Silêncio, o espetáculo vai começar…

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Eu juro que o cartão amarelo que o Sidão (goleiro na reserva naquele instante) recebeu no clássico paulista ficou consumindo minha mente até esse momento, o cartão foi dado por ele levantar e ir comemorar com Pratto o primeiro gol no clássico.

Primeiro proibiram as bandeiras, depois as torcidas misturadas ou divididas, depois a explosão da comemoração está totalmente condicionada e agora nem o companheiro reserva pode mais comemorar junto com o atleta que fez seu gol.

Qual a necessidade ou o que motiva uma decisão dessa?

Primeiro que para mim, ninguém que toma essas decisões realmente gosta de futebol, nem digo que precise ter jogado, porque isso já é claro que nunca fez, jamais deve ter cobrado um lateral com a mão, imagina tentar um gol olímpico, no máximo jogaram videogame ou jogam.

Mas realmente o que mais me incomoda, é que eles não possuem nenhuma emoção referente ao esporte, como podem não se encantar com um setor cheio de bandeiras tremulando, como podem não entender que estar no estádio rival como torcedor e vencer é uma sensação única, privar o atacante de explodir na hora do gol, inclusive indo comemorar juntos de todos os demais, para mostrar a união do time? Como?

Para mim, os únicos assuntos polêmicos referem-se a briga de torcida e a comemoração do gol com mensagens de cunho religiosa, política ou comercial. O primeiro, porque acima de tudo, é chover no molhado, mas não custa repetir, falta punir de maneira séria, enquanto isso, tanto faz o veto, a briga ocorrerá dentro, no entorno ou a 50km do estádio.

Sobre o gol, o cara premeditar uma ação de marketing, política e ou religiosa pode ser punida, porque foi premeditado, mas mesmo assim, tenho minhas ressalvas quanto proibir, já que deveria se ter uma liberdade de expressão no âmbito político e ou religioso, talvez as ações de marketing que sejam desnecessárias.

Contudo, a preguiça de se discutir e cuidar do futebol é tamanha, que para que ninguém mostre uma camisa que incomode a alta cúpula do futebol, proibi-se de tirá-la e pronto, mas não trata e condiciona o atacante a uma comemoração menos efusiva quando marcar um gol importante ou depois de um longo jejum.

A sensação de que eles são tão ignorantes sobre o assunto futebol, que quando disseram que queríamos voltar a ver espetáculos dentro de campo, eles acharam que falávamos de teatro e estão pedindo silêncio sempre antes e depois de qualquer ato.

Silêncio, o espetáculo vai começar.

Seleção do Brasileirão 2015

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No processo de escolha parecido com o Bola de Ouro, onde capitães, treinadores, jornalistas e atletas da seleção brasileira votaram nos melhores do campeonato nacional 2015, a seleção ficou da seguinte forma:

Goleiro: Cássio (COR)

Laterais: Marcos Rocha (ATMG) e Douglas Santos (ATMG)

Zagueiros: Jemerson (ATG) e Gil (COR)

Meias: Rafael Carioca (ATMG), Elias (COR), Renato Augusto (COR) e Jadson (COR)

Atacantes: Luan (GRE) e Ricardo Olivera (SAN)

Técnico ; Tite (COR)

Revelação: Gabriel Jesus (PAL)

Estrangeiro: Pratto (ATMG)

Eu faria três mudanças, sairiam Cassio, Marcos Rocha e Luan, entrariam Danilo Fernandes (Sport), Apodi (Chape) e Nenê (Vasco). Não que eu ache que os outros três também mereçam esse destaque, mais se eu tivesse direito a algum voto, assim seria minha seleção.

De qualquer forma, pela seleção, fica claro como Corinthians e Atlético-MG sobraram, entre as 14 posições disponíveis, eles levaram 11. Curioso que todos os “intrusos” são atacantes. Incluindo o que seria a dupla de ataque titular dessa seleção.

Para mim, o craque do campeonato deveria ser dado para Renato Augusto.

E se o campeonato acabasse na 16ª rodada?

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O Galo doido seria o campeão! Com uma ótima vitória na quarta-feira sobre o meu tricolor, naquela que para mim foi a melhor partida do campeonato até agora.

