Valdivia, voltou a aparecer e logo virou polêmica.
Extravazou no seu Twitter, como de praxe, e sobrou até para Alexandre Mattos.
Ficou incomodado como a imprensa tratava sua renovação, reclamou dos valores divulgados (segundo ele, a cada momento ele ganha um valor), disse que não tem problema em fazer contrato de produtividade, falou que jogou infiltrado algum dias desses e mais um monte de outras coisas tentando se defender da fama de jogador bom, porém chinelo e que ganha muito.
Particularmente, não posso analisar as questões sobre o quanto é chinelo, o quanto é problemas com lesões crônicas. Mas consigo ver a questão custo/benefício.
Sinceramente, dentro do Brasil, acho que só Adriano no Corinthians teve um custo-benefício pior do que Valdivia.
E os corintianos não precisam me lembrar do gol contra o Atlético, o Imperador atuou por 350 minutos em 08 partidas com apenas 2 gols marcados. Custou um belo salário e foi embora sem deixar saudades.
A conta de Valdivia é mais complicada, são 6 anos e meio somando-se suas duas passagens. Um título paulista em 2008 e uma Copa do Brasil em 2012. Nesse tempo todo foram pouco mais de 200 partidas pelo clube. 231 até então. Só para se ter uma ideia é o mesmo número de partidas que Neymar tem pelo Santos. Ou se comparar Valdivia com Valdivia, em sua primeira passagem de apenas 2 anos foram 93 jogos, enquanto na atual de 4 anos e meio foram 138 jogos.
E o pior de tudo custando caro ao Palmeiras desde sempre, com retorno ao clube muito pequeno.
Não questiono o talento de Valdivia, pelo contrário, acho excelente quando joga, basta ver a diferença do Palmeiras do ano passado quando ele estava em campo e quando estava fora. A questão é se vale a pena ter tudo isso?
Sinceramente, acho que o momento do Palmeiras ajudou toda essa manutenção de Valdivia, um clube que tem carência de ídolos na história recente, desde que o time conquistou a Libertadores de 1999, ninguém assumiu essa posição. Alex até tentou, mas foi mais feliz no Cruzeiro e depois no seu Coritiba. Kleber Gladiador foi Kleber Gladiador e ponto final. Diego Souza nunca quis essa alcunha, sobrou para Valdivia que nessa relação conturbada, pelo menos está sempre por lá.
Acredito que esse novo grupo palmeirense ainda não tenha esse jogador diferenciado, Valdivia ainda pode ocupar, mas tanto para a torcida quanto para o próprio Valdivia a melhor coisa foi esse bom time, pois com ele acaba a pior coisa em um relacionamento, a dependência.
Valdivia depende da torcida do Palmeiras e vice versa.
Quem sabe agora com um time que pode trazer resultados com as próprias pernas, a torcida só “ame” Valdivia pelo craque que é, assim como Valdivia tire o peso das costas de só ele resolver pelo time, ele pode apenas atuar pelo clube com todo o talento que tem.
Mas, uma coisa é certa, Valdivia precisa falar menos no Twitter e jogar mais…