E ontem o Brasil sofreu seu primeiro revés. Não chegou a ser uma derrota, foi apenas um 0x0.
E alguns ainda dirão que o goleiro mexicano foi o melhor da partida. Sim, ele foi. O desempregado Ochoa foi bem e evitou a vitória brasileira, mesmo assim, o Brasil não pode colocar o empate na grande atuação do goleiro mexicano.
O Brasil não foi bem. Jogou mal, ainda está desarrumado, pior, desorganizado, depende muito do talento individual e aí a culpa é de Felipão sim. Grande motivador, vencedor e com a chamada “estrela”, porém não conseguiu dar uma cara tática para o time. A marcação pressão é basicamente “escolhe e acompanha até o final”, típica da nossa pelada do dia a dia.
Basta ver a diferença da Alemanha para o Brasil. O time germânico passeou em campo na segunda. Joachim Low e seus comandados mostraram o que significa “passear em campo”. A Alemanha não foi avassaladora, mas aproveitou Pepe e dominou o jogo em ritmo de treino.
Já o Brasil ontem, pressionou porque é melhor individualmente, a qualidade do time é muito superior, e não venceu porque não teve organização para isso. Basta pensar que Luis Gustavo foi o melhor pelo lado brasileiro, porque ele faz com o que o Brasil não sofra tanto.
A opção por Ramires não deu efeito, se Oscar ajuda na parte tática, não tem contribuído tanto na criação, ontem sozinho então, foi mais difícil. Além disso, o Barcelona tem judiado de Neymar. Lá, ele é coadjuvante de Messi, portanto, não pode criar tanto, precisa sempre jogar para o argentino, então quando chega aqui, quer gastar todas as jogadas que treinou no videogame. Neymar está fominha demais no Brasil, precisa entender que a seleção precisa dele, assim como ele pode usufruir dos companheiros ao redor.
Faltou Hulk, faltou “mais sorte” nos ataques, faltou um gol, faltou Neymar soltar mais a bola, mas, principalmente, falta Felipão ser mais técnico e menos pai da família Scolari.