O Cruzeiro estreou!

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Ontem assisti ao jogo do Cruzeiro pela Libertadores, vitória tranquila sobre o fraco time venezuelano do Mineros.

Os gols foram marcados por Arrascaeta, Damião e Henrique.

Tinha visto o Cruzeiro na pré temporada contra o Londrina e depois nos três jogos da Libertadores.

Enfim, o Cruzeiro estreou!

A movimentação característica do bicampeão nacional reapareceu, Marcelo conseguiu fazer as novas peças entenderem sua proposta de jogo.

Arrascaeta, Alisson, William bigode e Damião fazem esse novo quarteto, com Henrique e Willians na volância.

Marcelo manteve o seu 4-2-3-1, com muita triangulação entre os laterais, pontas e seu meia centralizado, além das aparições constantes de Henrique.

A promessa uruguaia começa a mostrar suas armas e Damião voltou a colocar uma pulga atrás das nossas orelhas, quem é Damião?

Damião fez um partidaço ontem, confesso que mesmo na época de Inter, não lembro de uma atuação tão completa dele. Não se resumiu a fazer muito bem seu papel de centroavante, deve ter assistido alguns vts com atuações do Guerrero.

O Cruzeiro parece ter iniciado o ano enfim, e o melhor a proposta de jogo foi preservada.

Marcelo de Oliveira vai se credenciando como um grande treinador e agora é ficar de olho na Raposa.

4 pontos em 3 jogos para os brasileiros…

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E ontem os brasileiros mostraram de forma mais concreta possível, como uma vitória melhora tudo, como um empate pouca coisa muda e como uma derrota pode ser desastrosa.

O Galo que tanto gosto perdeu ontem dentro do Independência. 1×0 para o Atlas com um gol aos 42 do segundo tempo. Nem um dos times foi bem, o time mexicano venceu porque sobrou pernas, o Atlético estava completamente entregue após os 30 minutos da etapa final.

O time demorou para achar seu futebol no primeiro tempo, já no início do segundo exerceu aquela famosa correria do Galo, perdeu muitas chances, Maicossuel chegou atrasado, bola do Luan passou raspando, Andre quase deixou o dele e por aí vai. O time sentiu a falta do seu reforço Lucas Pratto. A boa notícia é que Cardenas é um nome interessantíssimo para o time. Contudo, o Galo precisará de mais um dos seus mirabolantes truques para buscar a classificação. Mas, ainda só depende dele.

Já o rival mineiro, o Cruzeiro estreou com um empate contra o Sucre. O jogo mostrou que o Cruzeiro está montadinho, mantém a mesma tática do ano passado, mas ainda sente do entrosamento e principalmente da qualidade da troca. E não estou dizendo que quem chegou é ruim, mas quem saiu era muito bom, principalmente Goulart e Lucas Silva. É complicado substituir a altura.

O Cruzeiro foi melhor que o Sucre, mas a famosa altitude derrubou o time no final do jogo. Damião voltou a jogar bem, faz boa temporada pelo Cruzeiro e parece que a mudança de ambiente foi benéfica, perdeu alguns gols ontem, mas a movimentação, a busca pela bola voltaram. No fim, o resultado foi ok, ainda mais dentro de um grupo, onde só fatores extracampo (altitude) podem atrapalhar a campanha tranquila da Raposa nessa primeira fase.

Por fim o São Paulo conseguiu uma vitória tranquila e com placar elástico (4×0) sobre o fraco Danúbio. O time uruguaio será o saco de pancada desse grupo tranquilamente, vendo o jogo de ontem, digo que é preciso ganhar deles no Uruguai também. O São Paulo mostra com a vitória que tudo está bem longe de ser perdido, o time foi apático na estréia, mas é ainda um dos fortíssimos candidatos ao título.

Principalmente, quando Muricy entende que Kardec e Luis Fabiano não podem jogar junto e que a melhor peça do São Paulo é Michel na meia. Pato com vontade mostra que é jogador de seleção, ontem ficou durante os 90 minutos e mostrou que Fiorella merece um camarote exclusivo no Morumbi. A única questão ainda é bipolaridade tricolor, o time só possui os modos “futebol envolvente” e “futebol adormecido”, precisa aprender a dosar um pouco seu futebol, para não sofrer nos momentos de dormência.

Por fim, uma vitória, um empate e uma derrota na conta dos brasileiros.

