Bauza tem usado muito essa palavra, na verdade ela é a principal característica que ele procura em suas equipes.
Se fossemos traduzir literalmente teríamos a palavra hierarquia. Palavra que para nós significa apenas uma forma de organizar as pessoas ou coisas diante de uma ordem de prioridades. Por exemplo, do diretor para o assistente.
Muitos trouxeram que Bauza trata como uma forma de protagonismo, de imposição que seu time deve exercer no jogo. Contudo tem um pouco mais nas entrelinhas, na tradução literal e na esperada sobre o que Bauza espera.
Bauza considera o futebol lógico, como uma forma clara de expectativa do que o outro (rival) irá propor e como será feito para combater isso, a questão está apenas em como os jogadores respondem a isso e ai entra a jerarquia de Bauza.
Não simplesmente assumir o protagonismo, mas principalmente a capacidade suficiente de que todos os atletas hierarquizem as prioridades de ações a serem tomadas para que o funcionamento tático seja o mais próximo do combinado possível.
De certa forma, nas literaturas sobre Mourinho e de Pep (a qual estou lendo agora) e mesmo nos discursos de Tite (nossa principal referência atual) a questão mais importante trazidas por todos é como garantir que o jogador saiba o máximo de possibilidades que o jogo pode trazer para ele e quais respostas ele terá para agir.
Quando Bauza diz que o time precisa de mais Jerarquia, ou que precisa de jogadores com mais jerarquia, ele simplesmente traz o conceito de maior sucesso do futebol.
Quanto mais eu consigo ser claro para que meus jogadores entendam as possibilidades e quanto mais talento eles tenham para conseguir aplicar essas respostas durante o jogo, mais sucesso o time terá.
Bauza pode ainda não saber traduzir a palavra, assim como nós olhamos ela com a mesma superficialidade de um Google Translate, mas ela traduz muito da excelência que se busca dentro das quatro linhas.