O sol continua sendo tapado com a peneira…

solcompeneira

E eis que teremos um derby paulista com torcida única.

Não teremos nem mais 10%, tampouco um duelo de torcidas durante o jogo. Teremos apenas a do Palmeiras gritando e incentivando seu time. E quando quiser também poderá ficar em silêncio um pouquinho, já que não terá nenhuma torcida rival aproveitando o momento para incentivar o adversário.

Não irei usar o termo falência do futebol, porque nossa matéria-prima e paixão pelo esporte é tanta que não tem como decretar falência dele, mas é uma sensação horrível, como se o futebol tivesse pegado uma via paralela a sua história, nem volta pra trás (já que nunca houve algo parecido) e nem avança, a estagnação e deterioração é o que imperam no futebol.

O que me assusta é o medo de tratar o problema, as soluções propostas são sempre para mascarar, ganhar tempo, empurrar com barriga, para ver se de repente o problema some sozinho, desaparece e ninguém precisou fazer nada.

Proibir a torcida de ir ao estádio, não acaba com a violência, apenas muda ela de lugar, será em uma estação de metrô, em uma rua qualquer ou pela marginal Tietê. Só preserva o patrimônio privado do Palmeiras, seu estádio. Uma decisão puramente individualista da instituição Palmeiras, através de Paulo Nobre, e comoda para o Ministério Público.

É chover no molhado , é bater na mesma tecla, a solução é orientar, educar e no caso dos infratores puní-los, seja com atividades sociais de conscientização, seja com passar o periodo do jogo dentro da delegacia. Existem pessoas competentes para pensar na melhor solução.

Contudo, o sistema do “rabo preso” que impera em nosso país, onde todo mundo deve para alguém, impede que clubes, federações, orgãos públicos e a própria torcida organizada criem medidas para afastar os bandidos dela.

Continuamos tapando o sol com a peneira ao invés de resolver realmente acabar com a violência no futebol.