
(Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)
Passei o final de semana inteiro pensando sobre o ocorrido e não cheguei a uma conclusão, portanto quero dividir com vocês para ver o que vocês acham.
Sim, estamos falando de tudo que anda cercando o ex-goleiro do Flamengo, Bruno.
Ele que foi preso em 2013 e condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homícidio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cádaver. A história que envolve ele, Macarrão e Eliza Samudio tomou conta dos noticiários no início de 2013.
Depois que 4 anos recém completados, quase 1/5 da pena total e quase 1/4 da pena em regime fechado, Bruno conseguiu um Habeas Corpus que permite que tenha liberdade condicional.
E então, Bruno resolveu tentar retomar a única profissão que aprendeu na vida, ser jogador de futebol, mas especificamente, como goleiro. E tão logo saiu, conseguiu vaga no Boa Esporte, clube de Minas Gerais que atenderia a demanda dele de continuar no estado e com projeção já que o time encontra-se na Série B do campeonato nacional.
Nem bem foi anunciado, o muro foi levantado, ou é um absurdo ele conseguir trabalhar, ou é legal ver o cara reconstruir sua vida.
Então, chegamos ao dilema, nesse mundo tão polarizado, onde você precisa escolher entre coxinha e mortadela, feminista ou machista, armado ou desarmado e etc. A falta de sensibilidade em entender o todo é latente nos dias atuais.
Sinceramente, não conheço Bruno, tampouco tenho alguma referência de alguém que conhece para dizer coisas boas ou ruins a seu respeito. Contudo, quero fazer algumas provocações.
Será que a revolta seria igual, se fosse uma figura não pública, ou melhor se o crime fosse lavagem de dinheiro de centenas de milhões, ou se desviasse todo o dinheiro da merenda escolar, qual seria o grau da revolta?
É tão absurdo acreditar na regeneração do ser humano, será mesmo que nunca aprendemos nada quando sofremos a punição devida?
E por fim, será que a revolta contra Bruno deve ser direcionada a ele ou ao nosso sistema judiciário? Do ponto de vista prático, o Brasil entendeu que ele já cumpriu o que devia, portanto tem direito a recomeçar.
Sobre a intenção do BOA esporte é sempre difícil, porque é um risco enorme de dar errado, como parece que vem acontecendo, o time está perdendo patrocinadores do clube.
Por fim, sobre tomar um lado da história, acho que eu topo ir para o lado da segunda chance, mas nesse caso, pretendo ficar bem perto do muro, caso perceba que ele jogou fora a segunda chance da vida.