Saudade, saudade boa…

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Hoje é um dia feliz e triste para mim.

Por 30 vezes em minha vida comemorei o aniversário de minha avó nessa data, o ano passado foi a última vez que comemoramos em vida, ela resolveu ir cuidar de mim lá de cima.

Durante o último aniversário, fomos a um restaurante em Santos (última residência dela) que ela sempre gostava. Pedimos a sua feijoada e nos divertimos muito. Por fim, a família escolhendo seus picóles de sobremesa e ela querendo um belo pote de sorvete, decidimos dividir eu e ela.

Desde sempre foi assim, dividimos o mesmo gosto pelo tricolor paulista em uma família que com o passar do tempo ficou restrita a palmeirenses e corintianos, só nós dois dividiamos essa paixão pelo mesmo clube.

Foi ela também que me ensinou a amar o esporte, não só o futebol, mas todos como ferramenta fundamental na formação dos seres humanos.

Era com ela que iniciei minhas primeiras discussões sobre futebol, discutimos sobre um tal de Rogério bater falta (que goleiro metido a besta, ela dizia), a felicidade da volta do Raí, lembro que a época era de vacas magras para o nosso time, mas seguimos firme e forte.

Por todo esse papel fundamental na formação do meu caráter, não tem como ficar apenas triste nesse dia, uma felicidade enorme também toma conta de mim, pois essa minha paixão pelo futebol só se deve a essa senhorinha tão geniosa e generosa.

Hoje o post é de saudade, saudade boa.