E aí, cadê o seu camisa 09?

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Damião, Luis Fabiano, Paolo Guerrero, Henrique, Alecsandro, Fred, Jô, Barcos, Rafael Moura, todos eles representam o famoso centroavante. Jogador de área, finalizador, que tem faro de gol.

Alguns podem até sair mais da área, fazer pivô, mas sua principal função é ser o homem gol do time.

Quando olhamos a relação, vemos Fred e Luis Fabiano como ainda bons nomes e Guerrero e Barcos como outros bons nomes. Agora, se fosse não tivesse um centroavante e precisar contratar, quem além desses quatro, você investiria sem medo?

Os demais da lista estão em grandes clubes, mas não necessariamente são grandes jogadores. Damião é o nosso Fernando Torres, seu futebol sumiu, voltou para várzea ou algo do tipo. O restante, não inspiram confiança.

Tanto é que Galo e Mengo estão atrás de atacantes gringos. O mineiro já fechou com o bom Lucas Pratto, enquanto o Mengo sonda Lucas Barrios.

A pergunta que fica é: acabou o camisa 09?

Eu acho que não, eu acho que ele se reinventou. Guerrero é o exemplo mais próximo do que é o atual 09 no mundo. Lewandowski, Ibrahimovic, Benzema, são os craques dessa função.

Logo, não consigo pensar em nenhum brasileiro. Nem bom, nem apenas atual. O único que me vem em mente é Diego Costa e que simplesmente se naturalizou espanhol e aprendeu a jogar assim lá, não aqui.

O que fica evidente é que a função mudou, mas nós não arrumamos ela na base, nem no profissional, nem em lugar nenhum, apenas vemos e decidimos agora importar centroavante.

Acho um pouco absurdo, o país que se entitula do futebol, importar a principal peça, quem faz gol.

Nada contra Guerreros, Barrios, Barcos e Prattos, mas o Brasil pode abrir as portas para eles jogarem em nossas novas arenas, mas principalmente devemos fabricar esses caras por aqui.

E aí, cadê o seu camisa 09?

E aí, gostaram do seus professores?

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Esse final de ano o mercado que tem chamado a atenção é o dos treinadores.

Com as famosas especulações sobre possíveis reforços, que a cada ano que passa aprendemos a desistir disso e apenas comentar quando alguém veste a camisa do seu time, exceto o Renato Gaúcho, porque esse pode vestir e não jogar.

Tiramos um pouco o foco dos jogadores e vemos a intensa movimentações dos clubes para acertar os seus comandantes.

Particularmente, vejo como um movimento positivo, assim o planejamento para elenco do ano que vem será feito com aquele que deverá ser o técnico ao longo do ano. (Vamos tentar acreditar nisso)

Cruzeiro, Galo, São Paulo, Flamengo, Fluminense e Grêmio renovaram com seus treinadores. Entendo que a manutenção é o melhor caminho. E sem sombra de dúvida, todos os acertaram. Curiosamente, entre os dez primeiros do Brasileirão, apenas Santos, Corinthians e Inter optaram por mudanças.

Santos definirá a situação de seu treinador em breve, uma possível reunião nessa quinta irá selar a permanência ou não de Enderson. Corinthians optou por descontinuar o trabalho de Mano e trazer Tite novamente.

Não gosto de Mano, pura empatia, não o conheço. Mas, acho que ele merecia concluir seu trabalho. O treinador fez toda a reformulação necessária, começou a organizar o time e terminou com o time mais arrumado, teria 2015 para deslanchar suas ideias e eis que o ciclo é encerrado e agora Tite terá a responsa de entender que time é esse, vencer uma difícil pré-Libertadores e entender que seu trabalho sempre será comparado ao anterior.

Outros grandes em situações mais drásticas resolveram trocar seus treinadores. Botafogo, Palmeiras e Vasco começam 2015 com novos professores.

Dois acertaram e um errou. Vasco foi muito bem, trouxe Doriva, cara novo, barato e com um bom trabalho já realizado. Pegará um Vasco com $$ limitado, terá que montar um time competitivo dentro das opções escassas que terá, além de usar a molecada da base. Fez bem no Ituano e teve pouco tempo no Furacão. Foi uma boa aposta, contudo a intervenção constante de Euricão pode dificultar o trabalho.

