E agora Tite?

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São oito jogos no comando da camisa mais pesada do mundo, são oito vitórias (feito inédito na história do futebol) com 24 gols marcados e apenas 2 sofridos.

Tite resgatou o que a seleção brasileira era para o mundo, a mais temida, não imbatível, mas temida, respeitada demais, por todos, inclusive os grandes, a mudança de clima, de confiança e todos os fatores que fogem do técnico-tático exacerbam nas faces de todos os atletas que fazem parte da seleção.

Tite aliás, antes do jogo disse que são 56 atletas mapeados, ou seja, ele fechou uma lista com os possíveis jogadores que integram a seleção brasileira, 23 serão os escolhidos no final, mas ele tem um grupo mapeado, nem os 80 que outrora fizeram parte da seleção, nem somente 30 como alguns acusaram que Tite trabalharia.

E diante do cenário atual da seleção, a pergunta que fica é: o que fazer nesses quatro jogos restantes? Dificilmente o Brasil perderá o primeiro lugar, além do que ficar em primeiro é apenas simbólico, a dúvida é, usar esses jogos para testar outros possíveis “selecionáveis” para ver como eles reagem na seleção e as ideias de Tite, ou mantém a base para aprimorar ainda mais o time?

Sinceramente, de longe e com o livre direito de pitacar na vida alheia, principalmente futebolisticamente falando, vamos dar a minha sugestão, eu usaria os reservas que foram pouco utilizados mais aqueles que são potenciais, caso alguém tenha alguma lesão. Para o time titular “imaginário” de Tite, a sequência de amistosos contra escolas europeias seria o entendimento que falta de possibilidade de jogos durante uma copa do Mundo.

Ou seja, enquanto aqueles que lutariam para estar na lista dos 23, fariam quatro confrontos duríssimos no restante das eliminatórias para mostrar seu valor e seu  M E R E C I M E N T O, os “preferidos” de Tite mais alguns participariam dos amistosos que já serviriam de base para que o time entendesse a proposta de jogo brasileira contra várias escolas européias (espanhola, italiana, leste europeu, suiça, para citar algumas).

Assim Tite conseguiria  atuar nas duas frentes e naquilo que eu acredito que agradaria o planejamento da seleção, de qualquer forma, como eu disse, sou eu pitacando de longe e sem o menor conhecimento do planejamento da seleção.

Meu único contraponto a minha proposta é dentre aqueles 56, alguém se destacar muito nos jogos eliminatórios ao ponto de ser questionado o lugar dele frente alguém que já estava consolidado no grupo principal de Tite, se criaria um problema desnecessário ou que obrigaria muito jogo de cintura para lidar com ele, característica que sobra em Tite, por isso não vejo problema em seguir minha teoria.

A seleção já cumpriu seu papel nas eliminatórias e para terminar a preparação para a Copa, só falta os testes europeus e conhecer completamente os 56 eleitos.

E vocês, o que fariam?

Zequinha e seu novo time

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E Zequinha chegou na nova cidade, de cara ele achou muito engraçado, porque lembrava muito quando eles iam na casa dos avós, muitas praças, cavalos andando na rua, poucos carros, e muita casa ao invés de prédio.

Zequinha então foi direto ao local do time, que possuia uma estrutura integrada, campos para treinamento, refeitório imenso, sala de ginástica, piscina, além de vários quartos para moradia, o clube permitia que o “atleta” morasse com o pai durante os primeiros meses.

Zequinha ficou impressionado com o tamanho de tudo aquilo, era tudo muito grande, para sair daquele ambiente era quase uma viagem de volta para a cidade, Zequinha conseguiu conhecer alguns lugares, mas o dia já ia anoitecer e vários lugares ele só iria conhecer com o tempo. ele e seu pai se dirigiram ao refeitório para o jantar, comida boa, não igual da mãe, mas boa e depois ficou no salão de jogos com outros garotos, aprendendo a jogar pebolim.

