Para voltar a ter orgulho da seleção…

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Entre essa histeria coletiva sobre ter ou não golpe, um golpe escabroso vai se revelando na nossa querida entidade suprema do nosso futebol. A troca de emails divulgada onde fica clara a interferência da CBF nos julgamentos do STJD é mais um dos casos que só confirma o que suspeitamos.

E assim, como nos clubes, o papel de quem lidera acaba refletindo nos atletas. Chama-se cultura de uma organização. Já reparou que em uma empresa, as pessoas que trabalham no mesmo lugar acabam adquirindo comportamentos similares, é a cultura da empresa moldando aquele funcionário. Quem sabe, um dia, entro nesse tema mais afundo para mostrar a importância da cultura na formação de um time.

Mas voltando a nossa escrete canarinha. Toda essa sujeira e esse comportamento de usar a seleção mais vencedora do mundo como balcão de negócio reflete na postura dos jogadores. Descompromisso total. Ninguém lá dentro, realmente está defendendo o país, por mais que no discurso esteja, a cultura encontrada dentro da CBF não permite, o discurso fica vazio.

Sinceramente, olha nossos atletas, quantas seleções tem um grupo melhor do que o nosso? Eu fico com apenas 3, Argentina, Alemanha e França. Existe uma questão sim em relação ao Dunga, temos opções melhores no mercado para substituir. Lembrando que Sampaoli e Mourinho estão disponíveis. Mas a saída do Dunga é o menor dos problemas.

O que falta é uma cultura de verdade de querer defender o país.A seleção vai continuar ganhando, o time é forte, mas o espirito de compromisso com a pátria, de defender realmente a camisa amarela com orgulho, só com gente que queira isso dentro do alto comando da confederação para voltar aquele gostinho de orgulho de ver a seleção jogar.

Um novo São Paulo..

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O São Paulo parece ter resolvido arrumar a casa realmente, retomar o caminho que o time criou e buscar ser forte novamente.

E por muitas vezes em uma instituição, é necessário renovar, mudar, trocar o que as vezes era bom. A saída de Milton Cruz é simbólica por isso.

É impossível que algum são paulino tenha coragem de dizer que Milton Cruz foi péssimo para o tricolor. São 22 anos dedicados ao São Paulo, ele chegou, viu o fim da era Telê, viu Ceni ser tornar M1to, viu três brasileiros consecutivos, além da terceira taça da Libertadores e Mundial. Sempre sendo importante na construção dos times.

Mas a sensação nos últimos anos é que esse olhar cansou, viciou, não conseguia mais colaborar como antes. Milton vinha errando muito mais do que acertando nos últimos anos. Sua saída era necessária. Tenho certeza que seja com Muricy ou com Osório sua ajuda será de grande valia.

O São Paulo parece que despertou do sono profundo, ainda é preciso recuperar o tempo perdido, a muita coisa para ser feita, mas os primeiros passos começam a ser dado.

Parece que um novo São Paulo começa a surgir.

Esquentando a cuca…

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E o Palmeiras começa o ano em uma turbulência completamente esquisita.

O clube conseguiu cifras expressivas em 2015, a Allianz Arena é um sucesso, o time conseguiu enfim um presidente que deixa a crise de bastidores para lá e o time inclusive foi campeão da Copa do Brasil.

Porém, tudo virou do avesso em 2016, parece que nada que foi feito prestou. Marcelo Oliveira caiu, uma baciada de jogadores foi contratada e mais uma xícara de jogadores esse ano. O elenco é taxado como o melhor do Brasil, porém corre risco de ficar de fora do Paulistão e da Libertadores.

Do primeiro ainda acho exagero, do segundo acho difícil o time avançar.

Cuca chega e já é questionado, e aí resolve jogar para imprensa e pedir jogador. De duas uma, ou Cuca está assumindo que não sabe trabalhar com o que tem ou quem contratou todos esses, contratou muito mal.

Paulo Nobre e Alexandre Mattos precisam agir de maneira mais firme. Se tem certeza do que contrataram, precisam ver o que está acontecendo dentro do vestiário, inclusive se precisar medidas mais drásticas. Agora, se eles têm dúvidas do que contrataram, precisam ser cobrados pelos erros.

Está na hora de comanda o clube esquentar a cuca e da maneira correta se possível.

