O CMC10 respira….

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A inspiração para falar do futebol tem faltado ultimamente, arrisquei umas linhas no primeiro semestre, mas nada publicado.

Tenho achado o futebol chato, as discussões de bar giram em torno de média de público , resultado de balanço dos clubes, como vai pagar a divida, quando o patrocinador for embora já era, como pode gastar tanto em fulano e o retorno financeiro dele?

É como abrir um restaurante e se preocupar apenas com o balancete e não olhar que no cardápio não tem nenhuma sobremesa, ou que os garçons não gostam de ficar ou não trabalham direito.

E não podemos esquecer de uma coisa, ainda estamos falando de futebol, a conta não precisa ser exata,é logico que é bom cuidar da saúde financeira do clube, mas tudo só fica bom, se o time jogar bem e ganhar, aí sim, “o resultado vem”.

Portanto, é legal falar de números, eu mesmo gosto de olhar para saber a saúde financeira de um clube e o que ele pode render e como tem que se preparar dentro de campo pelo próximos cinco anos, mas a discussão não pode ser só essa.

Temos que falar do que o Liverpool tem jogado, quase inconsequente as vezes, mas como é bom ver jogar, falar do Napoli, do Manchester City, do Grêmio aqui no Brasil, dos primeiros passos do Atlético-PR com Fernando Diniz, de tudo o que o tático e o técnico evoluiram, mas sem esquecer a beleza que é o futebol.

Falar da história que Cristiano e Messi construem juntos, de como se manter no topo por tanto tempo, são mais de 10 anos que ambos aparecem como os grandes jogadores, não lembro de nada disso na história do futebol.

O clima da Copa está começando, meu album está quase completo, vamos retomar o blog para falar bastante de futebol, tava com saudade de passar aqui e escutar as cornetas de vocês e deixar a minha.

Depois de um periodo sabático (até parece), vamos retomar, vamos falar de futebol, o periodo foi tão longo que até o Wenger deixou o Arsenal.

Enfim, de volta.

 

A matemática do Corinthians

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E a derrota de ontem, acendeu um alerta no Corinthians, ou pelo menos assim todos vendem, pelo fato de dar alguma graça na parte de cima da tabela.

Realmente, são duas rodadas de diferença, contudo não custa lembrar que só restam 08. Ou seja, além de torcer para o Corinthians continuar com campanha pífia no returno, ainda é necessário que Palmeiras e Santos realmente consigam fazer o belo returno.

Se lembrarmos do final do primeiro turno, Corinthians conquistou 47, contra 35 do Santos e 32 do Palmeiras. Se pensarmos que o Tite considera que 72 já torna o clube candidato ao título e com 75 é garantido, vamos passar para os postulantes.

Pensando em 72 pontos, para o Corinthians faltam 13 pontos dentre os 24 restantes, para o Palmeiras e Santos restam 19 dos 24, tanto o time da Leila quanto o da praia, tem pouca margem de erro para atingir a pontuação boa.

Além disso, significaria que Palmeiras faria um returno de 40 pontos. Um ótimo returno.

Olhando para a tabela, temos:

Corinthians: Ponte (fora), Palmeiras (casa), Atlético-PR (fora), Avaí (casa), Fluminense (casa), Flamengo (fora), Atlético-MG (casa) e Sport (fora). Sinceramente, os próximos dois jogos são perigosos para uma perda de título incrível, fora isso, é completamente tranquilo buscar os resultados nas demais partidas.

Palmeiras: Cruzeiro (casa), Corinthians (fora), Vitória (fora), Flamengo (casa), Sport (casa), Avaí (fora), Botafogo (casa) e Atlético-PR (fora). A tabela do Palmeiras para quem quer buscar uma arrancada histórica é ótima, mas precisará contar com o tropeço do rival, fora isso, apenas ir bem, não dará certeza de nada.

Santos: São Paulo (fora), Atlético-MG (casa), Vasco (casa), Chapecoense (fora), Bahia (fora), Grêmio (casa), Flamengo (fora) e Avaí (casa). O Santos é o azarão nessa disputa, tem uma sequência complicada fora de casa e pode ficar pelo caminho após voltar de Salvador.