O dia seguinte foi ainda de apresentações, principalmente para os novos companheiros de time e de treino coletivo, um jogo treino foi feito para que Zequinha pudesse ser inserido e testado junto com a equipe, até porque daqui 45 dias ele teriam um torneio.

O treino transcorreu bem, Zequinha fez o que foi pedido, porém sentiu muito mais dificuldade com a execução das ações, pois os meninos do time adversário pareciam correr mais, então dificilmente ele ficava no mano a mano para partir para cima do adversário.

Zequinha, sentiu que o jogo era um pouco diferente que teria poucas oportunidades para driblar, que precisaria achar outras soluções para conseguir sucesso. Zequinha ainda não tinha esse pensamento estruturado, era apenas uma sensação e mesmo quando escutasse as orientações do treinador, ainda ficaria confuso por muitas vezes.

Ao final do primeiro treino, o treinador, Seu Santana, avaliou bem Zequinha, mas falou que o menino precisaria entender mais o que ele esperava de execução durante o jogo, Zequinha iria para o torneio, mas como disse Santana, seria sua arma para o segundo tempo.

Zequinha caminhando para seus 15 anos, não entendia como podia ser bom ser uma arma para o segundo tempo, bom era ser arma para o jogo todo, Zequinha iria dormir confuso até o início do torneio, só no segundo jogo do torneio aquilo poderia começar a fazer sentido, por enquanto, só atrapalharia o sono mesmo.

Enquanto isso, seu Silva dormia pesado em uma cama de solteiro depois de quase 20 anos dormindo com Dona Marluce.

O melhor dos clássicos!!

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E ontem dois clássicos agitaram o futebol brasileiro, clássico com os quatro clubes com as maiores torcidas do Brasil, Flamengo, Corinthians, São Paulo e Vasco.

Entre todas as pataquadas da arbitragem, o que mais deu o que falar foi a comemoração de Maicon, zagueiro do São Paulo que abriu o placar em um Majestoso que foi mais horroroso do que majestoso.

Na comemoração, Maicon fez uma provocação ao rival Corinthians, tal qual o famoso porquinho de Viola. Sabiamente, o jogador após a partida evitou entrar em polêmica e não assumiu o motivo óbvio da comemoração afim de evitar qualquer punição dos aparecidos dos tribunais desportivos.

E logicamente reacendeu o debate de como estamos policiando demais o futebol ao invés de permitir essas manifestações tão naturais e se alguém se exceder seja dentro ou fora de campo ter a sanção correta e aplicada.

O que mais gostei na situação toda é como o time do Corinthians está lidando com tudo isso, talvez até por não ter percebido na hora, o time tem dado declarações com muita boa esportividade e estimulando a continuação disso de forma sadia, prometendo troco e mais comemorações provocativas nos próximos duelos.

Futebol precisa disso, apesar de ter várias ressalvas contra a atitude em campo de Felipe Mello, suas frases provocativas e seus gestos tem resgatado um pouco disso, o futebol na rua é isso. Quem nunca mandou mensagem mexendo com o amigo após uma vitória, quem nunca compartilhou diversos memes nos grupos de whatsapp, e o melhor quem nunca fez isso e estava ali tomando uma cerveja com o amigo e rindo das brincadeiras.

Futebol é um esporte e tal como tal tem a parte séria da competição, da disputa por título, do respeito pelo adversário que é companheiro de profissão, entre outras coisas, e tem também a brincadeira, a aposta valendo almoço, a aposta valendo ajudar uma instituição de caridade, a comemoração do gol e se possível no dia seguinte, um abraço celebrando a paz.

Sou contra a expressão pelo fim do futebol moderno, sou a favor da modernização sempre do futebol, mas com o respeito e a manutenção de seus valores e cultura.

Brincadeiras e comemorações criativas fazem parte da cultura do futebol, assim como bandeiras e tudo mais.

 

Restam 08 na Champions

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E saiu o sorteio das quartas de final da Champions.

