A China levando nossos craques e escancarando nossas motivações…

economias_01

E a China virou o reflexo do que nosso futebol se tornou…. um balcão de negócio.

Acabou o amor, acabou a motivação pela glória, os jogadores atuais parecem acreditar que apenas a questão financeira é motivação para suas escolhas. Seja por que eles acreditam nisso, seja porque seus empresários o induzem a isso.

E tudo isso é reflexo de tudo que acontece fora das quatro linhas dentro do nosso futebol.

Somos os primeiros a levantar bandeiras que a seleção é da CBF, como podemos esperar que nossos jogadores tenham comportamento diferente. Todo mundo sabe que ir para a China afasta da seleção, mas e daí? Quem disse que alguém realmente quer seleção?

Além disso, mostra como não conseguimos nos impor como um mercado forte, não precisamos brigar com Europa, mas temos potencial de não perder qualquer jogador para China e Oriente Médio. É muito dinheiro aqui, distribuído para poucas pessoas. Sim pessoas e não clubes.

Renato Augusto, Jadson, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, os craques dos últimos três campeonatos nacionais estão na China. Para ganhar fortuna e não títulos, aliás, o brasileiro aprendeu a falar disso.

Conforme já disse em post recente sobre a saída de Jadson (Jadson veio ao futebol pelo dinheiro), não consigo entrar no mérito de quantas cabeças esses caras precisam sustentar, mas os dois do Corinthians com toda a certeza já juntaram dinheiro suficiente para garantir boa vida para todos, a sensação é que eles querem garantir boa vida para sempre para todas as gerações.

Hoje discutimos quem fatura mais com Arena, quem fatura mais no final do ano, não que não seja importante saber sobre o momento financeiro do seu clube, mas comemorar como se fosse título é assinar embaixo que as decisões daqueles que foram para a China estão mais do que corretas.

Diante de todo a novela do 7×1, esse é o episódio que mostra como todo mundo tem culpa na goleada.

 

Abs,

Cadê Meu Camisa 10?

Twitter: @cademeucamisa10

E mais uma goleada sofrida pela CBF…

7x1

Del Nero se afobou, voltou e piorou o resultado.

O “seu apagão” tem tudo para ser uma goleada muito mais dura para a CBF do que a da semifinal em Copa do Mundo.

Marco Polo, aquele que não viaja (desculpa, roubei a definição de alguém, é ótima!) resolveu no medo ou na preocupação em evitar problemas aceitar sem maiores questionamentos a criação da Liga Sul Minas, porém quando a rapaziada da FERJ alegou que era falta de respeito, que o respeito tinha que voltar. Marco recuou.

E agora, também sem parar e pensar o que ia fazer, resolveu dizer que a Liga Sul Minas não poderá existir mais. Que os clubes não tem essa autonomia, que as federações que devem decidir.

Quase que imediatamente depois, a Federação gaúcha e mineira deram ok para seus grandes clubes e tornaram esse “murismo” de Del Nero patético. A vontade dele nesses momentos finais de reinado em evitar qualquer conflito, de tentar passar despercebido, só tumultuam ainda mais.

Com o apoio dessas duas federações, mesmo que as demais não apoiem, a sensação é que Flamengo e Fluminense (onde não terá caixa d’agua para conter o choro dos contrariados) e Coritiba e Atlético-PR seguirão firme com a Liga, ainda mais com Kalil no comando, dirigente que adora uma boa briga.

Del Nero tem tudo para levar uma outra goleada, mas que com certeza, essa segunda será um início para começar a ajeitar a casa do futebol aqui no que já foi o país dele.

Obrigado Osório e volte sempre!!

osorio071015

Pensei em escrever muita coisa sobre todo o turbilhão passado no São Paulo, mas sinceramente, a decepção por ver que todo esse circo é armação de algum dos lados é muito triste, o cheiro de podre exala no Morumbi.

Portanto, achei mais digno falar de Osório, de sua curta passagem, da relação de amor e ódio que criou tanto dentro do São Paulo como do lado de fora.

Do lado de dentro, inclusive falo de torcedores, como foi difícil para alguns aceitarem suas ideias e filosofias, como o medo e as muletas (no brasil não funciona, e o time só entrosa se sempre jogar junto) do nosso ludopédio foram aparentes.

A passagem de Osório sutilmente mostrou porque o 7×1 não foi um apagão, ele não é um Deus e nem é um técnico genial, é apenas um potencial técnico com boas ideias que podem dar certo ou não, ainda falta provar muito, porém seu jeito expôs feridas no Brasil.

Cada um em sua área mostra que o Brasil continua orgulhoso, que descer do pedestal, que entender que o futebol mudou, ainda é um esporte apaixonante mas mudou é aquilo que Guardiola diz, todo jogador terá que entender que por alguns momentos o jogo não passará por ele e que ele precisará ter paciência e disciplina para esperar a sua hora.

Aqui não, ainda achamos que só craque resolve. Que futebol é simples, é só fazer mais gols que o outro, e de fato é mais a maneira de fazer precisa de entendimento.

A passagem de El Profe foi curta, não deixou nenhum título, para o time, deixou a certeza de que Thiago é o volante que o time precisa, que a recuperação de Breno é daquelas histórias lindas do futebol e que ainda falta muito para nós arrumarmos o 7×1.

