E Osório optou por ficar e junto com ele o rodízio que ele promove e que resolvemos tornar um monstro maior que aquele que sua mãe dizia morar no seu armário.
Aliás, tal qual o monstro no armário, o rodízio que Osório promove é inofensivo e o menor dos males dentro do São Paulo.
A saída de uma debandada de peças defensivas tornou ainda mais fraco o setor tricolor. Os são paulinos lembram o quanto a defesa era criticada desde o ínicio do ano, imagina que saíram os titulares e os reservas, adivinha quem ficou, promessas, jogadores que voltam de lesão e aqueles que nem reservas eram.
Soma-se isso a guerra política, dividas deixadas e dividas assumidas e verá que um mero rodízio e pequeno no problema do time.
O rodízio é apenas um atributo de algo maior.
Definir um esquema tático bem como a filosofia de um time. Osório tenta implantar o seguinte conceito, o São Paulo agora passará a ser um time ofensivo, com variação entre o 3-4-3 e o 4-5-1 com um volante e uma linha de quatro meias. A partir daí, todos e tudo entendem como o São Paulo irá funcionar. Cada jogador, sabe muito bem qual o papel de cada posição, e se for colocado em tal lugar, qualquer um do goleiro ao centroavante, sabe o que é esperado daquela função.
Ou seja, a médio prazo, qualquer novo jogador, qualquer formação do time na base, fica fácil pensar o que querem dentro do time. O esquema está definido, pronto, é o mesmo sempre.
Então, porque esse barulho todo a respeito dessa questão?
Para garantir a rápida absorção de todos no elenco do esquema, Osório precisa que rapidamente todos os jogadores atuem e de preferência em mais de uma posição, isso ajuda a cada um entender o papel principal que será esperado dele e possíveis variações ao longo do jogo. Nesse processo, alguns jogadores estão sucumbindo e com dificuldades de entendimento, o que é normal, já que não houve pré-temporada com Osório, ele chegou no meio da temporada, costume local nosso.
Osório está tendo que implantar essa mudança com o campeonato em andamento, a famosa expressão “trocar a turbina com o avião no ar” encaixa perfeitamente ao clube nesse instante.
Para muitos, a questão do imediatismo (outra característica profunda do brasileiro) e do futebol de resultado grita alto e ecoa no Morumbi, enquanto isso, Osório vai tentando mostrar que o monstro do armário não existe e tampouco é esse animal gigantesco destruidor de lares.