Dois grandes clássicos e dois interessantes cruzamentos. Vamos a análise do CMC10, eu sinceramente fui surpreendido com o avanço de Leicester e Mônaco, os demais estavam dentro da minha expectativa antes dos cruzamentos iniciarem, apesar de ter achado impressionante a virada que o Barcelona conseguiu.

Bom vamos a análise, no confronto, o segundo time é aquele que decidirá em casa.

Atlético de Madrid x Leicester: Um duelo formidável, porque permite ao time inglês continuar sua epopeia, o Leicester sempre jogará sem a bola e daqui para frente todos os rivais serão pressionados (por causa do tamanho e história) a atacar o Leicester o que colocará o time na condição que ama, contragolpear seus rivais. Para o time de Simeone que sempre se acostumou a “ser Leicester” nessas fases da Champions, será oportunidade de mostrar que também pode propor o jogo.

Time por time, o espanhol é muito melhor, mas algum quê de místico me diz que o Leicester estará entre os 4 melhores da Europa.

Dortmund x Mônaco: Promessa de chuvas de gols, dois times com proposta ofensivas e que tem tudo para ser o jogo mais divertido das quartas. Os franceses que eliminaram Pep e City seguem com seu ataque devastador e surpreendem, já os alemães se acostumaram a ser uma pedra no sapato nas últimas edições, sempre chegando.

Aposto que o Dortmund avance, mas com um duelo agregado de 8×7, 7×6, com muitos gols com certeza.

Bayern Munchen x Real Madrid: Que confronto! Dois gigantes europeus, talvez junto de Milan, os maiores vencedores da história européia, duas seleções que se enfrentaram em 180 minutos, do lado alemão, Ancelotti estava a pouco tempo em Madrid com grande parte dos mesmos jogadores que lá estão, conhece muito do rival e é um especialista em Champions.

Duas camisas pesadíssimas, principalmente a branca, mas vou arriscar em apostar nos alemães, páreo duríssimo, mas acho que a tranquilidade do Bayern no campeonato nacional permite uma preparação mais adequada para o confronto, enquanto o Real também quer La Liga e ela está acirrada.

Juventus x Barcelona: Outro daqueles duelos espetaculares, a solidez da defesa da Vecchia Signora contra o trio MSN, “os futuros” Bolas de Ouro, Neymar x Dybala, o reencontro de Daniel Alves com o Barcelona. E o a sonhada busca por uma Champions do monstro Gianluigi Buffon.

O fato do segundo jogo ser na Catalunha pode jogar a favor do Barça, contudo o time italiano tomou apenas 2 gols em 8 jogos, números de extremo respeito e que credenciam o time para a busca por essa taça inédita para o seu goleiro.

Apesar de toda empolgação na Espanha diante do 99% de fé, vou arriscar mais uma vez e apostar que a Juve avança no duelo.

Portanto, na semi, no meu palpitômetro, teremos Leicester, Dortmund, Bayern e Juventus.

E para vocês?

 

 

Zequinha começa a desbravar o país

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Agora Zequinha tinha empresário e mais do que isso, precisava achar um novo clube para jogar, já que onde ele atuava iniciava as obras para virar um shopping center.

Enquanto isso, Teixeirinha acionava seus contatos para ver onde Zequinha teria mais chances de jogar como titular e qual time jogaria os campeonatos mais promissores. Depois de muita conversa, ele chegou em uma conclusão, iria levar para um time próximo da capital (cerca de 80km), lá Zequinha seria quase titular absoluto e o time tem conseguido o direito de disputar dois campeonatos nacionais de muita visibilidade, além de um torneio nos EUA.

Teixerinha chegou para contar a novidade para a família, com todo o discurso pronto e sobre a importância que aquilo teria para Zequinha na sua ainda iniciante carreira como jogador, Seu Silva achou tudo maravilhoso, ficou empolgado, pensou em mudar de cidade para acompanhar o filho e a alegria que seria pensar que o filho iria para o exterior.

