A fala de Messi…

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Enfim, falarei de Messi.

O craque argentino, atualmente melhor jogador do mundo disse que não jogará mais pela seleção argentina. Após mais um vice campeonato, o terceiro consecutivo pela seleção e o segundo seguido nos pênaltis contra o Chile, o argentino disse que não dá mais para ele, que só quem está ali sabe o que eles passam e queriam trazer o título.

Sinceramente, do ponto de vista profissional, não entendo em nada a decisão de Lionel. O campeão se faz também com as derrotas, um craque também se destaca na superação dos revés que o futebol proporciona, pular fora assim, parece que algo de alguém que está apenas acostumado com a “facilidade vitoriosa” que o Barcelona proporciona.

Contudo, até pelo Barça algumas derrotas aconteceram e nem por isso ele se mostrou assim.

Ainda no ponto de vista profissional, Messi está na sua melhor forma pela seleção, foi regular em 2014, melhorou em 2015 e tem estado muito bem em 2016, além disso, se tornou o maior artilheiro da sua seleção ao superar Batistuta e ainda tem muita lenha para queimar, o craque possui apenas 29 anos, estará ainda voando no Qatar-2018.

Portanto, algo maior parece ser a motivação.

E não estranhamente, vários jogadores parecem rumar para a mesma posição de Messi, a de pular fora da seleção. Sendo assim, duas opções se tornam as mais prováveis, ou é a comissão técnica ou é a galera do escritório (AFA) que andam incomodando os jogadores.

Eu li que Messi quem indicou Tata, não sei o quanto é verdade, sinceramente acho o trabalho do treinador mediano, não soube trabalhar no Barça e seu único feito (se é que é mérito dele) é fazer Messi render mais na seleção. Mas, pensando no potencial que essa seleção tem, deixa muito a desejar.

Portanto, não descarto a possibilidade de ser apenas um motim contra o comando técnico.

Porém, desde o vice campeonato da Copa do Mundo que pipocam reclamações sobre o que a Confederação tem feito com nossos hermanos, desde um mal planejamento das viagens para os jogos, até instalações em condições precárias, e antes que muitos falem que é frescura, pode até ser, mas parece um pouco surreal que a seleção argentina não tenha condições razoáveis para hospedar o time, sem falar nos acertos financeiros combinados que dão a entender que seguem confusos.

Por isso, minha opinião diante do cenário recente (últimos dois anos) é que Messi teve um arroubo de decepção por não conseguir mais um título, mas que essa declaração confusa sobre continuar ou não tem muito mais nas entrelinhas do que apenas a tristeza.

Até porque se for apenas emocional a decisão, Messi pode ter parado na escadaria que leva rumo ao Olimpo dos craques.

Um bem vindo para aquele que nem tinha ido.

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E o São Paulo conseguiu confirmar a permanência de Maicon e mais do que isso, fez um ótimo negócio para todos.

O São Paulo aceitou pagar 6 milhões de Euros e mais 50% de Lucão (zagueiro promissor) e Inácio (lateral, tratado como jóia pela diretoria) para o Porto. Restou ao clube paulista, 25% de cada jogador, já que o outro quarto pertence a empresários.

Ou seja, do ponto de vista financeiro, o São Paulo na pior das hipóteses, gastou 6 milhões de euros e viu duas promessas não vingarem, e o Porto no pior cenário recebeu a mesma quantia por um jogador que saiu brigado com torcida e já não era tão promissor para o mercado.

Na melhor das hipóteses, o São Paulo gastou 6 milhões, com potencial de recuperar o mesmo valor nos próximos anos com a venda dos jogadores pelo Porto, um dos melhores negociadores da Europa. Ou seja, pode sair de graça a compra do zagueiro-líder, e para o Porto a quantia que Maicon irá gerar pode superar muito mais do que os 10 milhões de euros que o Porto queria inicialmente.

Assim sendo, uma relação ganha ganha muito bem costurada por Gustavo, que vale a nota, fez valer seu alto salário e concretizou muito bem a transação ao meu ver, não só pela discrição, mas pelo resultado final.

Trazendo apenas para o olhar do tricolor, alguns podem julgar como loucura o que o São Paulo fez. Eu confesso que inicialmente, estava achando um pouco temerário as cifras que seriam envolvidas, agora com o desfecho, achei um custo necessário.

O São Paulo que se reconstroi, inclusive financeiramente, precisa de um time forte em campo e esse time passa por ter Maicon na zaga, ele se tornou peça imprescindível para o clube, inclusive para a competição imediata que se aproxima, a reta final da Libertadores.

Ele pode não ser garantia de título, mas sem ele, a certeza de que tudo seria mais difícil. O tricolor ainda precisa ajustar algumas coisas dentro de campo que passa por evoluções táticas de Bauza e por algumas peças para o elenco, o time precisa sair da Gansodependência, é preciso alguém que algumas vezes possa substituir o maestro, não com a mesma genialidade, mas com o mesmo papel.