O vice-campeão seria o Corinthians que segue sem muito alarde, sem perder muito e a mais tempo invicto, já são 8 jogos sem perder.

Completando o G4, estaria o Flu e o Sport Recife. Ronaldinho estreou, nem foi excelente, mas nem foi péssimo, de certa forma até me surpreendeu, atuou por 90 minutos e foi importante no lance do único gol, com belo passe para Wellington Paulista ajeitar para Marcos Jr concluir.

Quanto ao Sport apesar de todo o oba-oba e com razão, pela primeira vez, senti o time cansado, com dificuldade para manter sua energia durante todo o jogo, agora é aproveitar a semana, descansar bem o time e voltar com tudo na próxima rodada.

Na parte intermediária, destaque para o Furacão em 5º e a Chape em 9º. O Furacão anulou o Palmeiras e encostou na parte de cima da tabela, o time é bem montado pela revelação Milton Mendes e tem bons nomes como destaque para o Brasileirão, além é claro de Waltinho que tem sido bem utilizado durante os jogos para mostrar sua técnica.

Já a Chape mostra que um time que sabe usar seus domínios pode almejar pelo menos um lugar no meio da tabela, a Chape em casa é uma (6v-1e-1d) e completamente outra fora (1v-1e-6d).

Na zona da confusão ou próxima dela, destaco Ponte Preta e Coritiba. Ambos os times estão a 7 jogos sem vencer. Na Ponte mais da metade desse jejum coincide com a saída de Renato Cajá, no Coxa basta ver que se trata do time que menos venceu no campeonato apenas 2 partidas.

Vasco, Joinville e agora o Goiás se juntam ao Coxa no Z4. Apesar de ainda restarem 22 rodadas, acho que apenas Avaí e dependendo de como continuar a queda vertiginosa da Ponte conseguem “roubar” alguma vaga desse grupo.

A 16ª rodada terminou com 21 gols, 5 vitórias dos mandantes, 4 empates e apenas um 1 vitória dos visitantes. O craque da rodada sem dúvida foi Lucas Pratto pelo três gols na quarta-feira diante do São Paulo.

E para vocês, como seria se o campeonato acabasse na 16ª rodada?

O gol às vezes é um detalhe!

Treinador disse que gostou de proposta do São Paulo

Treinador disse que gostou de proposta do São Paulo

Ontem acompanhei o jogo do meu tricolor contra o meu querido Galo doido. Grande jogo, de todos os que eu vi nesse Brasileirão foi para mim o melhor jogo desse campeonato.

O São Paulo conseguiu durante 15 minutos pressionar o líder do campeonato dentro do Mineirão. Quem puder ver os primeiros quinze minutos do jogo, não entende como o São Paulo perdeu por 3×1. Ou até entende, isso é futebol.

Além do talento de Pratto que em seus três gols mostrou o que é ser um centroavante. No primeiro gol, contou com presença de área e sorte, no segundo a precisão de com apenas um toque guardar a bola no fundo das redes e no terceiro talento e velocidade de raciocinio.

Mas foi só, sem o Pratto o jogo como um todo foi parelho, de igual para igual. Se Pratto mostrou todos os atributos que um centroavante precisa ter, Pato mostrou o que não pode.

O jogo foi decidido na individualidade, Pratto teve 4 chances fez 3 gols, Pato fez 1 em 6 chances.

Para o Galo é a certeza de que apesar da falta de maturidade diagnosticada por Levir Culpi, o time segue firme e grande favorito ao título pelo futebol bonito que apresenta nesse campeonato.

Para o São Paulo, entender que a derrota lá era esperada e que o time mostrou uma grande evolução, parece que enfim os jogadores estão entendendo a proposta de jogo de Osório, o time pode ter perdido tempo para a disputa do título, mas se não perder mais tanta gente, pode brigar por G4 tranquilamente.

Para o jogo de ontem, o gol foi só um detalhe.

4 pontos em 3 jogos para os brasileiros…

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E ontem os brasileiros mostraram de forma mais concreta possível, como uma vitória melhora tudo, como um empate pouca coisa muda e como uma derrota pode ser desastrosa.

O Galo que tanto gosto perdeu ontem dentro do Independência. 1×0 para o Atlas com um gol aos 42 do segundo tempo. Nem um dos times foi bem, o time mexicano venceu porque sobrou pernas, o Atlético estava completamente entregue após os 30 minutos da etapa final.

