Não acompanhei o jogo entre Barcelona e Bayern ontem, mas vi o VT e pensei escrever o texto sobre várias óticas, seja Pep, seja Messi e até mesmo Neymar.
Desde que o sorteio foi realizado fiquei pensando na relação criador x criatura existente entre Pep e Messi.
Mas desisti de escrever sobre essa relação e então me lembrei da Igreja Católica e sua eleição sobre o Papa.
O “processo seletivo” ou conclave só é concluído quando o eleito possuir 2/3 mais um dos eleitores (cardeais com menos de 80 anos). Ou seja uma grande maioria.
Isso tudo porque ele não pode simplesmente ter somente a maioria, ele precisa de maioria absoluta, precisa que todos concordem com sua posição.
E aí lembrei de Pep, ele não tem a maioria do lado dele, ele tem maioria absoluta. Mourinho é respeitado por muitos, mas Pep talvez só tenha Ibrahimovic como seu principal crítico.
Pep tem seguidores, fãs incondicionais da sua filosofia, sua ideia é simples, porém rarissíma de ser seguida, jogar futebol de forma a deixar a platéia encantada e ainda assim sempre buscar a vitória.
Pep é descendente da seleção húngara de 54, da brasileira de 70, da holandesa de 74, novamente da brasileira de 82. Pep é da linhagem que entende que futebol não é apenas um esporte fadado a vencer ou perder, tem muito mais. Sua obsessão por jogar bonito vencendo, deveria formar mais treinadores assim, acostumados a querer no curto prazo, ganhar na retranca e no 1×0.
Mas é compreensível, entender essa outra linhagem menos nobre, ser adepto de Pep, não é para qualquer um.
Enquanto isso, fumaça branca no futebol, Pep Pope.