A vida sem o Thomas Muller brasileiro…

Ricardo Goulart

Ontem enfim, voltei a ter uma overdose de futebol. Foram dez jogos durante o domingo todo.

Teve de tudo, Copa São Paulo, campeonato italiano, campeonato inglês, amistosos, campeonato argentino.

Surpresa com a derrota do Cruzeiro para o Londrina, não pela derrota, mas pela vitória do time paranaense. O Tubarão começou o ano em ritmo de alta temporada já, o time está muito mais acelerado do que o Cruzeiro.

Contudo, a de se dizer uma coisa, o Cruzeiro ainda é o Cruzeiro, o grande campeão brasileiro, o time com um grande elenco e tudo mais, algumas peças sairam, outras chegaram, mais um em específico fará o time do Cruzeiro se tornar mais a “acessível” no campeonato nacional.

Ricardo Goulart.

A saída ainda é recente, mas o nosso Thomas Muller brasileiro não será substituído facilmente. O Cruzeiro perdeu um jogador moderno, talvez o melhor atuando dentro do Brasil. Reparar sua perda exigirá talento ímpar para achar ou “fabricar” alguém similar.

O substituto natural, Julio Baptista mesmo consagrado é abaixo do potencial de Goulart, o que exigirá do atual campeão nacional repensar alguns pontos na proposta de jogo para suprir a ausência.

A chegada de Arrascaeta pode ajudar, não é tão completo como Goulart, mas mais rápido, mais dinâmico, Julio poderá disputar vaga com Damião, enquanto a promessa uruguaia pode aliviar a perda do camisa 28.

Contudo, o Cruzeiro não passou por nenhuma mudança gigantesca, perdeu seu melhor jogador, assim como o rival, o Galo, aliás perderam para o mesmo time. Falta o diferente, mas a base segue firme e o time continua forte para 2015.

Ao longo dos próximos dias, devo falar dos demais clubes brasileiros que estarão na Libertadores.

 

E aí, cadê o seu camisa 09?

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Damião, Luis Fabiano, Paolo Guerrero, Henrique, Alecsandro, Fred, Jô, Barcos, Rafael Moura, todos eles representam o famoso centroavante. Jogador de área, finalizador, que tem faro de gol.

Alguns podem até sair mais da área, fazer pivô, mas sua principal função é ser o homem gol do time.

Quando olhamos a relação, vemos Fred e Luis Fabiano como ainda bons nomes e Guerrero e Barcos como outros bons nomes. Agora, se fosse não tivesse um centroavante e precisar contratar, quem além desses quatro, você investiria sem medo?

Os demais da lista estão em grandes clubes, mas não necessariamente são grandes jogadores. Damião é o nosso Fernando Torres, seu futebol sumiu, voltou para várzea ou algo do tipo. O restante, não inspiram confiança.

Tanto é que Galo e Mengo estão atrás de atacantes gringos. O mineiro já fechou com o bom Lucas Pratto, enquanto o Mengo sonda Lucas Barrios.

A pergunta que fica é: acabou o camisa 09?

Eu acho que não, eu acho que ele se reinventou. Guerrero é o exemplo mais próximo do que é o atual 09 no mundo. Lewandowski, Ibrahimovic, Benzema, são os craques dessa função.

Logo, não consigo pensar em nenhum brasileiro. Nem bom, nem apenas atual. O único que me vem em mente é Diego Costa e que simplesmente se naturalizou espanhol e aprendeu a jogar assim lá, não aqui.

O que fica evidente é que a função mudou, mas nós não arrumamos ela na base, nem no profissional, nem em lugar nenhum, apenas vemos e decidimos agora importar centroavante.

Acho um pouco absurdo, o país que se entitula do futebol, importar a principal peça, quem faz gol.

Nada contra Guerreros, Barrios, Barcos e Prattos, mas o Brasil pode abrir as portas para eles jogarem em nossas novas arenas, mas principalmente devemos fabricar esses caras por aqui.

E aí, cadê o seu camisa 09?

Quem custa mais?

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Valdivia, Pato, Damião, Elias e Luis Fabiano, foram bons investimentos?

Hoje estava lendo que o Santos pagava a última parcela do seu centroavante e que o clima era de velório, devido ao alto investimento feito e pouco retorno dentro de campo.

E fiquei com os nomes que mencionei acima, como exemplos os quais a conta não parece muito satisfatória.