Você pode até achar que o São Paulo pagou caro por Maicon, mas a realidade é que seria muito mais caro para o tricolor ficar sem o seu novo capitão.

Um bem vindo para aquele que nem tinha ido.

Meu melhor camisa 10!!

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Minha cara da péssima, por causa do sol, mas a alegria é inenarrável!!

Eu ia escrever sobre o Messi, mas como tenho um motivo muito melhor hoje, deixarei essa história do argentino ganhar mais alguns capítulos, principalmente de ordem política, para me manifestar depois.

Hoje é aniversário do meu pai, do meu velho, do meu craque, do meu camisa 10. Essa coisa de morar em outro estado, nos torna mais saudoso, pois vejo menos ele desfilando seu talento nas peladas em São Paulo.

Talvez muitos de vocês não saibam, mas a inspiração dentro de campo do meu blog, é ele. Quem conhece, sabe o camisa 10 que ele é, daqueles que armam o jogo, finalizam de tudo quanto é jeito e que resolvem uma partida.

São várias as histórias contadas pelos outros de como ele resolvia as peladas por aí. Mesmo entre meus amigos, aquele senhor com quase 30 anos a mais que a molecada sobrava.

É muito curioso, a compensação das coisas, se dentro de campo ele puxa a responsabilidade e algumas vezes chega a ser egoísta para resolver as coisas, pois confia no seu potencial, fora dele, ninguém é mais altruísta que ele.

Está para nascer alguém com o coração tão bom, tão boa gente quanto ele, juro que tento ser igual, mas não é fácil não. Quantas vezes na minha adolescência, ele fez questão de me buscar e levar para qualquer lugar e a qualquer hora, e olha que eu não queria, achava abuso e mesmo assim ele fazia questão. E eu nunca tive aquela “vergonhinha” adolescente de não querer mostrar que chegava com o pai de carona, sempre tive muito orgulho.

Porque desde pequeno, ele me apoia muito, as vezes até me mima demais, fica sem jeito em me dar bronca, vê se pode, mas está sempre lá com aquela cara, fingindo que está em outro mundo, mas sempre sentinela e dando um jeito de estar em vários lugares ao mesmo tempo para nos socorrer.

Eu sei o quanto ele imaginou ser um nome destacado nos campos de futebol por aí, e o quanto sua disciplina e respeito aos valores familiares falaram mais alto e o fizeram optar por uma carreira empresarial ao invés dos gramados.

Eu sei também o quanto era certo de que ele seria um grande jogador, para quem conhece sabe que é muita bola para esse “jovem senhor” que completa 57 anos hoje.

Mas se algo pode confortar na minha seleção da vida, é ele e mais dez. Ele é o meu melhor camisa 10

Obrigado pai, te amo!

E se o campeonato acabasse na 11ª rodada?

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O Palmeiras seria o campeão!

Mesmo com a derrota para o Cruzeiro (que aliás, parece começar a entrar nos trilhos), o Verdão veria seus rivais também perderem e terminaria em primeiro lugar na tabela.

O G4 seria composto pelo Inter que foi surpreendido pelo Botafogo em pleno Beira Rio, o Santos que mais uma vez obteve vitória contundente no clássico contra o São Paulo e o Corinthians que teve a primeira vitória da era Cristovão.

No meio da tabela, destaque positivo para o Galo, o time mineiro embalou a terceira vitória consecutiva e começa a figurar no local que o potencial do time leva, já ocuipa a 8ª posição.

Em contrapartida, o São Paulo é o destaque negativo, o time está a três jogos sem ganhar e caiu para o 10º lugar na tabela. O time que parece viver a expectativa pelo jogo da Libertadores, reflete em campo essa ansiedade. O time que começa a poupar algumas peças chaves parece engessado.

Na parte debaixo, Botafogo, Santa Cruz, Coritiba e América-MG seriam os eleitos para a Série B. Sinceramente, a queda vertiginosa do Santinha precisa de resposta imediata e a próxima rodada é uma boa oportunidade.

O Botafogo dá sinais de melhora e pode sonhar em ficar um pouco longe desse problema, já Coritiba e América parecem que terão um caminho mais árduo,

De qualquer forma, a 11ª rodada terminou com 28 gols, foram 5 vitórias dos mandantes, 2 empates e 3 vitórias dos visitantes. Meu destaque individual vai para o Diego Souza, o Sport teve uma atuação convincente, venceu bem a complicada Chapecoense e o gol do Diego foi uma obra prima.

Não só pelo movimento acrobático de Diego, mas por toda a jogada em si.

E para vocês, como seria se o campeonato acabasse na 11ª rodada?

É preciso educar o jovem para formar o cidadão e atleta, que inclusive saiba usar melhor seu Twitter..

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Getterson é mais um daqueles jogadores que precisam entender os tempos atuais.

Ou melhor, precisam entender que jogador de futebol é tão profissional quanto o Diretor de Finanças do Itaú, por exemplo. Ou tanto quanto a mocinha do Drive Thru do Mac Donalds.