O time demorou para achar seu futebol no primeiro tempo, já no início do segundo exerceu aquela famosa correria do Galo, perdeu muitas chances, Maicossuel chegou atrasado, bola do Luan passou raspando, Andre quase deixou o dele e por aí vai. O time sentiu a falta do seu reforço Lucas Pratto. A boa notícia é que Cardenas é um nome interessantíssimo para o time. Contudo, o Galo precisará de mais um dos seus mirabolantes truques para buscar a classificação. Mas, ainda só depende dele.

Já o rival mineiro, o Cruzeiro estreou com um empate contra o Sucre. O jogo mostrou que o Cruzeiro está montadinho, mantém a mesma tática do ano passado, mas ainda sente do entrosamento e principalmente da qualidade da troca. E não estou dizendo que quem chegou é ruim, mas quem saiu era muito bom, principalmente Goulart e Lucas Silva. É complicado substituir a altura.

O Cruzeiro foi melhor que o Sucre, mas a famosa altitude derrubou o time no final do jogo. Damião voltou a jogar bem, faz boa temporada pelo Cruzeiro e parece que a mudança de ambiente foi benéfica, perdeu alguns gols ontem, mas a movimentação, a busca pela bola voltaram. No fim, o resultado foi ok, ainda mais dentro de um grupo, onde só fatores extracampo (altitude) podem atrapalhar a campanha tranquila da Raposa nessa primeira fase.

Por fim o São Paulo conseguiu uma vitória tranquila e com placar elástico (4×0) sobre o fraco Danúbio. O time uruguaio será o saco de pancada desse grupo tranquilamente, vendo o jogo de ontem, digo que é preciso ganhar deles no Uruguai também. O São Paulo mostra com a vitória que tudo está bem longe de ser perdido, o time foi apático na estréia, mas é ainda um dos fortíssimos candidatos ao título.

Principalmente, quando Muricy entende que Kardec e Luis Fabiano não podem jogar junto e que a melhor peça do São Paulo é Michel na meia. Pato com vontade mostra que é jogador de seleção, ontem ficou durante os 90 minutos e mostrou que Fiorella merece um camarote exclusivo no Morumbi. A única questão ainda é bipolaridade tricolor, o time só possui os modos “futebol envolvente” e “futebol adormecido”, precisa aprender a dosar um pouco seu futebol, para não sofrer nos momentos de dormência.

Por fim, uma vitória, um empate e uma derrota na conta dos brasileiros.

Viva a pré-temporada!

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E então tivemos pré-temporada.

E nossos principais clubes jogaram entre si, contra Shakthar e Shandong, entre clubes sensações de 2014, entre clubes mais modestos e até contra time inglês da sétima divisão.

E o resultado?

Nada demais, serviu para os torcedores notarem como os nossos times começam vagarosos, demoram para voltar ao ritmo do final de ano.

Destaque para os mineiros novamente. Eles que terminaram como sensação de 2014, estão em situações opostas nesse início de ano.

O Galo perdeu seu principal jogador, mas repôs a altura. Saiu Tardelli, chegou Pratto. O time pouco mudou e foi o time que apresentou o melhor futebol nessa pré-temporada. Aliás, disparadamente o melhor futebol.

Já o Cruzeiro desmontou toda a base bicampeã nacional, saiu a espinha do time, Lucas Silva, Everton e Ricardo Goulart foram embora. Junto deles, mais nove jogadores, incluindo Egidio e Moreno que também eram titulares.

Marcelo precisará remontar o time, o plantel foi substituído, algumas boas apostas chegaram e agora é ver qual será o resultado.

De qualquer forma, a experiência de ter um período maior de descanso, chance de fazer alguns amistosos como pré-temporada foi muito válido. Ainda precisamos nos acostumar, inclusive nossos treinadores para escolher rivais qualificados para ajudar nessa pré-temporada.

Por fim, na minha opinião entre todos os jogos que vi a ordem de quem mostrou o melhor futebol foi, Atlético-MG, Londrina e Palmeiras. Sendo que a diferença do primeiro para o segundo é gigante, assim como segundo para o terceiro.

Os demais nem entraram, porque nem considero que conseguiram mostrar futebol.