Quando o casamento acaba…

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A escolha do casamento é tão séria para uma pessoa que devia ser feita usando a razão.

A grande maioria dos casamentos tem origem na emoção, no amor que uma pessoa nutre pela outra parte, é um sentimento construído no curto ou no longo prazo, mas muito intenso de qualquer forma.

Como diria Zezé di Camargo e Luciano:
“É o amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim,
Que faz eu pensar em você, esquecer de mim.
Que fez eu entender que a vida é nada sem você!”

Contudo até a homenageada da música acima viu seu casamento ruir, às vezes isso acontece, mas a decisão de terminá-lo nunca é fácil. Houve muita dedicação de ambas as partes, muitas histórias escritas, felizes e tristes, muita parte da vida dedicada ao outro para simplesmente acabar, isso quando ainda não envolve filhos, que tornam a decisão ainda mais difícil.

Você pode pensar que o blogueiro endoidou, pois, cadê o futebol?

Então, esse sentimento todo para mim aplica-se na relação Muricy – São Paulo.

É impressionante como Muricy está cansado e abatido em 2015, nem a raiva habitual e quase estupidez nas derrotas aparecem mais. Os jogadores não mostram nenhuma vontade em colaborar, Muricy não consegue mais lidar com os vários ciúmes que seus filhos-jogadores andam demonstrando em campo.

Nem acho que a saída dele seja a solução para a melhora do São Paulo, ele talvez seja o menos culpado e o mais comprometido com o clube.

É por isso que é chegada a hora de olhar com mais carinho para essa relação. De repente, Muricy anda tentando demais manter a relação e nada tem sido feito pelo outro lado para sustentar.

Muricy precisa entender que não adianta forçar mais a barra, o amor esfriou e nesse momento a melhor coisa é pegar seu boné e ir para o seu apartamento no Guarujá descansar e ver se a saudade faz o outro lado voltar a querer fazer algo pela relação.

É preciso respeito de todos nessa hora, mas entender que quando um não quer, dois não brigam e nem se mantém casados.

E o São Paulo nesse momento, seja por descaso, jogadores omissos, diretoria incompetente, não quer Muricy.

Os “sims” do Futebol!!

Futebol imita a vida, ou a vida imita o futebol.

Ontem, foi daqueles dias repletos de partidas. Acompanhei Atletico de Madrid 1×0 Juventus, Botafogo 2×3 Santos e vi o segundo tempo de Corinthians 2×0 Atlético-MG. Comecei vendo um argentino levar a Libertadores para dentro da Champions League e terminei vendo uma dancinha ridicula do Mano Menezes que parece ter adquirido o mesmo complexo de Dunga.

Mas, entre essas partidas, assisti ao jogo do Santos e vi Robinho jogar. É impressionante a relação de Robinho com o Santos, ele nasceu para jogar lá, tanto que durante a transmissão na TV, o comentarista Ledio Carmona disse “eles (Santos e Robinho) foram feitos um para o outro, igual a um casamento”.

E aí fiquei pensando na questão do matrimônio que Ledio mencionou. Primeiro, achei bacana porque a visão dele ainda considera o lado romântico de tratar um casamento como um laço perfeito entre duas pessoas. Depois, fiquei ainda pensando como essas relações jogadores-clubes representam por muitas vezes algumas relações que acontecem ao nosso redor.

Ceni – São Paulo: Essa é aquela relação de casamento da família tradicional apostólica romana. Se casaram por conveniência, e aprenderam a se gostar. Hoje se amam, ninguém imagina um, sem falar do outro, se fosse um casamento real, estaria comemorando bodas de diamante. Seria aquele casamento que você só visualiza no seus avós, acha muito bacana, mas vire e mexe concorda que será bem díficil algo parecido acontecer nos dias de hoje.

Valdivia – Palmeiras: Sabe aquele casamento que você olha de fora e não entende porque dá certo. Que fica a sensação de que um é muito diferente do outro, que normalmente pedem um tempo, para pensar, mas no final não conseguem viver sem? Então, assim é o chileno e o alviverde. O Chileno abusa do Palmeiras, faz o que bem quer, mas lá no fundo, algo faz o Palmeiras acreditar nele. É como se fossem filhos de pessoas criadas na relação acima, portanto forçam um casamento infeliz porque entendem que é obrigação dos dois fazer ele dar certo.

Fabio – Cruzeiro: Uma espécie de casamento arranjado. Fabio era feliz no Vasco, Cruzeiro era feliz com Gomes. Mas, todo mundo entendeu que seria melhor para eles largarem seus amores e apostarem em uma relação direita. E assim fizeram, muito religiosos aceitaram que a escolha fosse feita por outros. Tanto é que você não enxerga que um precise tanto do outro, mas estão lá, a 10 anos e possuem um carinho imenso um pelo outro. Carinho e só.

Existem aqueles como Diego Souza, Luizão (centroavante), Romário e entre outros que gostam de casar. Gostam tanto, que casaram com vários clubes, uma espécie de jogador Fabio Junior, bobeou, tá casando. Existem os casamentos tipo Denilson Show, que enquanto esteve no São Paulo amou de verdade o clube, mas depois quando foi para o Palmeiras amou também o alviverde, a ponto até de destratar o ex-amor.

E por fim, Ledio despertou meu imaginário por causa de Robinho que parece ser feliz apenas no Santos, e me fez comparar os casamentos reais com os casamentos do futebol. Mostrando mais uma vez que o futebol imita a vida. Qualquer dia desses, escreverei sobre como o jogador em campo, reproduz muito da personalidade dele no dia a dia.