Por fim, apesar da emoção gerada pelo returno pífio do Corinthians, o Palmeiras teria que repetir história parecida com a de 2009, quando na oportunidade ele era o Corinthians e viu o título escapar de forma incrível nas últimas rodadas do campeonato.

Para o Corinthians, basta olhar com atenção para o que aconteceu em 2009 com o arquirrival para não repetir os mesmos erros. Do pouco que vi, acho que Carille pode arriscar uma mexida ou outra no time, como “perder” um pouco do meio e ganhar agressividade nos jogos em casa.

Na matemática, ainda assim é muito difícil o Corinthians perder, o problema é que mesmo a matemática no futebol é subjetiva.

2017 e o desafio da nova safra de treinadores

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E começou 2017!

Acho que entre todas as expectativas que surgem em todo o inicio do ano, a minha maior é sobre os treinadores.

Existe uma geração nova chegando e com enormes desafios pela frente. Entre os 20 times da Série A + o Internacional, são 3 treinadores que estão na faixa de 61 a 70 anos, 6 na faixa de 51 a 60, 9 na faixa de 41 a 50 anos e incríveis 3 na faixa de 31 a 40.

Distribuídos da seguinte forma:

De 61 a 70 anos: Carpegiani, 67 (Coritiba), Abelão, 64 (Fluminense), Autuori, 61 (Atlético-PR)

De 51 a 60 anos: Cristovão, 57 (Vasco), Dorival, 54 (Santos), Mano, 54 (Cruzeiro), Renato Gaucho, 54 (Grêmio), Guto Ferreira, 51 (Bahia) e Silas, 51 (Avaí).

De 41 a 50 anos: Marcelo Cabo, 50 (Atlético-GO), Vagner Mancini, 50 (Chape), Zago, 47 (Inter), Eduardo Baptista, 46 (Palmeiras), Zé Ricardo, 45 (Flamengo), Carille, 43 (Corinthians), Ceni, 43 (São Paulo), Argel, 42 (Vitória) e Roger, 41 (Atlético-MG).

De 31 a 40 anos: Jair Ventura, 37 (Botafogo), Felipe Moreira, 35 (Ponte) e Daniel Paulista, 34 (Sport Recife).

E se pensar que independente dos motivos, esse ano nenhum dos treinadores a seguir estarão iniciando no comando de algum clube da série A nacional: Vanderlei Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira, Joel Santana, Leão, Falcão, Muricy Ramalho, Levir Culpi, Marcelo Oliveira, Felipão e Celso Roth. 10 nomes que normalmente estariam em algum clube e se não fosse o Fluminense que anunciou Abel Braga, era um time completo.

Entre os com mais de 60, além do Fluminense a dupla do Paraná (Furacão e Coxa) também estão com os sexagenários.

Agora ainda para a turma da renovação, temos SP como um destaque, dos 4 grandes, 3 vem com treinadores novos, sendo que São Paulo e Corinthians com treinadores de primeira viagem, ótimas apostas e podem contribuir muito para novos conceitos para o futebol local.

Isso sem falar na turma abaixo dos 40, Sport, Ponte Preta e Botafogo estão iniciando o ano com treinadores que até ontem eram jogadores ou que poderiam ainda estar em campo.

No ano em que nosso melhor técnico está na seleção e consolidando seu trabalho, 2017 vem com a boa nova de dar espaço para novas cabeças mostrarem seus trabalhos aqui no Brasil.

Eu sei que a garantia de inovação é incerta, até porque tem muito novo com espirito de velho e vice-versa. O mais certo é que será tudo novo, com muita gente buscando seu espaço.

Espero de verdade que no final de 2017, possa olhar para esse post e ver que ao final bons e novos nomes surgiram, mesmo que ao mesmo tempo alguns não tenha vingado ao longo do ano. E para os “veteranos” que também surpreendam e mostrem que novos conceito nunca fui atrelado a idade.

Os grupos da Libertadores 2017

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E ontem foram definidos os grupos da Libertadores 2017.

Vamos comentar um pouco sobre o grupo, mas particularmente achei os grupos de 1 a 4 mais equilibrados do que os de 5 a 8.

