Falando sobre Ganso…

O jogador Paulo Henrique Ganso do São Paulo em lance durante partida entre São Paulo BRA x San Lorenzo ARG, em partida válida pela Copa Libertadores da América 2015, no estádio do Morumbi em São Paulo, SP, nesta quarta-feira (18). Marcos Bezerra/Futura Press

Fonte: Marcos Bezerra/Futura Press

O meu blog tem como nome a nossa busca romântica pelo camisa 10 que viveu até o fim da década de 90.

Depois a própria velocidade que o futebol foi ganhando vai impedindo aquela cena clássica do 10 parar a bola, olhar para o jogo como um Quarter Back protegido e fazer um lançamento primoroso, ou mesmo ter espaço para carregar a bola por 10 metros no meio de campo sem nenhum combate.

Agora mais do que o lance genial, o 10 virou um operário também. O futebol pede isso, não basta jogar muito, tem que brigar muito. A dinâmica do jogo não permite o luxo de ter um jogador que é apenas o cérebro que espera que os demais recuperem a bola, entreguem para ele, para ai sim começar o papel dele. Hoje, de certa forma, um pouco triste, mas é tão importante o que se faz sem a bola, quanto o que se faz com ela.

E tudo isso para chegar no Ganso.

Acho que já dei mostras suficientes por aqui o quanto sou fã do futebol de Paulo Henrique, e o quanto tem ficado satisfeito com suas atuações sem a bola nos ultimos 18 meses. Sendo inclusive reconhecido em vários outros blog que mostram até números para mostrar.

O problema é que todo mundo quer dele o que eu já esperei um dia. Ganso é como ele diz, acima da média, são poucos os meias com tanto talento quanto ele. Ontem, ele jogou pouco mais de 30 minutos, ele criou chances, várias para os centroavantes jogarem fora. Ah, mas foi contra o Mogi, sim, assim como ele faz na maioria dos jogos. Talvez ainda falte uma atuação mais convincente nos grandes jogos, mas o São Paulo inteiro deve isso a muito tempo.

Sobre carater, bom de grupo e outras coisas, irei parafrasear Gloria Pires, não tenho como opinar.

Agora como jogador, Ganso é para mim o que encontra espaços incríveis, que ninguém vê, mas convive com atacantes que desperdiçam demais essas chances. Eu brinco que se o Romário tivesse Ganso como companheiro chegaria ao mil gols muito antes, e talvez o Túlio tivesse mil gols de verdade.