Os grupos da Libertadores 2017

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E ontem foram definidos os grupos da Libertadores 2017.

Vamos comentar um pouco sobre o grupo, mas particularmente achei os grupos de 1 a 4 mais equilibrados do que os de 5 a 8.

No grupo 1, o atual campeão, o Atletico Nacional, além de Estudiantes, Barcelona (EQU) e Ganhador 2 (Botafogo, Colo-Colo, Olimpia, D. Municipal ou I. del Valle). Possivelmente, o ganhador 2 será uma força no grupo que se juntará a três times tradicionais, o time campeão não terá vida fácil para avançar de grupo, junto com o grupo 4, é o grupo mais equilibrado.

Grupo 2 terá Santos, Santa Fé, Sporting Cristal e Ganhador 3 (U. de Sucre, M. Wanderers, Atlético Cerro, Unión Española ou The Strongest). Acredito que o The Strongest será o classificado para o grupo, sendo assim, o maior adversário do Santos serão as longas viagens. Logicamente não dá para ignorar o grupo, pois serão jogos bem complicados, o Santos deve avançar, mas não pode tropeçar.

Pelo Grupo 3 teremos River Plate, Emelec, Ind. de Medellin e Melgar. Acredito que a ordem do grupo será a mesma que foi sorteado, minha única dúvida fica pelos duelos entre Emelec e Medellin quem ficará com a segunda vaga.

No grupo 4 temos San Lorenzo, Univ. Catolica, Flamengo e Ganhador 1 (Atlético-PR, Millionarios, Tachirá, Capiatá ou Universitario). Ganhador 1 deve ficar entre o Furacão e o Millionarios, que se juntarão a times tradicionais, o clube de Almagro vem muito bem com Diego Aguirre (sim, ele mesmo), acho que pelo time do Flamengo é obrigação passar, mas a tarefa será mais complicada do que se imaginava.

Já no grupo 5 ficamos com Penarol, Palmeiras, Jorge Wilstermann e Ganhador 4 (Carabobo, Junior Barranquila, A. Tucuman e El Nacional). Aposto no Junior para a última vaga, mas que eu gostaria muito de ver Carabobo, gostaria, é piada pronta. 2016 anda tão bom com o Palmeiras que até no sorteio dá tudo certo, grupo tranquilo.

O grupo 6 tem Atlético-MG, Libertad, Godoy Cruz e Sport Boys. Outro daqueles grupos que o sorteio indica a provável ordem ao final da fase de grupos, grupo muito tranquilo para o Galo, ótimo para Roger fazer testes e colocar sua forma de pensar o jogo.

No grupo 7, Nacional, Chapecoense, Lanus e Zulia. Grupo sem nenhum favorito, mas com o Zulia de saco de pancada, ele poderá ser o diferencial para avançar ou não de fase, dependendo do grupo que a Chape conseguir formar para 2017, pode alcançar o feito espetacular de avançar de fase, torcida não faltará.

Para fechar, o grupo 8 tem Grêmio, Guarani (PAR), Zamora e Iquique. Assim como o Palmeiras, a sorte do Grêmio continua intacta em 2016, o grupo mais fácil disparadamente, o time brasileiro tem quase obrigação de terminar com a melhor campanha da Libertadores.

E vocês o que acharam?

A passagem de Bauza foi boa?

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Analisar a passagem de Bauza pelo São Paulo vai além dos números, que aliás, são péssimos.

Sim, quando você olha os números de Bauza pelo São Paulo, seu aproveitamento foi pífio, não teve conquistas e o time não mostrou um futebol vistoso.

Contudo, é inegável que ele fez o papel que lhe foi pedido, recuperou o brio do grupo, criou enfim um sentimento de grupo no elenco, para que os jogadores se dediquem uns pelos outros e consequentemente pelo time.

Bauza tem outros números interessantes, enfim fez o time ganhar um clássico, depois de um longo jejum o São Paulo venceu o Palmeiras pelo Brasileirão, enfim o time não perdeu na nova casa do Corinthians, o time voltou a ser mais respeitado nos clássicos, briga mais e não se torna presa fácil.

Paton, deslanchou de vez Ganso e fez o nosso 10 enfim ir tentar o sonho da Europa, fez torcida ter paz com Michel e Wesley mesmo que a qualquer momento, isso pode acabar. Mas também insistiu em Centurion e agora deixou Chavez ai para a gente.

Ele sai com o time tendo a terceira melhor defesa do Brasileirão, algo inimaginável no começo do ano. Em contrapartida, o time precisa melhorar muito no ataque, é o 5º pior do campeonato.

