Alan Kardec.
O atacante de 25 anos que causou outra rusga na relação entre Palmeiras e São Paulo. Rusga que eu garanto que passa na próxima janela de transação, quando o Palmeiras se interessar por Maicon, Osvaldo ou qualquer outro. Mas, de qualquer forma, muito se falou desse imbróglio.
Eu acredito que todas as instituições agiram de maneira correta.
O Palmeiras não quis fazer loucura pelo cara, está criando a política de contrato por performance, o que eu acho formidável e adotando um orçamento sustentável que tanto o Bom Senso pede, mas nada faz por onde. O tal do Fair Play Financeiro.
O São Paulo aproveitou que a lei permite você negociar com um jogador quando o mesmo está com o contrato com 6 meses para vencer e assim o fez com o atacante. Aproveitando que o Palmeiras negociava firme com o atacante, o tricolor achou por bem oferecer mais e trazer o atacante. Dentro da regra, ok, só acho exagero os valores envolvidos.
Para Kardec também, o jogador estava bem no Palmeiras e até aceitava ganhar menos do que o mercado oferecia para ficar no clube onde se sentia bem. Mas os combinados e descombinados da diretoria alviverde o irritaram e o jogador decidiu pular o muro.
Foi então que surgiram duas bestas (tentei achar outra palavra, mas acho que só besta traduz o que eles são) e defecaram pela boca. Parafraseando Gil Brother. Tanto Aidar e Nobre foram de uma pobreza de espírito sem igual.
Aidar com seu discurso preconceituoso, provinciano e estúpido querendo fazer graça no início de seu mandato. Já Nobre que chamou Aidar de patético, precisa entender que patético foi ele, eu não bater no peito assumir as convicções financeiras do Palmeiras e ponto final. Jogar a responsabilidade para o vizinho é apequenar-se.
No final, o que mais me surpreende é como estamos carentes de talento dentro do Brasil. Kardec que tem apenas 25 anos, virou um dos melhores centroavantes do Brasil, não pela sua qualidade, mas pela ausência dos rivais. Kardec é bom, sim, muito bom, mas para times que já tiveram Careca, Muller, Evair, Edmundo e tantos outros, brigar por Kardec parece quase um ato difamatório.
Kardec apenas mostrou nessa briga, que nossos dirigentes não sabem cuidar do nosso futebol. Que só esbanja talento lá fora, aqui dentro vamos nos contentando com pouco.