Cadê nossos homens-gol?

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Com todo respeito as nossas novas gerações, mas desde Fred e Ricardo Oliveira paramos de fabricar centroavantes de alto nível. Parem para pensar de verdade, façam um exercício, quantos clubes brasileiros hoje da Série A tem um centroavante brasileiro de ofício e que você gostaria que jogasse no seu time. Não enche uma mão, pode ter certeza.

Basta dizer que hoje quebramos a cabeça com jogadores que não possuem o faro do gol para assumir essa condição de artilheiro na seleção ou que nosso principal goleador é jogador de lado de campo, Neymar. Firmino, Jesus ou até mesmo Richarlison não são centroavantes, e vemos nenhum outro nome surgindo. Aprendemos a só formar pontas.

David Neres, Lucas, Rodrygo, Vinicius Jr e por aí vai, e quando olhamos para dentro da área, quem? Independente de talentoso ou não, temos um Vizeu que saiu do Flamengo e agora voltou ao Grêmio, um Gustagol no Corinthians e pronto, secou a fonte.

Sinceramente, não consigo afirmar se é de propósito ou não, o que é fato, é  que não é interessante fazer mais um homem gol para o futebol, parece que comercialmente, é  mais fácil empurrar um moleque rápido pelos lados, do que um fazedor de gol.

Fazer gol, exige treinamento continuo, trabalho de fundamento (finalização, cabeceio, posicionamento, etc), enquanto para o ponta, esse trabalho pode ser menor, ou pelo menos, dá para mais rapidamente dizer que está pronto e logo conseguir uma venda para boa para algum mercado coadjuvante no futebol.

E parece que isso saltou ainda mais os olhos ao ver as duas seleções jogarem esses dias, não existe uma Cristiane na seleção de Tite, o domínio da posição centroavante que ela tem, nenhum dos comandados de Adenor se aproxima. Cris, tem dominio absoluto das finalizações, chuta de todas as formas, com qualidade e faro apurado, sua leitura de jogo para achar o melhor espaço dentro da área e formidável.

Para entender melhor, basta olhar quando Gabriel Jesus faz gol versus Cristiane, parece sempre que o gol do Jesus foi mais dificil (e nem falo isso pela cara de dor que ele tem), ou comparando entre o mesmo gênero, compare na sua maioria, Jesus e Firmino vs Fred e Ricardo Oliveira.

Por mais que o futebol tem mudado e precisa ser adaptado e repensado a partir disso, uma coisa ainda não mudou, futebol só se ganha com bola na rede, e para isso nada melhor que nosso famoso homem-gol, artigo raro no mercado atual.

Precisamos falar de Nadal e Cristiano…

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Salve pessoal, fazia tempo que não aparecia por aqui, acho que o bichinho da escrita me mordeu de novo e acredito que agora voltaremos com carga máxima. E para hoje, queria falar com vocês sobre Nadal e Cristiano Ronaldo.

Na minha humilde opinião, os dois maiores atletas que vi atuar. E digo atleta, na concepção da palavra. A palavra atleta provém do grego athletes e por sua vez do termo aethos, que significa esforço. Atendendo a sua origem etimológica, o atleta é aquele que compete com esforço por um prêmio.

Ninguém compete com tanto esforço quanto esses dois. Nadal e Ronaldo são vencedores disputam campeonatos de forma contemporânea a Messil e Federer, ambos geniais em seus esportes.

Nadal e Cristiano possuem a ousadia de competir com esses dois monstros, o que coloca ambos em uma condição fora do normal para mim.

Nadal e Cristiano mostra que esporte como diria o mão santa é 90% transpiração e 10% inspiração. Eles levam essa máxima ao limite e provam que mesmo sem o mesmo talento e a mesma genialidade é possível fazer frente quando se dedica intensamente aquilo que faz.

Nadal conquistou ontem nada menos do que sua 12 taça de Roland Garros, no duelo de Grand Slam’s a disputa fica em 18×20 para Federer. Ou seja, Nadal sempre teve a capacidade de incomodar o reinado absoluto de Federer. O mesmo vale para Cristiano, independente da sua preferência seja por Messi ou pelo Portuga, é inegável que você sabe que apesar de toda genialidade de Messi, Cristiano é incansável e disputa ano a ano sem passar vergonha a coroa com o argentino, tanto que nessa a disputa está empatada, 5×5.

Portanto, por mais que no imaginário da maioria, Federer e Messi tragam mais lances memoráveis do que a outra dupla, é inegável que não se faz a necessidade de escolher alguém, mas sim, enaltecer a importância de cada um e lembrar todo dia, para qualquer mero mortal que é possível fazer frente aos gênios.

Nadal e Cristiano nos dão de forma inconsciente a sensação de que as histórias de super heróis não são tão exageradas, que por vezes, seres humanos comuns, conseguem se superar e fazer frente a entidades de outro mundo, ou no caso deles, é possível imaginar que alguém consiga ano após ano, gerar o debate entre quem é maior.

Obrigado Nadal e Cristiano, vocês são para mim os maiores atletas que vi jogar.