Ontem vi uma declaração de Eduardo Ferreira, diretor de futebol do Corinthians que ele considera normal a cobrança da torcida organizada aos jogadores, que para ele faz parte da cultura corintiana e que por isso que ele autorizou a entrada da torcida para conversar com seis jogadores.
Legal é perceber alguns detalhes dessa declaração, primeiro até o final de 2014, Eduardo Ferreira era Edu da Gaviões, figura do alto escalão da principal organizada do Corinthians, a mesma que ele autorizou entrar para conversar com o jogador.
Outra questão tratar como cultural é como falar da nossa corrupção, sempre adulteramos para pagar meia, sempre teve essa comissãozinha extra, o famoso sempre foi assim.
E por fim sobre alguns aspectos importantes, nunca ouvi falar de uma reunião após uma sequência de vitórias, para parabenizar o grupo, então o discurso dele de que não foi bronca é pura balela, foi apoio, mas foi apoio condicionado a resultado, logo foram colocar os jogadores na parede.
Eu discordo completamente desse tipo de abordagem, eu sou da teoria de cada um tem seu papel, o da torcida compete a torcer, cobrar, apoiar e etc, mas tudo dentro do seu espaço, a arquibancada. O torcedor deve ter o direito de levar faixar para criticar alguém ou até mesmo entregar qualquer manifesto na porta do clube, agora fazer reunião direta com o elenco, não faz parte do papel da torcida.
E aqui a crítica não fica para o Corinthians somente, o post aproveita o que aconteceu no clube, mas sabe que ontem foi no São Paulo, amanhã é no Flamengo, depois do Grêmio e etc, passando por todo mundo.
Eu só reforço que torcida não feita para reunião em salinha com jogadores. Até porque o resultado só permite duas possibilidades, ou alguns jogadores estarão rendendo por medo provisoriamente até conseguirem trocar de time ou já optarão por pula fora logo. Tem gente lá dentro para fazer isso, inclusive o Sr. Edu da Gaviões, que deveria estar lá para ser a ponte nessa relação e não o acesso direto.