Tudo que Felipão queria era uma polêmica, algum jogador contestado, ou qualquer outra situação polêmica extracampo para fechar ainda mais o grupo e sair em busca do hexa.
Tudo que Felipão não queria era ter que mexer no time, mudar alguma peça naquele grupo que atropelou cinco campeões mundiais nas Confederações. Para Felipão, mudanças apenas no decorrer da partida ou pela necessidade de poupar alguém.
Contudo após todo esse oba-oba na Granja, as mordidas de Marquezine, as palhaçadas de Marcelo e as narrações de treino como se fossem jogos (sim, isso aconteceu), Felipão está irritado.
Muito irritado, e não é só porque a seleção estava mole, sem pegada, ou por causa de uma falha ou outra no posicionamento, a irritação de Felipão é porque ele tem certeza de que dois reservas merecem mais jogar a abertura do que seus titulares.
William e Maicon.
O meia que tem apenas 6 jogos pela seleção, mas que já era pedido a muito tempo, chegou e já mostrou que é mais dinâmico e até mais habilidoso que seu companheiro de time Oscar.
Particularmente, todos sabem do quanto admiro o futebol do ex-meia de Shaktar e Corinthians, para mim, era ele, Marquezine e mais 9.
Maicon mesmo sob a desconfiança de sua forma física, mostra que com ele a seleção fica mais equilibrada, ele não precisa subir toda hora e ainda auxilia e controla o ímpeto “Lucio” de David Luiz, simplesmente porque Maicon é o único lateral direito do Brasil. Daniel Alves é ponta, ou ala, não volta para marcar, sobe demais e deixa uma avenida nas suas costas, foi assim que Paulinho se machucou ao cobrir o “falso dois” (já que temos falso nove, porque não, falso dois).
Novamente, Scolari se vê entre o mérito e o apadrinhamento. Ninguém se incomodaria com Maicon e William de titulares, apenas Felipão se incomoda em não ter mérito e apadrinhamento juntos.
E agora Felipão?