Valdivia – O chileno é um caso emblemático nessa lista. É nítido que ele gosta do Palmeiras, seja por necessidade ou por empatia. Assim como é claro a relação de amor e ódio entre ele e torcida. O Mago, possui muito futebol é nítido o quanto pode ajudar o alviverde, mas parece não entender realmente sua importância, joga às vezes, vira e mexe se envolve em polêmicas e acabava deixando o time na mão por várias.

Dessa forma, toda a grana investida, mas o quanto custa mensalmente ao clube, sempre gera a pergunta, valeu todo o investimento.

Alexandre Pato – O queridinho de Fiorela no momento possui uma conta mais simples. O Corinthians pagou muito por ele, ele não rendeu no Corinthians, resta agora, saber quanto o Timão consegue recuperar em uma futura venda para saber se a conta fecha.

Leandro Damião – O centroavante da lambreta em um argentino possui uma conta com mais fatores. Assim como no caso do Pato, o clube investiu uma grana pesada pelo jogador, na verdade foi um fundo de investimento, mas que caso não tenha retorno, a dívida passa a ser do clube. Damião ainda tem apoio dentro do clube, mas parece não render.

Resta ao Santos, saber se aquele Damião do Inter foi apenas uma boa fase, ou essa atual é apenas uma má fase.

Elias – O volante corintiano não chegou a custar uma fortuna ao clube, mas seu histórico de ídolo na primeira passagem, tem feito com que Mano sinta uma obrigação em mantê-lo como titular, só que Elias não está rendendo, Bruno Henrique tem se mostrado mais eficiente do que Elias.

O volante foi responsável por um arranhão na relação entre Guerrero e clube. Tudo porque Gobbi não foi 100% sincero com Paolo sobre o teto do clube, e gerou uma rusga entre o peruano e a diretoria. Ou seja, não foi caro comprar Elias, mas é caro mantê-lo.

Luis Fabiano – Por fim, o sempre controverso centroavante são paulino. Fabuloso custou caro aos cofres tricolores e também vive uma relação de amor e ódio com a torcida. Ninguém questiona seu talento como finalizador e no último jogo mostrou que ainda tem condição física de jogar.

A questão é que Luis parece precisar do conflito, quando o momento é bom e de calmaria, cai o rendimento, quando é muito questionado, resolve render. Soma-se a isso, seu histórico de expulsões infantis, tudo isso para complicar o fator “fechar a conta”.

E aí, entre os listados, todos estão se pagando? O que vocês acham?

 

Surpresa, surpresas e surpresas…

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Quem nunca ouviu a expressão: o futebol é uma caixinha de surpresas?

E ela serve para exemplificar a vitória do Chapecoense sobre o Fluminense. O inferno astral que Fred está passando, o time carioca vinha bem e continua jogando bem, mas desde a volta do centroavante, o time parou de ganhar.

Ela serve também para explicar a boa fase do Flamengo. São cinco jogos e quatro vitórias com o pofexô Luxa! Será que agora o pojetu, vai?

Ela serve para explicar como pode na mesma rodada, Leandro Damião e Keirrison terem feito gol.

Para explicar, como o Sâo Paulo e Corinthians conseguem ir tão bem contra os grandes e tropeçar nos pequenos. Uma síndrome de Robin Hood, danada nos paulistas.

Mas serve também, para explicar como um lance igualzinho, pode ter duas interpretações diferentes. No domingo, um chute de Felipe Meneses explode no braço de Edson Silva, o juiz marca pênalti para o Palmeiras. Ontem, Pato tenta uma finalização e ela explode no braço de Juan, qual a decisão do árbitro? Como diria Milton Leite: “seeeegue o jogo”.

Confesso que na minha cabeça, não considero nenhum dos lances como pênalti. Contudo, existe uma recomendação da Fifa sobre a questão do braço “muito aberto”, a entidade pede que seja marcada a infração nessas situações. Ou seja, para a Fifa, ambos os lances foram penalidades.

E é essa surpresa que me incomoda, ou seja, além das particularidades que todo jogo de futebol pode propiciar, precisamos ainda descobrir ao longo da partida qual o critério que o juiz irá adotar.

Alguém precisa reunir os árbitros e explicar para eles, que estilo de apitar é uma coisa e isso não envolve escolher critérios que serão adotados. Os critérios são únicos.

Que a próxima surpresa seja o mesmo lance em partidas diferentes com a mesma marcação no final.