Por fim, acho que a passagem de Bauza foi positiva, muito mais pela alma reconquistada do que pelos resultados e no fim a saída neste momento, diferente da de Osório, foi conveniente para todos.

Bauza poderá ter uma oportunidade única na vida, caiu no colo a chance de dirigir uma seleção argentina, uma série de fatores contribuíram. Em compensação para o São Paulo a oportunidade vem em boa hora, com o time sendo reconstruído e com a sensação de que estava difícil Bauza tirar algo a mais do time, era uma boa hora para um sangue novo.

Cabe agora ao São Paulo escolher bem a continuidade do trabalho de Bauza, além da filosofia de jogo parecido, tem que ser alguém que não tenha restrição com estrangeiros e que rapidamente siga o que o São Paulo pode oferecer, remontar o time durante o Brasileirão e fazer frente pela Copa do Brasil.

Para Bauza, fica um muito obrigado e que não tenha tanta sorte na Argentina, ou que mantenha o desempenho de aproveitamento igual foi no meu tricolor..rs..

Além disso, a dúvida que fica agora é se o São Paulo traz outro gringo para virar técnico de seleção daqui 6 meses ou se investe em algum brasileiro.

De longe, eu apostaria em Diego Aguirre, Ricardo Ferretti, mas acho que São Paulo pode estar olhando Abelão também.

E você são paulino, quem você queria ver no tricolor?

O verdadeiro fato novo…

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Acho engraçado como somos reféns dos nossos repetidos erros.

Reclamos da atuação da nossa seleção, esquecemos de olhar como o mundo faz e sentamos no ignorante isolamento de que resolveremos tudo aqui dentro. Precisamos assumir a primeira verdade, somos ultrapassados.

Nossa seleção sobrevive pelo talento, que é gigantesco, mas sempre teremos algumas seleções a frente coletivamente, enquanto continuarmos com esse pensamento bairrista.

Enquanto, uma filosofia, um esquema, um trabalho de formação real dos jogadores para que eles assumam a seleção não for feito, nossos times serão sempre catados, por muitas vezes ou sempre, ótimos catados, com a chances até de títulos, mas ainda sim, catados.

Outro questão importante fugindo da seleção, mas um mantra dentro do nosso território é a falta de paciência com o pofexo. Estamos insistindo na burrice de avaliar trabalho de treinador com apenas um mês, tanto para elogiar, quanto para massacrar.

De verdade, é possível alguma análise sobre o produto entregue por Aguirre, Bauza, Cuca, Deivid, Levir e Muricy? Cada um a sua forma, estão implantando sua filosofia, seu esquema tático, enquanto os jogadores estão ainda entendendo, consequentemente, errando muito para aprender.

É completamente absurdo julgar um trabalho antes de pelo menos um semestre. Qualquer outra decisão pela glória ou inferno de qualquer um desses é fruto de subjetividades nossas, é se apegar em misticismo, ou na velha máxima, era preciso um fato novo.

Fato novo hoje em dia em nosso futebol, é deixar um treinador trabalhar, isso sim um tremendo fato.

Pitacos enquanto a bola não rola…

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Ontem, Atlético-MG e Inter entraram em campo pela Flórida Cup.

E apesar de ainda faltar alguns dias para o nosso futebol voltar com tudo, será interessante ficar de olho em como os times irão render para 2016. A sensação que tenho é que estamos partindo para um salto qualitativo da questão tática e organização dos times.

Fico com a sensação de que 2016 será um bom ano aqui pelo Brasil. E aqui vai alguns pontos que quero ficar de olho ao longo do ano.

1 – Tite e o Corinthians: Após a China sair as compras, a pergunta que fica é o que esperar do atual campeão brasileiro, como Tite irá dar liga para esse time e como remontará a estrutura dele.

2 – Aguirre e o Galo: Para mim é o time a ser batido nesse início do ano, manteve a base, treinador novo e bons reforços para compor o elenco. Cazares jogou pouco ontem, mas mostrou que pode realmente ser interessante e que Datolo terminou bem o ano passado e já começou bem de novo.

3 – Flu e Eduardo Baptista: O treinador tem a chance de ouro, após bom trabalho no Sport, assumiu o Fluminense e agora teve tempo de impor seus conceitos, além disso, o time saiu as compras e montou um bom time, pode dar liga.

4 – Falcão e Sport: O time também foi desmontado do meio pra frente, mas buscou boas peças e vem se consolidando como uma força nos últimos anos, o que acho incrível, a grande questão é se Falcão enfim, vai decolar.

5 – Palmeiras e Marcelo Oliveira: Novamente o time saiu as compras, com ímpeto menor que no ano passado, mas ainda sim, foram 08 contratados, Marcelo é ótimo treinador, mas tá na hora de fazer esse time jogar bem.

