Ontem ao final do jogo do São Paulo contra o Novorizontino, o alvo principal dos jornalistas era Michel Bastos.
Autor de um dos dois gols da vitória tricolor, o São Paulo bateu o Novorizontino por 2×0, Michel foi questionado sobre todas as manifestações que a torcida tem feito contra ele. Tanto a “querida” uniformizada como dos torcedores comuns. A declaração dele foi sincera, de quem respeita a opinião da torcida, de quem tentará responder dentro de campo, mas de quem é ser humano também, falou do que seu filho ouve na escola.
Assumo que eu mesmo pego no pé de Michel, suas atitude em campo as vezes me incomodam, inclusive aquele gesto de mandar a torcida calar a boca, ele não deveria ter feito isso. Agora, garantir que é laranja podre do grupo, é muita levianidade, não o conheço e não vejo nenhuma atitude dos atletas que indiquem algo do gênero, pelo contrário.
E então fiquei a noite de ontem, pensando o quanto nossa era digital nos facilita ter acesso a qualquer informação a qualquer hora, mas como citei na frase é qualquer. Qualquer um pode escrever qualquer coisa e você acreditar, hoje Michel pode ser laranja podre, amanhã Ganso e depois outro e você pode acreditar em tudo isso, ou não. Hoje cria-se fatos e distorcem informações com facilidade, o cuidado com a informação é zero, publica-se qualquer coisa em 140 caracteres em textos inteiros ou até nesse blog aqui.
Confesso que apesar de já ter lido algumas vezes e achar que tinha essa consciência mais firme, vi ontem após a entrevista de Michel que a paixão clubística me cegou um pouco. Não sei se Michel é descompromissado ou não, vou continuar reclamando de suas atuações dentro de campo e prestar mais atenção, apurar mais o que eu leio.
Como Goebbels repetiu por aí, “uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade”. É preciso cuidado.