Falando um pouco de Barcelona

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É fácil escrever depois do acontecido, sempre temos uma teoria para explicar, ou como gosto de frisar é comodo ser pedra quando as vidraças aparecem.

Mas vou comentar sobre algo que venho entre amigos comentando, o Barcelona vem caindo drasticamente de produção, e como ontem a derrota foi muito dura, resolvi colocar um pouco das minhas percepções sobre o que vem acontecendo em Joan Gamper (centro de treinamento do Barça).

Primeiro, e o causador do efeito dominó para mim é Luis Enrique, e antes de seguir sobre o que eu acho que ele fez, quero dizer que ele me parece um bom treinador, minha questão é que acho que ele foi ousado demais.

Luis Enrique resolveu mexer no jeito de jogar do Barcelona de forma drástica, desde de que Rijkaard começou a colocar esse estilo de jogo “Cruiyfiano” nos catalães, Luis foi o primeiro a mexer mais duramente no estilo, pode ser decisão própria ou do clube, mas exigiu de todos os atletas reorganizarem suas cabeças para o jogo e principalmente os antigos sentiram.

Pique, Busquets, Mascherano, Iniesta e Messi ou oscilam, ou caíram muito de produção. Desses, Iniesta parece o único que está nesse momento, muito mais devido a sua curva final de carreira do que propriamente pelo esquema. Busquets é o pior Busquets que o Barcelona já teve, e seu papel é fundamental para o equilíbrio ofensivo-defensivo do time.

Messi também oscila em sua regularidade de ser gênio, tem ficado preso em setores do campo e consequentemente mais fácil de ser marcado em algumas oportunidades.

Além disso, o Barcelona tem escolhido mal no mercado, as peças não estão rendendo o que se esperavam dela e a consequência é o time ficar limitado a poucas opções durante um jogo. Alcacer, Andre Gomes e Aleix Vidal são alguns exemplos.

Voltando ao treinador, Luis, desde a época como jogador, sempre foi genioso e isso tem causado atritos com os jogadores também, basta ver o caso de Rakitic que perdeu espaço, mesmo sendo peça fundamental no meio.

Por fim, o Barça usou a temporada de 16/17 para uma reconstrução e não há dúvidas que voltará forte, principalmente pelas peças que possui, contudo de longe e com a facilidade de ser pedra e pitacar, hoje eu começaria os 11 Barcelona um pouco diferente de Luis.

Meus 11 seriam, Ter Stegen, Vidal, Pique, Umtiti, Alba, Mascherano, Rakitic, Turan, Messi, Suarez e Neymar.

Acho que Mascherano não teria nem de perto a qualidade ofensiva de Busquets, mas resgataria um equilíbrio defensivo que falta ao Barça, podendo as vezes até se lançar em um 3-4-3, com o recuo do argentino e as subidas dos laterais para as alas, além disso, eu teria um meio com mais possibilidade de criação, além de Arda saber muito bem ser eficiente sem a bola.

Por fim, para o Barcelona resta reagir e já começar a desenhar a próxima temporada e para o jogo de volta é torcer para seu gênio estar naquela noite mágica para reverter, ou mesmo que esteja para agraciar o Camp Nou com mais um espetáculo.

Pitacos: Turquia 0x4 Brasil

William 121114

Quem assistiu ao amistoso entre Turquia 0x4 Brasil?

Confesso que não tinha a menor ideia de qual Turquia enfrentaríamos, e digo que a Turquia de 2002 também poderia aplicar os mesmos 4×0 sobre essa Turquia. O time é fraco, parece sem cancha e tampouco é surpreendente sua pífia campanha no qualificatório da Eurocopa.

Contudo, tirando os deméritos dessa seleção de Arda Turan, existiram pontos positivos na nossa seleção canarinha.

William, foi o melhor deles para mim. Antes mesmo do jogo, ele reforçava que os amistosos estavam dando sequência para que ele pudesse ir mostrando seu futebol pela nossa seleção. E hoje foi o melhor em campo. Aliás, talvez aqui esteja o único ganho da seleção de Dunga em relação a Felipão, a linha de 3 no 4-2-3-1, tem liberdade para mudar de posição.

William ora na direita, ora na esquerda, ora centralizado. O mesmo para Oscar e Neymar.

Sobre Neymar não tem muito o que dizer. O menino é craque, tem tudo para ser o maior artilheiro da amarelinha. E tem tudo para fazer isso jovem, a seleção joga muito mais vezes ao ano atualmente. Não tenho esse dado e também não achei, mas Neymar irá atingir 100 jogos pela seleção muito jovem, o que o credencia para ser o maior goleador.

Além disso, todo o seu talento, que ajudou a seleção a se sentir em casa. Após o 2×0 e a apatia turca, Neymar conseguiu virar a torcida local. Os turcos passaram a apoiar a seleção e principalmente o espetáculo Neymar.

A linha de defesa foi pouco exigida, mas acabou perdendo muitas bolas na jogada aérea. Fica o ponto de atenção. Além disso, apesar de concordar com a convocação, a cada jogo, fico com a sensação que todo o lance de Filipe “Hewitt” Luis é falta para o rival.

Aliás, mais uma vez, a seleção bateu mais do que apanhou. Característica mantida da era Felipão.

Do meio para frente, gostei de Luiz Adriano, mesmo com poucas oportunidades, gostei da movimentação. Gostei também das entradas de Coutinho, Douglas Costa e Fred. O último inclusive me surpreendeu com seu posicionamento na volância.

Não foi um grande adversário, mas a seleção se impôs e tornou fácil o confronto. Dunga está sendo sábio, está continuando o trabalho de Felipão e aperfeiçoando questões importantes.

Ainda é pouco, mas o caminho apenas começou.

Só achei que faltou Yaya Talisca.