E saiu a primeira lista da era Tite…

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“Em relação a convocação, é para os próximos dois jogos, não posso nem quero ser otimista e responsável nem o pessimista que só olha o fato negativo, só olho fato real. Estamos no momento não classificados para a Copa e buscando crescimento. A partir daí, surge nova etapa. Essa convocação é para estes dois jogos, melhor momento de cada atleta”

Confira os convocados:

Goleiros: Alisson (Roma-ITA), Marcelo Grohe (Grêmio), Weverton (Atlético-PR)

Zagueiros: Gil (Shandong Luneng-CHN), Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA), Miranda (Internazionale-ITA), Rodrigo Caio (São Paulo)

Laterais: Daniel Alves (Juventus-ITA), Fagner (Corinthians), Filipe Luis (Atlético de Madrid-ESP), Marcelo (Real Madrid-ESP)

Meias: Casemiro (Real Madrid-ESP), Giuliano (Zenit-RUS), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Guangzhou Evergrande-CHN), Philippe Coutinho (Liverpool-ING), Rafael Carioca (Atlético-MG), Renato Augusto (Beijing Guoan-CHN), Willian (Chelsea-ING)

Atacantes: Gabriel Barbosa (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras), Neymar (Barcelona-ESP), Taison (Shakhtar Donetsk-UCR)

Com essa frase Tite explicou a convocação, e dessa forma montou essa lista.

Sinceramente, tinha gostado mais daquela que vazou supostamente do que a realidade, porém, também acredito que lista de convocado da seleção nunca agradará a maioria, todo mundo tem seus preferidos e formas de pensar, mas prefiro me ater aos critérios ditos por Tite para fazer alguns questionamentos.

Tite se apoiou muito em dizer que convocação é momento, por isso priorizou aqueles que estão em atividade e que o momento é de buscar classificação e não reformulação.

O engraçado é que de cara, temos 9 novidades entre os 23, ou melhor 09 atletas que não eram convocados com frequência, logo me parece uma reformulação no grupo. Só reforçando, não acho errado reformular, até porque o treinador tem seus homens de confiança, o que quero destacar é o que Tite disse não condiz muito com as opções feitas.

O próximo que é momento, vou ao Grêmio para olhar dois jogadores específicos para fazer o contraponto, Giuliano e Luan. o meio campista foi bem, mas saiu a um tempo para a Rússia e está na mesma pré-temporada que o Ganso, que anda jogando muito mais e consequentemente em um “momento melhor”.

Por outro lado temos Luan, Tite foi bem ao trazer 7 atletas olímpicos, achei um exagero, mas foi bem, aproximar a geração mais nova é fundamental para que a seleção não sofra com troca de gerações, como atualmente. Contudo, quem jogou mais que Luan nessa Olimpiadas, o polivalente jogador de frente foi peça chave para fazer a seleção sair de 0x0’s inóspitos contra Iraque e África do Sul para uma campanha consistente rumo ao ouro olímpico.

Portanto, entre os queridos Gabriéis, Luan está em um momento melhor.

Por fim, Tite fez o que todos fazem, escolheu homens de confiança, mas optou por seus tradicionais discursos bem montados que desviam um pouco a imprensa, não acho errado a opção de Tite, mas é para ficar atento quanto ao discurso.

E acima de tudo, estamos juntos com esses 23, que junto com Tite e embalados pelo ouro olímpico recuperem o bom futebol.

Nossas seleções olímpicas de futebol…

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Ontem acompanhei pela primeira vez com olhar mais atento ao jogo da seleção feminina, depois resolvi assistir ao primeiro tempo contra a Suécia apenas como efeito comparativo.

E é extremamente curioso como aquilo que destaca na feminina é o mesmo que destaca no masculino, a organização tática. Só que enquanto as mulheres sobram nesse quesito entre as rivais, os homens patinam a muito tempo nesse conceito e seguem tornando o 7×1 apenas uma evidência.

A organização tática é fundamental hoje em dia para que o talento individual apareça. Guardiola diz isso da seguinte forma em seu livro, “Só com organização tática, eu posso virar para o talento e falar vai lá e faz o que quiser!”.

A frase é curiosa, chega a parecer discordante, mas é a essência dos tempos atuais, enquanto eu não tiver o conceito coletivo, a organização do time como uma unidade única, eu não posso me permitir sair fazendo as coisas de forma desordenada, até a desordem do drible é sustentada por uma organização após o êxito ou erro do movimento.

E aí, chegamos na nossa seleção. Na verdade, chegamos nos nossos treinadores, canso de bater nessa tecla, não temos mais que os dedos das mãos, a quantidade de treinadores que realmente conseguem uma organização tática razoável para bom no Brasil.

O que podia se esperar dos meninos olímpicos, a mesma coisa. É uma judiação, condenar, bater em mais uma geração de jovens que atuam em uma seleção completamente espalhada em campo, como o próprio Neymar pode se destacar em um time tão desordenado?

