E ontem a seleção brasileira encerrou a preparação para as eliminatórias da Copa-2018 na Rússia.
Daqui para a frente, só jogo complicado, essa Eliminatórias tem tudo para ser a mais difícil da história da Conmebol, para o Brasil é claro. O maior campeão da história das Copas passa por um processo de renovação não só de elenco, mas de como atuará, nosso futebol vive um questionamento do que ele quer ser?
Nesse ínterim, temos um técnico altamente questionável, que dirá técnico, já elogiei, critiquei, ignorei e tudo mais, certo é, Dunga é vencedor, traz isso no seu DNA, porém repassa apenas isso para o grupo. A sensação é que ele reúne todo mundo e tem duas táticas, a primeira é bola no Neymar e o resto fica atento que se ele não resolver geral sai correndo para marcar o adversário.
A outra é quando o Neymar não tá, vão lá e fazem o que vocês fazem no seu clube e pronto e torcem para o amigo saber o que você faz lá.
Não vejo o Brasil de maneira ainda bem arrumada, ontem contra o EUA, o conceito de amistoso foi levado à forra pelos americanos, o jogo foi uma grande pelada. Novamente, os destaques ficam pelas atuações individuais.
Marcelo é titular absoluto, nada contra os postulantes a vaga, mas ele é bom demais, para ficar fora da esquerda do Brasil.
Neymar é acima da média mesmo, a frieza com que tira a marcação e faz o seu segundo gol é genial.
Rafinha foi grata surpresa, assim como Lucas tem tido mais chances e principalmente aproveitado melhor. Lucas Lima também foi bem, deve ter garantido seu lugarzinho no grupo.
Contudo, a questão não está em quem seriam os 23 convocados de Dunga, até porque a cada par de jogos, pode ser alterado um ou outro, a questão é, qual a capacidade do homem do boné para aproveitar toda essa safra.
Não aceito a ideia de safra ruim. Temos um batalhão de bons jogadores em todas as posições, talvez apenas a lateral direita, algo que desde que me entendo por gente, falta no nosso futebol.
Aceito que é uma safra abaixo das últimas, ou menos genial que essas, porém é boa o suficiente para brigar por título, em material humano estamos tranquilamente entre as cinco melhores, o que falta é fazer isso funcionar.
Cada vez mais, entendo que a cultura do nosso futebol limitou os nossos treinadores. Quando o próprio Dunga, diz que apesar de testar algumas coisas sabe que Brasil precisa ganhar acima de tudo, ele joga fora o planejamento e prioriza o resultado a curto prazo, onde qualquer derrota destrói por completo o castelo de areia.