Todos os homens são mortais: Johan Cruyff 1947 – 2016

Não tenho bagagem e nem audácia de querer escrever um texto do tamanho que Cruyff representa para o futebol. Esse video acima, explica tudo. Vou apenas fazer algumas considerações.

Cruyff extrapolou a importância apenas pelo talento demonstrado dentro de campo. Enquanto os grandes gênios do futebol inspiram com aquilo que produziram dentro de campo, Cruyff optou por também educar as novas gerações, transmitir isso através da arte de ser treinador.

E nessa função também mudou, tem papel fundamental naquilo que o Barcelona se tornou. O futebol total do qual fez parte na Holanda da década de 70, ele levou para o Barça, que agora é doutrina máxima de Pep.

Obrigado Cruyff!

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Se preocupar menos com panela e mais com profissionalismo…

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E hoje, no noticiário informal (Whatsapp e Twitter sem fonte confiável) corre um aúdio com algumas reclamações e considerações sobre os problemas que acercam o Palmeiras. Não acho que vale a pena entrar no mérito do conteúdo, porém algo comum a muitos clubes salta os olhos.

As panelinhas existentes no futebol. Quantas vezes não escutamos que em nosso clube existe a panela de ciclano, a do beltrano e do fulano. Quem ciclano se acha muito e que fulano que todo mundo da imprensa respeita e completamente desrespeitado dentro do clube.

Isso é normal, faz parte de qualquer organização empresarial inclusive. O que acha engraçado é o amadorismo que ainda lidamos com essa situação. E um amadorismo de todas as partes.

Da imprensa que continua vendendo isso como matéria. Da presidência e diretoria dos clubes por não gerenciarem essas situações em prol do time. Da torcida por entrar na pilha e querer escolher uma panela para defender e detrimento das outras. E de treinador e jogadores pelo mais importante, por não cumprirem suas funções.

Ora, jogador não precisa ser amigo de todo mundo, ele tem direito a escolher suas amizades e pronto. Contudo, é muito infantil, não entender que a vitória do time é o mais importante, inclusive para ele ter destaque, sem a vitória e os títulos ele se torna apenas um jogador lá, nos títulos, ele passa a ser um vitorioso.

Da mesma forma o treinador precisa deixar para lá, as panelas e cobrar o desempenho do jogador em campo, inclusive reportando a diretoria o que acontece, para eventuais punições e até suspensões dos jogadores.

E basta o Palmeiras olhar para a própria história, Alex relembra quando diz sobre a conquista da Libertadores de 99 que quase não tinha nenhum amigo, que o grupo era rachado nesse sentido, mas que altamente profissional e comprometido com que tinha que fazer dentro de campo. O resultado todo mundo sabe.

Aliás, não só o Palmeiras, o meu tricolor também e todos os demais clubes, precisam se preocupar menos com panela e mais com profissionalismo.

As escolhas de Dunga

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Vendo a lista de Dunga, fico satisfeito com a possibilidade do time cada vez mais deixar de usar um volantão de contenção. Parece que pelo menos isso Dunga está vendo nos grandes clubes e querendo trazer para o Brasil.

O Brasil deve jogar com volantes que saibam jogar, tem matéria prima para isso e não tem porque jogar diferente.

Sinto falta de matéria prima dentro da área, hoje só temos Ricardo Oliveira, Jonas, Love e William José. Não estou dizendo que mereçam a seleção, mas apenas identificando, os 9’s que andam se destacando no Brasil. E essa posição não da pra culpar Dunga.

Contudo, pego no pé pelas ausências de Marcelo e Thiago Silva.

O primeiro a culpa por enquanto ficou em uma possível falha de comunicação entre CBF e Real Madrid. Marcelo é disparado nosso melhor lateral, assim como é disparado top 3 do mundo, particularmente acho que somente atrás de Alaba.

Quanto ao zagueiro, um velho dilema, eu mesmo já escrevi um texto sobre sua segunda chance, que não sabia o quanto Thiago estava pronto para apenas ser zagueiro, já que sua liderança se mostrou falha para a seleção em momentos cruciais. Mas é inegável o talento dele. Ninguém joga mais como zagueiro do que Thiago.

Seleção é lugar dos melhores, Thiago é nosso melhor zagueiro, três meses após minha dúvida sobre dar ou não uma segunda chance, hoje não tenho dúvida, ele tem que estar la´.