Compare o Neymar do Barça com a da seleção? Se você acha desleal por ele ter Messi e Suarez, compare então o Jesus da seleção com o do Palmeiras, ou mesmo Gabigol com o que ele atua no Santos em relação a amarelinha.

Sinceramente, o Brasil continua com chances gigantescas nas Olimpiadas, pode faturar o ouro inédito, assim como pode ser eliminado hoje no final do dia, porque no caos da nossa seleção, o resultado é completamente imprevisível.

Diferente da seleção feminina, que além do conjunto adquirido ao longo do tempo, possui atletas fixas na seleção, você vê que o time dificilmente será batido e que tirando a seleção americana, esse conjunto sobre no meio feminino e deverá colocar a turma de Marta na final contra as americanas.

Já a turma de Neymar precisarão fazer valer a única coisa que temos de sobra ainda, o talento, porque não temos jogo coletivo.

Precisamos voltar a gostar de futebol!!

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A nossa querida seleção passou por mais um vexame!

Quebrou mais um tabu, saiu ainda na fase de grupo da Copa América em um grupo com os “fortíssimos” Equador, Peru e Haiti. O time brasileiro conseguiu não marcar nenhum gol nas duas seleções mais razoáveis e simbolicamente fez um 7×1 sobre o Haiti para nos lembrar do que aconteceu na Copa do Mundo.

Eu sei que muitas vezes, o que acontece fora de campo reflete dentro de campo, mas nesse caso nem dá tempo, o problema ainda está dentro de campo. e como sempre digo na seleção é diferente. Basta olhar o perfil de treinadores e tem algo que começo a perceber recentemente.

Não existe mais essa condição de testar trocentos jogadores, o grupo tem que estar fechado, 30-35 jogadores no máximo, apenas olhar possíveis promessas para serem incluídos aos poucos. A sensação é que talvez ai esteja um grande nó nosso, o balcão de negócio do qual se utiliza algumas pessoas via concentração da seleção.

Eu acho que entre os 23 convocados para qualquer jogo, algo entre 10-15% deve ser a taxa de renovação e olhe lá. É preciso dar conjunto para um time que se encontra e treina tão pouco, basta ver a seleções de sucesso. Parece que Espanha e Alemanha jogam juntos a quase 10 anos, poucos jogadores mudam, a renovação é gradual.

A seleção de 2006 foi completamente trocada em 2010, que foi completamente trocada em 2014 e agora segue para ser completamente trocada em 2018.

Vamos fechar uma base aqui, vocês podem completamente discordar, mas a questão não é essa, veja: Diego Alves, Alisson e Grohe, Daniel Alves, Danilo, Marcelo e Filipe Luis, Thiago Silva, Miranda, Marquinhos e Gil, Casemiro, Renato (Santos), Renato Augusto, William, Coutinho,  Lucas Lima e Ganso, Lucas, Douglas Costa, Neymar, Gabigol e Jonas.

Vocês podem mudar, fiquem a vontade, mas o principal é, quantas seleções individualmente possuem elenco melhor do que o nosso?

Eu particularmente, aceito que apenas 3 ou 4. Alemanha, Argentina e França com certeza, Espanha tenho minhas dúvidas. Porém, nosso futebol é como se fossemos a atual 20ª potência, e aí para mim o principal é falta de tempo. Falta de tempo para que se escolha um projeto real, um treinador com projeto para que se deixe um time trabalhar e ganhar conjunto.

A Espanha começou seu projeto em 2004, Alemanha em 2006 e nós paramos em 2002.

Como já disse Tim Vickery em 2012, o brasileiro não gosta de futebol, ele gosta de vencer. Nosso imediatismo tem consumido gerações e gerações de futebol.

Nossa seleção para a Copa América…

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E saiu a lista dos 23 convocados para a Copa América.

Goleiros: Alisson (Inter), Diego Alves (Valência-ESP), Ederson (Benfica-POR)

Laterais: Daniel Alves (Barcelona-ESP), Fabinho (Mônaco-FRA), Filipe Luis (Atlético de Madri-ESP), Douglas Santos (Atlético-MG)

Zagueiros: Miranda (Inter de Milão-ITA), Gil (Shandong Luneng-CHN), Marquinhos(PSG-FRA), Rodrigo Caio (São Paulo)

Volantes: Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE), Elias (Corinthians), Casemiro (Real Madrid-ESP), Rafinha (Barcelona)

Meias: Renato Augusto (Beijing Guoan-CHN), Philippe Coutinho (Liverpool-ING), Lucas Lima (Santos), Willian (Chelsea-ING),

Atacantes: Douglas Costa (Bayern-ALE), Hulk (Zenit-RUS), Ricardo Oliveira (Santos), Gabigol (Santos)

A tendência é que o time titular seja, Aliison, Dani, Gil, Miranda e Filipe, Luiz Gustavo, Renato, William, Coutinho (Elias), Douglas Costa e Ricardo Oliveira.

Uma seleção com solidez defensiva, mas que tem poucas opções para variar o jogo na parte criativa, seleção do ponto de vista de funções a exercer muito próximo da base que Dunga montou para a Copa em 2010.

