E ontem foi dia de ver a Chape estrear no Copa Bridgestone Libertadores.
Como é bom ver essa história sendo reconstruída e o time como um todo reagir tão rápido, não podemos esquecer que tragédia a parte, estamos falando de um time que foi completamente reconstruído, jogadores que pouco jogaram juntos e pouco conheciam a Chapecoense em si.
Um clube tem seu estilo, sua cultura, a população e torcida que o cercam e tem sua história, entender tudo isso é fundamental para que o time dê liga, renda rápido e traga os resultados esperados.
E a mobilização em Chapecó e dar orgulho e virar case para qualquer empresa do mundo, falamos do Japão e sua velocidade de reconstrução após tragédias naturais, mas o time de Santa Catarina faz muito bonito nesse processo.
E a seleção foi muito criteriosa, apesar da “boa vontade” de todo mundo em ajudar, a Chape soube se posicionar e equilibrar a ajuda desorientada com peças que realmente fizessem sentido para compor o elenco.
Ontem o time viveu bem o clima Libertadores, um campo em péssima condição que parecia ter um córrego em cada lado do campo, arbitragem quase sempre caseira, lances de força desproporcional do rival e muita pressão da torcida adversária.
Mas a Chape foi valente e teve estrela, o jogo está enroscado, ninguém se impondo, mas as poucas chances apareciam pelo lado da casa, até que uma bola parada, trouxe Reinaldo, um lateral caricato com passagem pelo São Paulo e que está emprestado, resolveu pegar a bola no lugar do batedor oficial, Luis Antônio (emprestado pelo Flamengo), e bater fechado demais no primeiro pau, fechado o suficiente para que surpreendesse o zagueiro que não conseguiu chegar a tempo para tirar e viu sair o primeiro gol do Índio Condá.
Um gol chorado, atípico, surpreendente, assim como a história que a agremiação vem escrevendo, a partir daí, o jogo melhorou, os comandados de Mancini se soltaram e começaram a produzir mais que os venezuelanos, podia ter ampliado ainda no primeiro tempo, mas não soube acertar o passe final.
No segundo tempo, o Zulia, voltou com impeto, mas aos poucos a Chape foi ensaiando os contra golpes e controlar o jogo até que veio o 2×0 , porém aquela relaxada natural (que não deveria) trouxe um gol do Zulia que passou a pressionar a Chape nos minutos finais.
Por fim, a Chape segurou o placar e teve um importante resultado para o seu início na Libertadores, para quem está vencendo tantas batalhas, até que a estreia na Libertadores foi tarefa fácil.