Profe, tenho certeza que você fez a decisão errada, escolheu uma seleção com muita gente querendo dar pitaco no seu trabalho, você irá se arrepender, mas tudo bem e como ensino nos treinamentos de atendimento, obrigado e volte sempre.

Os melhores treinadores do mundo!

6-Parreira

E ontem a revista FourFourTwo publicou a sua lista dos 50 melhores técnicos do mundo.

E adivinha quantos brasileiros nela?

Isso mesmo, nenhum. nadinha. Até um congôles entrou na lista e nossos professores nem aparecem nela. O único do Brasileirão que aparece é El Profe Osório do São Paulo, colombiano. Aliás, entre os 50 temos 08 da América do Sul, 5 da Argentina, 1 uruguaio, 1 chileno e o colombiano Osório.

5 países detém 30 desses melhores treinadores, França e Espanha com 6, Argentina, Alemanha e Itália com 5. Nesse grupo de países percebe-se que todos já foram campeões mundiais, restando apenas Uruguai, Inglaterra e Brasil. O Uruguai tem entre os 50, o próprio treinador da Celeste, Oscar Tabarez. Já Brasil e Inglaterra não emplacaram ninguém na lista.

E olha que a revista é inglesa, portanto a ausência deles também é crítica, contudo vamos ficar com o que nos pertence, ou melhor o que nos falta.

Quando vemos franceses, espanhóis, argentinos, alemães e italianos dominando a relação, vemos as escolas desses países sendo disseminadas pelo mundo afora, enquanto nós brincamos de Coréia do Norte do futebol, nos fechamos para o novo e não aceitamos nosso retrocesso.

Para quem acha que é apenas uma lista feita lá na Europa, olhe que tem técnico de time australiano, de time da MLS, de dois times argentinos, de seleção do Congo e até do concorridíssimo campeonato norueguês.

O nosso 7×1 segue, sem nenhuma perspectiva de recuperação.

Veja a lista dos 50 melhores técnicos do mundo:

50º) Florent Ibenge (congolês) – Vita Club-RDC/República Democrática do Congo
49º) Juan Carlos Osorio (colombiano) – São Paulo
48º) Pavel Vrba (tcheco) – República Tcheca
47º) Hein Vanhaezebrouck (belga) – Gent-BEL
46º) Bruce Arena (norte-americano) – Los Angeles Galaxy-EUA
45º) Tony Popovic (australiano) – Western Sydney Wanderers-AUS
44º) Gian Piero Gasperini (italiano) – Genoa-ITA
43º) Slaven Bilic (croata) – West Ham-ING
42º) Herve Renard (francês) – Lille-FRA
41º) Lars Lagerbäck (sueco) – Islândia
40º) Markus Weinzierl (alemão) – Augsburg-ALE
39º) Ange Postecoglou (australiano) – Austrália
38º) Myron Markevych (ucraniano) – Dnipro-UCR
37º) Frank de Boer (holandês) – Ajax-HOL
36º) Rafa Benítez (espanhol) – Real Madrid-ESP
35º) Manuel Pellegrini (chileno) – Manchester City-ING
34º) Antonio Conte (italiano) – Itália
33º) Sergei Rebrov (ucraniano) – Dynamo de Kiev-UCR
32º) Vicente Del Bosque (espanhol) – Espanha
31º) Marcelo Gallardo (argentino) – River Plate-ARG
30º) Jocelyn Gourvennec (francês) – Guingamp-FRA
29º) Giampiero Ventura (italiano) – Torino-ITA
28º) Didier Deschamps (francês) – França
27º) Roger Schmidt (alemão) – Bayer Leverkusen-ALE
26º) Jorge Sampaoli (argentino) – Chile
25º) Dieter Hecking (alemão) – Wolfsburg-ALE
24º) Bob Bradley (norte-americano) – Stabaek-NOR
23º) Mircea Lucescu (romeno) – Shakhtar Donetsk-UCR
22º) Edgardo Bauza (argentino) – San Lorenzo-ARG
21º) José Pekerman (argentino) – Colômbia
20º) Marcelino (espanhol) – Villarreal-ESP
19º) Oscar Tabarez (uruguaio) – Uruguai
18º) Phillip Cocu (holandês) – PSV Eindhoven-HOL
17º) Lucien Favre (suíço) – Borussia Monchengladbach-ALE
16º) Louis van Gaal (holandês) – Manchester United-ING
15º) Jorge Jesus (português) – Sporting-POR
14º) Rudi García (francês) – Roma-ITA
13º) Ronald Koeman (holandês) – Southampton-ING
12º) Leonardo Jardim (português) – Monaco-FRA
11º) Arsene Wenger (francês) – Arsenal-ING
10º) Laurent Blanc (francês) – Paris Saint-Germain-FR
09º) Carlo Ancelotti (italiano) – sem clube
08º) Joachim Löw (alemão) – Alemanha
07º) Unai Emery (espanhol) – Sevilla-ESP
06º) Jurgen Klopp (alemão) – sem clube
05º) Massimiliano Allegri (italiano) – Juventus-ITA
04º) Diego Simeone (argentino) – Atlético de Madri-ESP
03º) Luis Enrique (espanhol) – Barcelona-ESP
02º) Josep Guardiola (espanhol) – Bayern de Munique-ALE
01º) José Mourinho (português) – Chelsea-ING