Nossos homens do boné!

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Imagina que hoje no Brasil Muricy, Abel Braga e Felipão estão sem clubes.
Lógico que Muricy está fora do mercado muito mais por opção própria (saúde) do que por estar disponível.

Fica evidente a passagem de bastão, Tite, Cuca e Marcelo Oliveira são os pioneiros desse grupo, mas Doriva, Leonardo Condé, Ricardinho, Eduardo Baptista, Fernando Diniz, Argel, Cristóvão Borges são a “próxima linhagem”

Outros se renovaram e possuem espaço, casos de Oswaldinho, Levir e Luxemburgo.

Contudo, diante dessa renovação, a desconfiança aparece e aí surgem as oportunidades para os treinadores estrangeiros.

Aguirre depois de sofrer bastante para implantar sua filosofia, colhe os bons frutos agora, seu Inter é um time consistente com elenco e com chances de disputar tudo esse ano.

Seguindo essa onda, o São Paulo mostra que tem tudo para colocar um técnico estrangeiro no clube, atualmente Osório do Atlético Nacional da Colômbia é o grande cotado, mas vale lembrar que desde a saída de Muricy, os nomes especulados foram Luxemburgo, Sabella, Sampaoli, André Villas Boas e agora Osório, ou seja, 80% dos nomes são de treinadores estrangeiros.

O que mais me impressiona entre os técnicos gringos é a formação acadêmica deles. Todos grandes teóricos e formados para atuarem como treinadores.

Por aqui, o que se vê é um monte de treinadores formados no terrão, como eles gostam de bater no peito.

Uma formação apenas prática, sem entendimento teórico sobre o que observar em uma partida.

Aliás, característica essa que tange toda nossa cadeia, imprensa, torcedores, jogadores e logicamente os treinadores, todo mundo é muito bom para falar do time de maneira geral, raríssimos os casos onde se olha uma particularidade, um pedaço daquele todo que pode ser a solução para vencer uma partida.

Nossas derrotas, sempre justificadas por uma infelicidade, um azar em um lance ou um apagão.

Eu vejo com bons olhos a possível chegada de alguns treinadores estrangeiros, garantindo a troca e ampliando o horizonte dos nossos homens do boné.

Ver dois gringos em dois grandes clubes do Brasil pode ser muito bom para todos.