E nos tempos atuais, tudo que você fala, compartilha ou curte é visto por milhões de pessoas, e foi assim que Getterson perdeu a sua primeira grande chance na vida, o jogador avaliado pelo São Paulo como uma possível aposta para o ataque tricolor, não ficou 24 horas no clube.

Uma avalanche ocorreu no Twitter e “denunciou” o jogador e seus posts antigos como torcedor corintiano, além de provocações contra o time que lhe abriu as portas ontem. É o mundo é irônico mesmo.

Eu não vejo problema, em você como profissional, torcer por um clube, mas atuar por outro clube. Eu posso trabalhar na Apple e gostar mais da Samsung, ou vice-versa. Mas eu preciso saber que a qualquer momento, qualquer comentário preconceituoso, mesquinho ou diminuindo outra marcar pode se voltar contra mim.

Se no ambiente corporativo, onde a paixão não é tão aflorada, esse problema pode se tornar sério, o que dirá dentro do futebol, onde as emoções são colocadas a prova a todo instante.

Getterson lutou por essa oportunidade, batalhou e conseguiu lá do interior do Paraná mostrar sua qualidade, passou no crivo de Bauza e foi chamado para conversar, era a hora dele pensar bem, ter um empresário que o orientasse e cancelasse o Twitter, fechasse, deletasse, qualquer coisa que fosse necessário para agarrar a chance.

Mas não, ele preferiu fingir que nada existiu e que nunca iriam descobrir.

Que Getterson não sirva de bode expiatório, mas como ponto de atenção para que o jogador de futebol entenda o tamanho do profissionalismo que lhe é exigido e ainda em uma idade tão jovem. E olha que no caso dele,nem se trata de alguém tão jovem, pois já tem 25 anos e com passagens por alguns clubes.

Ser jogador profissional é amadurecer muito rápido e ter sua juventude só a partir dos 40 anos, o caso desse jogador escancara o como precisamos cuidar dos nossos potenciais desde sua formação como garoto, falta acompanhamento, cuidado com a formação dele.

Estamos criando jogador de um dia só, e querendo jogar toda a responsabilidade no menino. É preciso educar o jovem para formar o cidadão e atleta, que inclusive saiba usar melhor seu Twitter..

Esse armário pesado do futebol…

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E o Estados Unidos pode ser muito marketing, porque ainda carrega muito preconceito em todo o seu estado, mas pelo menos, as grandes marcas não se escondem de tentar mudar essa história.

Em menos de uma semana, duas histórias distintas mostram duas grandes marcas na luta pela causa LGBT. Primeiro, após o terrível atentado em Orlando o time de Kaká que fica na mesma cidade fez uma ação de incentivo para a causa durante o jogo, além de comunicação visual fixa durante o jogo e uma verba destinada para ajudar na causa.

Além disso, pela segunda vez na história a NBA pode ter seu segundo jogador assumidamente homossexual, durante o DRAFT, o menino Derrick Gordon pode ser escolhido, ele que assumiu quando atuava pelas ligas universitárias sua orientação sexual.

Aí, entrei em uma discussão breve com um grande amigo e assíduo leitor do blog, André Russo, sobre o quão distante estamos de fazer ações como essa no futebol. E cheguei a conclusão que não apenas aqui em terras tupiniquins, mas em todos os grandes centros de futebol, é difícil imaginar tais acontecimentos.

Certa vez, vi uma campanha da liga belga (se eu não me engano) sobre o apoio ao jogador “sair do armário”.

Porém, acho que o machismo e o preconceito velado (que é o pior para mim) tornar muito difícil um grande clube fazer qualquer ação de apoio a comunidade LGBT, quiça receber um atleta assumidamente homossexual em seu elenco.

Lembro quando certa vez foi anunciado na Globo que algum jogador de futebol iria assumir sua homossexualidade e gerou aquele burburinho, porém na hora mesmo do programa, a assessoria de imprensa do jogador voltou atrás e cancelou a entrevista, orientada (diga-se pressionada) pela diretoria do clube.

Por isso acho que a ação americana, principalmente dentro do Orlando City foi possível, além de uma cidade que vê seu time apenas engatinhando sua história, é um país onde o futebol não é uma referência de esporte masculino para eles.

Não estou diminuindo a ação americana, pelo contrário, acho incrível que souberam aproveitar o momento e o posicionamento que o futebol possui na sociedade deles para promover a ação, assim como no caso do atleta da NBA é de uma coragem ímpar.

Contudo, acho que por aqui ou nos grandes clubes europeus, esse preconceito segue da pior forma, o velado, onde todo mundo adota a postura social de negar qualquer tipo de preconceito, mas se omite em qualquer situação que exija um posicionamento.

O problema é porque o armário deve ser antigo, aí é bem mais pesado (madeira maciça) para carregar e deixar a porta livre para ser aberta.