Palmeiras mandou muito bem. Oswaldinho desde sua volta do Japão tem feitos bons trabalhos, contudo o rótulo dado para a imprensa, faz com que se fale pouco dele. Tenho certeza que se for permitido, fará ótimo trabalho no Palmeiras e com toda certeza será um ano bem mais tranquilo para os palestrinos.

Em compensação, o Botafogo errou feio. Buscou alguém que ganhou um nome por um trabalho na Jamaica, nunca conseguiu sucesso no Brasil e sempre saiu reclamando do mundo e de todos, o alvinegro poderia buscar Ricardo Drubscky, Ricardinho, Gilson Kleina ou até mesmo a manutenção de Mancini. Renê é andar para trás.

E o Inter, ah o Inter gostou de imitar seu eterno rival e ficará brincando que coloca a caixa de som e tira a caixa de som. Acho que o Inter deve fechar logo com o Mano ou achar uma aposta logo.

E aí, gostaram do seus professores?

Palpitando 16.12.2014

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Última rodada de Dezembro, última rodada do Palpitando em 2014. Veja aqui, os resultados da rodada passada.

Veja abaixo, a pontuação da rodada passada:
01º Ramon – 120 pts
02º Wagner – 55 pts
03º Cadê Meu Camisa 10?- 40 pts

Com a atuação dessa rodada Ramon dispara na liderança do último mês do ano. Confira como estão os rankings:

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Seguem os jogos a serem palpitados:
Quarta, 17 de Dezembro de 2014
17h00 Borussia Dortmund x Wolfsburg – Alemão
17h30 San Lorenzo (ARG) x Auckland City (AUS) – Mundial de Clubes
17h45 PSV x Feyenoord – Holandão
18h00 Lyon x Monaco – Copa da Liga Francesa
22h30 Independiente de Medellin x Santa Fe – Final do Shakirão
23h00 Barcelona x Emelec – Final do Equadorzão

Sábado, 20 de Dezembro de 2014
12h30 Werder Bremen x Borussia Dortmund – Alemão

Domingo, 21 de Dezembro de 2014
14h00 Liverpool x Arsenal – Inglesão
17h00 Pesqueira x Vera Cruz – 1ª Fase do Pernambuquinho
17h45 Inter de Milão x Lazio – Italianão
18h00 Bordeaux x Lyon – Francesão
18h00 Athletic Bilbao x Atletico de Madrid – Espanholão

Porque não Fernando Torres?

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Você gostaria de Fernando Torres no seu time?

O atacante espanhol conseguiu criar uma condição inimaginável, surgiu como um craque no Atlético de Madrid, teve ótima participação no Liverpool e decidiu ir para o rival Chelsea, lá parece que a macumba dos torcedores vermelhos fez efeito.

Torres vem atuando de maneira péssima, ruim mesmo, e ainda por cima contabilizando gols perdidos inacreditáveis. Foram três anos no Chelsea e agora caiu na Itália, no Milan, para tentar ganhar confiança, ou de repente uma mudança de ares ajudá-lo, mas ele não joga, vê Inzaghi adaptar Honda e El Sharaaway para fazer o que ele não faz mais. Seus gols.

Entre Madrid e Liverpool, foram 316 partidas com 147 gols, média de 0,46. Uma média razoável. Contudo, entre Londres e Milão, a situação é 120 jogos para 21 gols, ou seja, média de 0,175. Zé Love tem 35 gols em 161 jogos, média de 0,21. Apenas como efeito de comparação.

E hoje li que o Milan está cogitando devolver Torres ao Chelsea, só que o Chelsea pensa em “doá-lo” para qualquer clube.

Sinceramente, não sei qual a expectativa de Torres, se ele ainda acredita que pode receber muito, que ainda tem espaço nos grandes clubes, se a ficha caiu, porque não trazê-lo para o Brasil, já pensou?

Seria uma tremenda ação para o nosso campeonato. Imagina ele no Mengão, aposto que a Magnética tiraria a zica dele, faria ele feliz de novo, eu voltaria a marcar gols. Ou imagina ele no Indepêndencia com a camisa do Galo, só mandando para dentro as bolas mais absurdas que sobrariam para ele. Usei dois exemplos, mas qualquer clube poderia aproveitar o nome do jogador.

O idioma não seria um problema, trazer agora seria ótimo, porque ele teria os estaduais para entender o nosso futebol. O que seria bom, porque estadual serve para recuperar auto-estima de jogador, faz uns 7 golzinhos no estadual, contra Democratas, São Bentos e Bonsucessos e de repente você ganhou um atacante internacional no seu plantel.