6 – Bauza e São Paulo: O tricolor parece iniciar uma nova era, sem Ceni, o time trouxe um treinador mais copeiro e manteve boa parte do grupo que terminou o ano, no papel parece um bom time, resta ver se Bauza além de liga, conseguira junto com Lugano dar brio para esse time.

7 – Roger e Grêmio: Para fechar coloquei aquele que para mim sai na frente em 2016. O Grêmio foi o único que acabou o ano bem, conseguiu manter praticamente o time inteiro, não perder ninguém importante, trazer reforços pontuais, e manter o treinador. A tendência é que evolua em relação ao ano passado. O único problema é o grupo dificílimo que caiu na Liberta, um tropeço que não seria absurdo pode jogar todo esse planejamento fora.

Poderia ainda incluir Inter e Cruzeiro nessa lista, mas não vi algum fato de destaque nesses times, apesar da curiosidade por aguardar o trabalho de Deivid.

Abs,
Cadê Meu Camisa 10

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Brasileirão só ano que vem agora…

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E o campeonato brasileiro chegou ao fim.

Acho que como muito das vagas já estavam definidas, essa última rodada foi melancólica, já por saber, que agora vem um monte de especulação e depois só os estaduais. A única emoção será o sorteio da Libertadores no dia 22 e os jogos na Europa até o início da Liberta.

E o campeonato acabou com o Corinthians sobrando em primeiro. O time mais regular, que apresentou um futebol “apenas” consistente no primeiro turno e um grande futebol no segundo turno. O Apenas foi entre aspas, porque ser consistente no futebol tupiniquim já é muita coisa.

Completando os representantes da Libertadores, estão Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Palmeiras. Ou seja, o trio de ferro que estava em baixa ao final do campeonato passado, voltou com tudo. Entre os classificados, só o São Paulo jogará a Pré-Libertadores.

Na turma, logo após o São Paulo, a sensação é de que um pouquinho de planejamento adequado, tinha sido tranquilo o quarto lugar, a vaga caiu no colo do São Paulo, a camisa pesou e levou, Santos abriu mão por causa da Copa do Brasil, Inter demorou a achar Argel e demitiu Aguirre desnecessariamente, Cruzeiro demorou para mudar o pojetu e por aí vai.

Milton Mendes que saiu cedo, Roger Machado que levou o Grêmio ao terceiro lugar, Guto Ferreira com as vezes surpreendente Chape e Eduardo Baptista que iniciou um bom trabalho no Sport são os treinadores que merecem um olhar atento em 2016 sobre quais próximos bons trabalhos farão.

Chegamos a degola. Joinville já estava lá, Goiás praticamente certo e se confirmou e os escolhidos finais foram Avai e Vasco. Sinceramente, Goias e Vasco são os que talvez, todavia, porém, se, não seria fora de cogitação escaparem. O time esmeraldino possui bons valores individuais. Renan, Fred, Rodrigo, Patrick, Bruno Henrique, Erik Lima são alguns.

E o Vasco demorou para arrumar a casa, o Vasco que terminou o campeonato é muito superior a vários times, porém como o chavão diz, Brasileirão é campeonato longo.

E assim, vai mais um Brasileirão, e eu já estou na agonia de esperar todas essas especulações durante um mês.

Vai um estrangeiro aí?

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Levir e Muricy estão no mercado.

Aliás, o segundo provavelmente irá cuidar de Guerrero e o bonde das Stellas, contudo o cenário atual mostra como os clubes perceberam que algumas mudanças drásticas precisam ser feitas na escolha de seus comandantes.

Um detalhe importante, com essa saída de Levir, só o campeão irá terminar o campeonato com o mesmo treinador que começou.

No passado, não só Levir e Muricy, mas Abelão estariam mais do que garantidos em qualquer clube brasileiro, não só a geração está sendo substituída, como o olhar para fora do Brasil está intensificando.

Basta ver que nessas três cadeiras vagas (Galo, Mengo e Tricolor) inúmeros “gringos” estão sendo especulados. Aguirre, Edgardo Bauza, Fernando Jubero, Sampaoli e Sabella, nomes com história fora do Brasil, mas que até então pouco eram cogitados aqui dentro.

Contudo a percepção de que paramos no tempo, de que não nos permitíamos ouvir o de fora e que era fácil sentar na verdade de que era tudo um apagão, que continuamos sendo o país do futebol, fez com que eles começassem a ter espaço. O bom trabalho de Aguirre no Inter e a passagem relâmpago, mas marcante de Osório causaram um frisson dentro do futebol e agora, eles são possibilidades reais.

E aí, você queria ver algum gringo no seu clube? Qual?