No grupo 1, o atual campeão, o Atletico Nacional, além de Estudiantes, Barcelona (EQU) e Ganhador 2 (Botafogo, Colo-Colo, Olimpia, D. Municipal ou I. del Valle). Possivelmente, o ganhador 2 será uma força no grupo que se juntará a três times tradicionais, o time campeão não terá vida fácil para avançar de grupo, junto com o grupo 4, é o grupo mais equilibrado.

Grupo 2 terá Santos, Santa Fé, Sporting Cristal e Ganhador 3 (U. de Sucre, M. Wanderers, Atlético Cerro, Unión Española ou The Strongest). Acredito que o The Strongest será o classificado para o grupo, sendo assim, o maior adversário do Santos serão as longas viagens. Logicamente não dá para ignorar o grupo, pois serão jogos bem complicados, o Santos deve avançar, mas não pode tropeçar.

Pelo Grupo 3 teremos River Plate, Emelec, Ind. de Medellin e Melgar. Acredito que a ordem do grupo será a mesma que foi sorteado, minha única dúvida fica pelos duelos entre Emelec e Medellin quem ficará com a segunda vaga.

No grupo 4 temos San Lorenzo, Univ. Catolica, Flamengo e Ganhador 1 (Atlético-PR, Millionarios, Tachirá, Capiatá ou Universitario). Ganhador 1 deve ficar entre o Furacão e o Millionarios, que se juntarão a times tradicionais, o clube de Almagro vem muito bem com Diego Aguirre (sim, ele mesmo), acho que pelo time do Flamengo é obrigação passar, mas a tarefa será mais complicada do que se imaginava.

Já no grupo 5 ficamos com Penarol, Palmeiras, Jorge Wilstermann e Ganhador 4 (Carabobo, Junior Barranquila, A. Tucuman e El Nacional). Aposto no Junior para a última vaga, mas que eu gostaria muito de ver Carabobo, gostaria, é piada pronta. 2016 anda tão bom com o Palmeiras que até no sorteio dá tudo certo, grupo tranquilo.

O grupo 6 tem Atlético-MG, Libertad, Godoy Cruz e Sport Boys. Outro daqueles grupos que o sorteio indica a provável ordem ao final da fase de grupos, grupo muito tranquilo para o Galo, ótimo para Roger fazer testes e colocar sua forma de pensar o jogo.

No grupo 7, Nacional, Chapecoense, Lanus e Zulia. Grupo sem nenhum favorito, mas com o Zulia de saco de pancada, ele poderá ser o diferencial para avançar ou não de fase, dependendo do grupo que a Chape conseguir formar para 2017, pode alcançar o feito espetacular de avançar de fase, torcida não faltará.

Para fechar, o grupo 8 tem Grêmio, Guarani (PAR), Zamora e Iquique. Assim como o Palmeiras, a sorte do Grêmio continua intacta em 2016, o grupo mais fácil disparadamente, o time brasileiro tem quase obrigação de terminar com a melhor campanha da Libertadores.

E vocês o que acharam?

A nova Copa do Brasil

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E a Copa do Brasil 2017 teve seu sorteio feito ontem.

Contudo, a CBF resolveu fazer algumas mudanças nas duas primeiras fases do torneio com intuito de promover uma possível emoção e permitir uma chance maior para os pequenos de avançarem de fase.

Além disso, 11 times entraram apenas a partir das oitavas de final, os oito representantes da Copa Libertadores (Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Grêmio e Chapecoense), o campeão da Série B (Atlético-GO), o campeão da Copa Verde (Paysandu) e o Santa Cruz (campeão da Copa Nordeste).

Sinceramente, no primeiro momento, eu achei um pouco esdrúxulo as alternativas propostas, acha um pouco absurdo um jogo único, a chance de muita zebra acontecer, a quantidade de times que entram depois, o velho problema crônico do nosso calendário e etc.

Porém, após analisar com mais calma, o modelo da primeira fase para mim é muito legal. Explico, dentro das possibilidades, é mais do que natural que o grande vença em qualquer estádio e qualquer formato, o tempero de dar o empate para o melhor rankeado, obriga o pequeno a ir para o jogo, tornando o jogo  mais divertido e dessa forma franco para que o grande possa exercer sua condição de favorito e vencer.

