Confesso que em algum momento nesse blog, já elogiei Dunga. Sei lá, acho que era respeito pela história como jogador, como alguém que foi crucificado e tratado como exemplo de uma geração perdedora, deu a volta por cima e se tornou o vencedor que é.
Contudo, acho que ele ficou tão obcecado pela vitória e só por ela que não enxerga o que as vezes é necessário fazer para atingi-la. Dunga só quer a vitória a qualquer custo e não sabe lidar com a derrota.
Mas do que isso, o que estão fazendo com Dunga é sacanagem. Ele não é treinador, caiu lá de para quedas, como se a sua história grandiosa fosse suficiente para arrumar a seleção. Como se futebol ainda fosse, escolher os melhores, fechar o grupo, controlar o vestiário e ir para o jogo.
Treino e tática é para os outros, o Brasil não precisa disso. Esse mantra ecoa nas paredes sombrias da CBF.
O Brasil hoje é um time comum, uma seleção com ótimos nomes, mas que ainda não dá liga. Sim, já disse isso e repito. Nossa geração é ótima comparada aos concorrentes. Pense em Coutinho, William, Lucas Moura, Neymar e Leo Baptistao dando liga, ou qualquer outro centroavante, ou mesmo sem centroavante, com meias e pontas, entrando e saindo da área, inclua então Oscar nessa lista. Ainda tem Douglas Costa, Rafinha, Lucas Lima, Everton Ribeiro.
Mão de obra fraca, né. O Brasil ainda produz muito talento. Mas parou de produzir que organiza isso. Aposto que Dunga não dura muito, na verdade, espero que Dunga não fique muito a frente da seleção.
Não tenho medo de classificação, o Brasil vai para Copa de qualquer jeito, meu medo é pelo tempo perdido, pelo tempo parado em 1994.