Foi quando veio o primeiro conflito, Dona Marluce não gostou da ideia de mudar de cidade, ficar longe da família ou então deixar o filho ir sozinho para outra cidade, após Teixeirinha ir embora, a discussão começou dentro de casa, depois de muitos argumentos de ambos os lados chegaram a uma conclusão, Seu Silva iria com Zequinha para conhecer a cidade e ver se era possível se estabilizar por lá, depois decidiriam se mudariam em definitivo.

Só depois de muita discussão que se deram conta que ninguém tinha contado para Zequinha que ele iria embora da cidade, que ficaria longe de seus amigos, da escola e de tudo que estava acostumado.

Zequinha demorou para compreender exatamente aquela decisão, até porque a rotina dos últimos anos entre escola-time tinha sido tão sacrificante que os amigos, o bairro e etc tinham ficado em um imaginário distante, ele já sentia que aquilo não fazia mais parte dele.

Zequinha continuava obcecado por entender o que seu pai tinha dito, sobre o futebol ser aquilo é mais um monte de coisa, então ir para outra cidade fazia parte desse entendimento, o menino tinha cada vez mais certeza de que entender aquela sentença que Seu Silva proferiu era a razão dele. Portanto, acho normal a mãe querer tempo para definir onde moraria em definitivo.

O que Dona Marluce não sabia era que pelos próximos vinte anos, o que eles menos teriam era um lugar fixo para chamar de lar e que aquela cidade próxima da capital surgiria como um porto seguro mais para frente.

Capítulo 5 – Zequinha e seu primeiro empresário

O Caso Bruno e o lado do muro

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(Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral)

Passei o final de semana inteiro pensando sobre o ocorrido e não cheguei a uma conclusão, portanto quero dividir com vocês para ver o que vocês acham.

Sim, estamos falando de tudo que anda cercando o ex-goleiro do Flamengo, Bruno.

Ele que foi preso em 2013 e condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homícidio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cádaver. A história que envolve ele, Macarrão e Eliza Samudio tomou conta dos noticiários no início de 2013.

Depois que 4 anos recém completados, quase 1/5 da pena total e quase 1/4 da pena em regime fechado, Bruno conseguiu um Habeas Corpus que permite que tenha liberdade condicional.

E então, Bruno resolveu tentar retomar a única profissão que aprendeu na vida, ser jogador de futebol, mas especificamente, como goleiro. E tão logo saiu, conseguiu vaga no Boa Esporte, clube de Minas Gerais que atenderia a demanda dele de continuar no estado e com projeção já que o time encontra-se na Série B do campeonato nacional.

Nem bem foi anunciado, o muro foi levantado, ou é um absurdo ele conseguir trabalhar, ou é legal ver o cara reconstruir sua vida.

Então, chegamos ao dilema, nesse mundo tão polarizado, onde você precisa escolher entre coxinha e mortadela, feminista ou machista, armado ou desarmado e etc. A falta de sensibilidade em entender o todo é latente nos dias atuais.

Sinceramente, não conheço Bruno, tampouco tenho alguma referência de alguém que conhece para dizer coisas boas ou ruins a seu respeito. Contudo, quero fazer algumas provocações.

Será que a revolta seria igual, se fosse uma figura não pública, ou melhor se o crime fosse lavagem de dinheiro de centenas de milhões, ou se desviasse todo o dinheiro da merenda escolar, qual seria o grau da revolta?

É tão absurdo acreditar na regeneração do ser humano, será mesmo que nunca aprendemos nada quando sofremos a punição devida?

E por fim, será que a revolta contra Bruno deve ser direcionada a ele ou ao nosso sistema judiciário? Do ponto de vista prático, o Brasil entendeu que ele já cumpriu o que devia, portanto tem direito a recomeçar.

Sobre a intenção do BOA esporte é sempre difícil, porque é um risco enorme de dar errado, como parece que vem acontecendo, o time está perdendo patrocinadores do clube.

Por fim, sobre tomar um lado da história, acho que eu topo ir para o lado da segunda chance, mas nesse caso, pretendo ficar bem perto do muro, caso perceba que ele jogou fora a segunda chance da vida.