Dessa vez, achei Dunga burocrático demais, entendi as opções dos olímpicos para dar experiência, mas as demais achei que podia optar por opções que mudassem realmente o jogo em algumas situações. E é claro, cadê Thiago Silva e Marcelo. O primeiro ainda seria ótimo porque deixaria livre Miranda para ir para as Olimpiadas, já que ao que tudo indica nenhum acima de 23 participará das duas competições (Copa América e Olimpiadas)

E vocês o que acharam?

Semifinais da Copa do Brasil

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E ontem as duas primeiras partidas das semifinais da Copa do Brasil aconteceram. De começo o que me preocupou foi o público, pouco mais de 26 mil no Morumbi e pouco mais de 34 no Maracanã, ou seja, somando os dois daria publico para encher os palcos. E tem gente que o problema do estádio cheio são os pontos corridos.

No Maracanã, pouco vi, na verdade, aproveitei que o jogo do Morumbi ficou quase 30 minutos parado devido a falta de luz e acompanhei um pouco. Não cheguei a ver os gols, mas vi o Palmeiras errando muito e o Fluminense preparando o bote. Assim que voltei para o jogo no Morumbi, percebi que os botes deram certo, foram dois no primeiro tempo e uma boa vantagem para o Flu.

Quando o primeiro tempo do jogo do São Paulo havia terminado, toda a confusão do pênalti já tinha passado. Contudo, o

Palmeiras saiu no lucro, independente de polêmica de arbitragem, o Flu parece ter sido superior e derrota por 2×1 é bem melhor do que por 2×0.

Agora vamos para o Morumbi, os deuses do futebol pareciam querer impedir que o jogo começasse, meio que tentando avisar ao Santo Paulo que ontem o dia não era dele, primeiro uma descarga elétrica para derrubar a iluminação dentro do Morumbi, mesmo assim Paulo insistiu.

O jogo feio em um gol do ótimo menino Gabigol era mais um sinal, mas Pato empatou, então o Santo Pedro resolveu dar outro indício que não era bom seguir em frente, mandou uma chuva daquelas, a Cantareira olhava com uma aflição para aquela chuva e pensava “porque não aqui?”. Mas não, ela caiu forte durante quase todo o final do primeiro tempo, tentando avisar que ou Paulo se acertava no segundo tempo ou a vaca iria para o brejo.

Como Paulo mostrou que sua apatia seria continua e que iria seguir em frente com o logo, os deuses trataram de mandar todos os Santos logo nos minutos iniciais da segunda etapa resolveram a partida e ponto final.

O jogo não foi para tanto, o tricolor ainda perdeu boas chances, Ganso ainda com 1×1 e Kardec já depois do 3×1 perderam grandes chances, ótimas, imperdíveis. Como Ceni disse na saída, se acabasse 3×3 ou 5×3 para o São Paulo ninguém acharia estranho. Em compensação, a apatia do time nesse ano foi castigada. O time se mostra frouxo em 2015.

Ontem, foi frouxo e com azar, aí fica muito pior.

 E se o campeonato acabasse na 15ª rodada?

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O Galo doido seria o campeão, o que seria muito bom, pois premiaria o futebol bem jogado, que aliás hoje é mérito apenas do atual campeão e do time com maior ascensão o Palmeiras que terminaria a rodada em terceiro lugar.

O vice campeão seria o Corinthians que sofreu um gol no final da partida e acabou empatando com o Coritiba fora de casa. De qualquer forma, a atual maior sequência invicta hoje no campeonato é dos comandados de Tite junto do arquirrival Palmeiras, são 7 jogos sem perder.

O último integrante do G4 seria o Sport Recife, o time de Pernambuco tem sido mais do que a sensação, tem sido também um sopro de organização para os times médios e/ou pequenos do Brasil, o time pode não terminar no G4, mas seu planejamento, a forma assertiva como repõe as perdas e a proposta de jogo do time, mostram que a desorganização do futebol brasileiro, permite aos “fora do eixo” surpreenderem e brigarem no alto da tabela.

No meio da tabela, destaque para Flamengo e Inter que começam uma arrancada modesta, nem tanto visando o G4, mas mostrando que com certeza seus lugares são distantes do Z4.

Aliás, falando da zona da confusão, cada rodada que passa fica mais claro para mim que a disputa ficará entre os times de Santa Catarina, exceto a Chape que faz bom uso da Arena Condá, Goiás, Vasco, Coritiba e talvez a Ponte Preta.

Para o Vasco, o primeiro duelo contra uma grande força mostrou que o time é fraco, porém que tem chance de fazer apenas figuração assim como o Santos, não brigar por nada, inclusive não brigar por cair, apenas fazendo número na tabela.

A 15ª rodada terminou com 4 vitórias dos mandantes, 3 empates e 3 vitórias dos visitantes, foram 20 gols marcados, Leandro Banana, Bruno Rangel e Gabigol foram os principais destaques, contudo meu voto será para o Banana que vem voando para não dar chances para Barrios.

E para vocês, como seria se o campeonato acabasse na 14ª rodada?