Acho que o critério da primeira fase permite as duas coisas mais essenciais do futebol, a competição e o entretenimento.

Em compensação, a segunda fase, já achei um pouco mais perigoso o critério, porque o sorteio e apenas uma partida pode não dar chance ao pequeno ou mesmo colocar um confronto equilibrado com direito de apenas um time mandar o jogo em seus domínios. Por exemplo, na chave 9, podemos ter um Bahia x Coritiba decidido em jogo único. Ou mesmo na chave 4, um Fluminense x Santo André, por exemplo, com o Santo André tendo apenas um jogo no Maracanã para fazer história.

O critério da segunda fase poderia seguir o primeiro, ou já ter jogos de ida e volta, achei o critério do segundo mais aleatório.

De qualquer forma, como disse, acho que algumas mudanças são válidas e devem ser testadas, o mais importante é depois dos testes, olhar, verificar os resultado e seguir ou fazer as possíveis correções.

Espero que essas alterações aumentem a emoção das primeiras fases, que normalmente se arrastam pela falta de entretenimento. E que algumas surpresas aconteçam de preferência longe da chave 10.

E vocês, o que acharam das mudanças feitas pela CBF na nossa querida Copa do Brasil?

Grande abraço Brasileirão 2016!

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Ainda que pegando leve no blog, a rotina de trabalho e tragédia da Chape me faz escrever com parcimônia. Por fim, o Brasileirão acabou e nada melhor que um resumo, para voltarmos a falar de futebol da melhor maneira.

O Brasileirão 2016 acabou e o campeão de forma incontestável foi o Palmeiras. Incontestável pelos números obtidos, nem tanto pelo futebol apresentado. Olhando pelos números, o Palmeiras teve um returno espetacular, além de melhor ataque, etc, etc, etc.

Mas e o futebol? E aquilo que se mostrou dentro de campo? O Palmeiras foi eficiente, mas não envolvente, mesmo nas grandes partidas, não teve um jogo de encher os olhos. Grêmio no início, Flamengo, Santos e Atlético-MG mostraram mais beleza com o trato da bola em alguns momentos.

Achei bacana em linhas gerais o que cada um conseguiu. Os quatro melhores realmente ficaram entre os 4 e os outros dois que irão representar o Brasil na Libertadores foram premiados pelas suas campanhas, mesmo que o acesso a fase de grupos pode preparar uma primeira fase árdua, mas os times poderão respirar a atmosfera da Libertadores.

Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Fluminense e Inter foram os grandes com campanhas decepcionantes, porém São Paulo e Fluminense deveriam prever essas campanhas ao olhar o elenco que termina no campeonato, não dava para esperar uma grande campanha. Corinthians e Cruzeiro erraram em um campo que não erravam a um tempo, trocaram demais o comando.

E o Inter? Ah, o Colorado seguiu a risca a cartilha de como ser rebaixado para a Série B, seguiu o manual de maneira perfeita, encerrando com atos finais desesperadores e uma atuação melancólica dentro de campo no final.

A troca entre os rebaixados e promovidos é até parecida. Sai o Santa, entra o Bahia, times de torcidas apaixonadas e mantendo a força do Nordeste. Sai Figueira, entra Avai, nem preciso comentar nada. Sai América-MG, entra Atlético-GO, é o típico caso do time que foi a sensação da B e por fim, sai Inter, entra Vasco, mantendo o ritmo de sempre ter um considerado grande para reforçar a Série B.

Por fim, o que fica para mim é que 2017, os time comecem a pensar em marcar uma época pelo futebol mostrado, mais do que o resultado, que a ordem do pensamento seja, primeiro o legado, depois o resultado.

Porque o futebol do Palmeiras representa nosso olhar para o jogo, desaprendemos a olhar o “jogo jogado” e começamos a querer cuidar demais dos dados, nossa lente é para o futebol de resultados. Queremos ver o número frio. Por mais times campeões incontestáveis na bola do que no scout.

Grande abraço Brasileirão 2016!