Todos os títulos são especiais, mas alguns…


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O que dizer do título do River?

Apesar de pouco badalado aqui no Brasil devido a ausência dos clubes do eixo Rio-SP e consequentemente esquecido pela nossa querida plin-plin o título do River é digno de filme, curta metragem, livro, documentário para quando o pai quiser mostrar a emoção de ser River Plate.

O time começou a Libertadores como um dos favoritos ao título, credenciados pela boa campanha na Sulamericana 2014 e com o time disputando o título com o Racing do Argentinão, a expectativa era enorme.

Contudo, uma estréia desastrosa contra o San José em Oruro começou a tornar a classificação tarefa complicada. Na sequência, jogo duro contra o ótimo Tigres (sim, o destino colocou os finalistas no mesmo grupo) e um empate.

A esperança surgiu para os dois duelos contra o modesto Juan Aurich do Peru, contudo mais dois empates colocaram o River em situação complicada, pois eram apenas 3 pontos, nenhuma vitória.

Eis que veio o jogo de volta contra o Tigres, agora no México, e a história épica começava a ser escrita. O jogo estava 2×0 Tigres até os 40 do segundo tempo, o que praticamente colocaria o River fora do campeonato, porém com gols aos 41 e 44 o River conquistou um empate heroico e manteve viva a chance de classificação.

Na última rodada a situação era a seguinte, River tinha apenas 4 pontos, enquanto Aurich tinha 6 e o adversário San Jose os mesmos 4, o saldo do River era -2 enquanto dos peruanos era -1.

O River resolveu logo o seu jogo, e viu Aurich e Tigres fazerem um jogo emocionante que terminou com 5×4 para os mexicanos e a classificação como o pior segundo para os argentinos.

Uma história só é épica se tiver duelo com o grande rival e quem seria o adversário das oitavas? Nada menos que Boca Juniors. O time amarelo e azul fez a melhor campanha na fase de grupos e estava em ótima fase seguindo como favorito para o duelo, resultado, confusão segundo jogo anulado e a vitória no primeiro jogo credenciou o River para as quartas de finais.

Na próxima fase o Cruzeiro, bicampeão brasileiro e ainda com Marcelo Oliveira, e o treinador armou o time que jogou com grande eficiência e buscou uma vitória dentro do Monumental de Nunez, o Cruzeiro ganhava do River na Argentina e voltava com ótima vantagem para Minas Gerais. Mas o Cruzeiro se especializou e perder a oportunidade nessas condições favoráveis, fez péssimo jogo de volta, foi goleado por 3×0, mandou Marcelo para o Palmeiras (que agradece!) e viu o River avançar para as semis para enfrentar a surpresa do campeonato.

O River iria enfrentar o Guarani que já havia deixado Corinthians e Racing pelo caminho. Mas toda boa história envolve vencer inclusive a surpresa do campeonato e assim o River fez. E partiu para a final e o mais surpreendente ainda sabendo que já estaria no Mundial, pois era o Tigres do México que seria o seu rival.

Sim, aquele mesmo time da fase de grupos, que por duas vezes teve a chance de deixar o River pelo caminho, tanto quando deixou os argentinos empatarem um jogo perdido, quando resolveram vencer os peruanos do Aurich. Se ao invés de Ferreti, Bernardinho fosse o treinador dos mexicanos, o River estaria em casa vendo o jogo ontem.

Quando Sanchez sofreu pênalti e converteu o mesmo aos 30 do segundo tempo, toda essa história veio à tona, todo mundo percebeu que história incrível o River escreveu nessa Libertadores.

Confesso que quase não assisti ao jogo ontem, mas acabei ligando a TV momento antes e não consegui tirar os olhos da partida. Ainda bem.

Todos os títulos são especiais, mas alguns vem acompanhados de histórias formidáveis

Obrigado River! Obrigado Tigres!

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