos em dois grandes clubes do Brasil pode ser muito bom para todos.

E os estaduais tem seus finalistas

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E os estaduais chegam enfim a sua reta final, como não consigo falar sobre todos eles, me concentrei apenas ao eixo do mal.

Em São Paulo depois de 56 anos, sim 56, teremos um Palmeiras x Santos na final, os dois que começaram como os patinhos feios dessa competição superaram São Paulo e Corinthians e farão a final.

Sinceramente não vejo favorito, são dois times parelhos, meu palpite é que dará Santos, mas é apenas palpite.

Em Minas, o Galo venceu o Cruzeiro e fará a final com a surpreendente Caldense. O time de melhor campanha do estadual, que ainda não perdeu no campeonato, tentará continuar essa campanha e vencer o estadual.

Para o Galo resta fazer valer seu favoritismo e ainda aproveitar o fato de que a Caldense não poderá jogar em seu estádio.

No Rio, a final dos sonhos da FERJ, Botafogo com um gol duvidoso e Vasco com mais um pênalti a favor avançam.

Aposto que para a FERJ ver o “Doutor Eurico” ganhar seja a sensação de trabalho bem feito. De qualquer forma, Doriva poderá ser bicampeão estadual (ganhou o paulista com o Ituano em 2014) e novamente com um bom trabalho, viva a nova safra de treinadores.

No sul, um Grenal. Olha que novidade! O time do Inter parece em melhor momento, mas do outro lado tem o raposão do Felipão. Aquele treinador, especialista em jogo de 180 minutos e só ultimamente.

Para Aguirre será ótimo vencer também, pois trará a paz que ele precisa, já que mesmo fazendo um bom trabalho ainda não a tem.

Ah, Dener…

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Ah Dener, pensar que ontem você completaria 44 anos.

Estaria contando sobre sua carreira meteórica, sua convocação na seleção de Parreira no lugar de Paulo Sérgio, seu primeiro título mundial.

Contar como foi sua adaptação ao futebol italiano, mas que se encontrou mesmo na Espanha que fez com Ronaldo no Barcelona uma dupla histórica.

Que assumiu o papel de protagonista em 98, inclusive na final mesmo vendo o grande parceiro passando mal horas antes.

Que um pouco antes da Copa de 2002 decidiu voltar para o Brasil, jogar mais dois anos na sua Lusa querida e pendurar as chuteiras.

Sim encerrar em 2004, com 33 anos ainda dando muito rolinho na molecada, mas cansado de tanto apanhar.

Depois de um tempo ia se arriscar no futebol de areia, mas ia descobrir que sua “praia” era a grama, mesmo que de mentira.

Ia jogar society pelo Vasco e junto com Djalminha (no Flamengo) fariam duelos sensacionais para alegrar a massa.

Felipão nunca chamaria mais ninguém de “alegria nas pernas”  (nada contra Bernard), ou se chamasse alguém assim era porque você já tinha alcançado patamar superior, algo como “a sublime felicidade nas pernas”.
Hoje era para ser só mais um aniversário na sua vitoriosa vida, talvez escondido no Nordeste brasileiro ou na praia de Jurere em Floripa, ou ficaria por perto de sua São Paulo mesmo.

Obrigado Dener por ser quem você foi e principalmente por me permitir imaginar o que poderia ser.

P.S.: esse post será repetido todo ano próximo ao aniversário dele.

O vídeo abaixo é apenas uma amostra do talento dele, sério é só uma amostra.

Brincadeira de criança é assistir tudo isso…

Criancas

É pessoal, chega mais um fim de semana e lá vamos nós com a programação do fim de semana. Vocês acharam que por causa das seleções, as opções seriam escassas? Que nada, segue os famosos 6 joguinhos que não ocupam tanto tempo e ainda sobra um pouco para ir no Hopi Hari ou no Parque da Mônica aproveitar o dia das Crianças!!

Sábado – 11/10

09h00 (Amistosos) – Brasil x Argentina: Entitulado como superclássico, o duelo é quase uma reprise da extinta Copa Roca, só que agora resolveram levar para fora do país, além disso, perceberam a oportunidade de incluir os jogadores “estrangeiros” também. Será o primeiro grande desafio de Dunga que terá que achar uma forma de parar Messi e Di Maria. Sinceramente, com o time em reformulação e com a Argentina voando, será bom demais se o Brasil vencer.

15h45 (Eliminatórias Eurocopa) – Polônia x Alemanha: Duelo entre Lewandowski e a seleção campeã do mundo. Além da questão histórica entre os países, existe este fator do atacante polonês ser o melhor atacante do campeonato alemão e jogar no melhor time alemão do momento. Aliás, Klose, o maior artilheiro das Copas, é polonês. Vale pela graça do duelo e por ver a Alemanha jogar que é sempre bom né, Felipão?

15h45 (Amistosos) – França x Portugal: Coloquei o jogo anterior antes para tentar te convencer dos benefícios dessa partida, contudo, o melhor era ter aquelas TV’s que conseguem colocar dois jogos simultâneos, caso contrário, assista esse aqui e de vez em quando pula para o jogo da Alemanha. Grande clássico, além disso, com o jogo não valendo pela Euro e em clima de amistoso, tem tudo para ser amigos do Cristiano x amigos do Pogba, ou seja, boleiragem pura.

21h00 (Brasileirão) – Palmeiras x Grêmio: Duelo dos times que mais dependem de seus centroavantes. No Grêmio, 48% dos gols são de Barcos, no Palmeiras quando sai gol, as chances são de 50% da autoria ser de Henrique. Além disso, é o retorno do Felipão contra o Palmeiras, fica a expectativa de como será a reação da torcida com o treinador. Sem falar logicamente na disputa dentro do Brasileirão, os gaúchos para se consolidarem no G4, os paulistas para ganharem fôlego na fuga do rebaixamento.

Domingo – 12/10

16h00 (Brasileirão) – Internacional x Fluminense: O duelo do potencial. Dois times que possuem grandes máquinas do meio para frente, mas com defesas pouco confiáveis. E para piorar, dois times que não estão convencendo ninguém. Os donos da casas chegam para o duelo após uma goleada histórica e completamente desconcertante para a Chapecoense, o Inter mantém a campanha de ser o time que mais decepciona nos pontos corridos. Já o tricolor carioca, busca aproveitar a chance para de repente achar outra vitória para dar novo ânimo ao time.

21h30 (Argentinão) – Newells Old Boys x River Plate: Confesso que gostaria de colocar alguns jogos do Mujicão para vocês, mas como ninguém tem os direitos de transmissão fica complicado assitir, portanto, vamos de Kirchnerzão que é parecido. Jogo brigado, em alta velocidade, dois times de tradição, a sensação é que você está na Libertadores, serve até para dar uma animada no fim do domingo. River é o líder invicto, enquanto o Newells segue na caça.