Porque não Fernando Torres no Brasil?

Errar uma vez é humano, insistir no erro é coisa de dirigente.

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Parmalat, MSI e agora Unimed.

Parceiros que passaram por Palmeiras, Corinthians e Fluminense sob a visão turva de quem seriam investidores do futebol, mas simplesmente fizeram balcão de negócios, foram embora e nada deixaram.

A MSI foi a de passagem mais curta, ficou pouco menos de 2 anos no clube, passou, montou uma seleção que ganhou o título brasileiro de 2005, depois saiu, levou todo mundo embora e “coincidentemente” o clube foi rebaixado em 2007.

A Parmalat proporcionou o último grande momento do alviverde, com ela, o clube encerrou o jejum e foi o grande papa títulos da década de 90. Ganhou brasileiros, libertadores e demais títulos. A parceria acabou em 2000, o que aconteceu? Coincidentemente, o Palmeiras caiu em 2002.

Agora, chega a vez da Unimed, após 15 anos de parceria com o Fluminense, a empresa encerra o compromisso. E o que começa a acontecer? A sensação de que o time inteiro será desmantelado.

E aí, eu me pergunto, como pode o dirigente ser tão burro? Ou tão mesquinho? Ou simplesmente tão alheio ao clube?

As relações se repetem e ninguém se protege do mesmo impacto. Não aproveita o contrato para melhorar um CT, investimento em tecnologia, na base, qualquer coisa que seja o bem mais duradouro para o clube. Deixar que o parceiro traga os jogadores e que os mesmos não tenham nenhum vínculo com o clube é repetir a fórmula fadada ao fracasso.

Não vejo problemas nas parcerias, até porque em todos os casos, títulos foram conquistados, vejo problema no acordo feito, na falta de uma condição mais equilibrada, parece que mantemos a mesma cabeça de quando fomos descobertos. Os clubes são meras colônias de exploração. O parceiro suga os recursos enquanto dá, depois vai embora e deixa terra arrasada.

Acho bom o Fluminense acender o alerta já, desenhar um planejamento para os próximos 5 anos para evitar uma catastrófe, pois o time já tem batido na porta do rebaixamento algumas vezes nos últimos cinco anos, a história mostra que ficará mais perto agora.

E para os dirigentes, falta entender o real significado da palavra parceria, tanto das empresas que eles escolhem como investidores, como do próprio papel dentro do clube.

Errar uma vez é humano, insistir no erro é coisa de dirigente.

“Era melhor ter ido ver o filme do Pelé”

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Agora já recuperado, resolvi escrever sobre Pelé, pois vi muita bobagem sendo dita sobre ele, principalmente, “Deus deixa o Chaves e leva o Pelé”.

Nunca tive simpatia por Pelé. E amo o Chaves. Porém ficamos com o futebol.

Ele nunca jogou na minha época, tudo que vejo dele é através de vídeo ou pelo Pelé Eterno.

Falo com mais paixão de Ronaldo, Zidane, Romário, Edmundo, Djalminha e cia. Vi jogos ao vivo deles, presenciei as genialidades de cada um, sem esperar por elas. Com Pelé não, de tudo que se ouve, basicamente ele retrata em seus milhares de vídeos espalhados por aí.

E é por isso que ele é rei.

Pelé foi um pioneiro do seu tempo, o inventor do esporte como vemos atualmente. Existia um futebol antes de Pelé, e agora é tudo fruto do que ele mostrou ser capaz para um ser humano.

Talvez alguns tenham mostrado mais habilidade, outros mais força física, outros o conjunto inteiro. Mas sua coroa, não se deve apenas a genialidade dentro de campo, mas pela atitude de mudar o conceito de um esporte.

Quando vocês dá a alcunha para alguém de “rei” ela se deve a marcar uma época. A sempre alguém buscar referência em você para comparar aos outros. Pelé é isso e sempre será.

Como todo reino, muitos príncipes surgirão e até ficarão com a coroa de rei durante alguns períodos, mas o grande rei, aqueles que todos sempre falarão, será sempre um. Será sempre Pelé, entende.

Portanto, para quem pediu a troca, saiba que não adianta trocar, são dois reis, de diferentes áreas, mas que marcaram época e sempre serão referência quando for falar do esporte.

E como o próprio Chaves diz, “era melhor ter ido ver o filme do Pelé”.