Não achei que escreveria sobre o Rio tão rapidamente, mas a demissão de Cristovão me fez querer teclar mais algumas linhas sobre o futebol carioca que agora convivo tão de perto.
Eu fico tentando entender o que leva um presidente de clube trocar seu treinador no início da pré-temporada. E o chavão mais clássico para a única resposta aplicável nesse caso, “é mais fácil trocar um do que onze”. Ou seja, a prova que o amadorismo ainda ronda os clubes vez ou outra.
Nem digo que Cristovão era bom ou Drubsky é ruim, nem se um é melhor do que outro é apenas uma questão de planejamento.
Você consegue medir o resultado de Cristovão e dizer se é bom ou ruim no Fluminense, a partir daí, basta escolher no início da temporada se dá sequência a esse trabalho ou não. Trocar no final de Março o treinador é condenar o time a reformulação nesse ano.
Repasso cinco perguntas que penso quando acontecem essas trocas de treinadores no meio de um ano.
– Quantos jogadores ali foram contratados pelo novo treinador?
– Quanto tempo o novo treinador terá para conhecer o planejamento da equipe para os próximos anos?
– Quanto tempo ele demorará para conhecer o elenco que possui?
– A partir daí, quanto tempo para ele passar sua filosofia de jogo e o time começar a jogar com a sua cara?
– Pra que a pré-temporada?
Ou seja, Drubsky pode ser um gênio como treinador, ou até mesmo um cara com muitas ideias inovadoras para colocar em prática, porém, diante do momento, é conhecer o time e montar uma proposta simples de jogo, para quem sabe o time estar pronto lá pela décima rodada do Brasileirão.
Por isso digo que o velho chavão é a única resposta, o presidente não quer dor de cabeça, troca o treinador apenas para agradar o pensamento imediatista do torcedor e para ver se alguns jogadores mudam de atitude com a demissão do “ex-professor”.
E você torcedor dirá: “Acho que agora vai!”.
Será que vai? Ou melhor, vai para onde?