Galera do blog, mais uma vez eu abro o espaço para um colaborador, fico sempre muito feliz com essas participações. E mais uma vez, temos um parceiro niteroiense e flamenguista, não necessariamente nessa mesma ordem. Apresento-lhes Ramon Ribeiro.
Por Ramon Ribeiro
Vou explicar para os asseclas da nação arco-íris que parecem não entender de futebol.
Se a bola cabeceada por Wallace tivesse sobrado diretamente pro Marcio Araújo fazer o gol, teríamos um lance bem fácil de marcar o impedimento que era de 69cm.
No entanto a bola foi para o lado oposto, explodiu no travessão, quicou atrás do goleiro, atravessou a extensão do gol inteira bem perto da linha… e tudo isso em milésimos de segundo. Neste momento, o foco do bandeirinha era avaliar se a bola tinha entrado ou não.
Então a pelota sobra pro Marcio Araújo encoberto (na visão do bandeira) por Nixon que tinha posição regular e por pouco não fez o gol.
No momento da cabeçada, Marcio Araújo estar impedido não interferiria se a bola entrasse direto; se Nixon fizesse o gol no rebote, no máximo teríamos que discutir se Marcio Araújo atrapalhou algum adversário, sendo que não havia zagueiro do Vasco perto dele; sobraria apenas a possibilidade dele atrapalhar o goleiro Martin Silva.
Nenhum jogador do Vasco reclamou do lance; nas transmissões que ouvi, nenhum narrador disse algo sobre impedimento na hora do gol; somente citam o fato após verem o replay em câmera lenta. Além disso, o Luis Roberto da TV Globo não sabia dizer se o gol era de Marcio Araújo ou Nixon até ver o lance por trás.
O que houve foi um erro nada escandaloso. Foi um lance muito rápido, cheio de acontecimentos, bem complicado de avaliar e marcar, ainda mais para o bandeirinha que não está em casa de chinelão no sofá com uma mão dentro da cueca e outra segurando uma cerveja.
Quem fica postando fotos de tira-teima dos tais 69cm na origem da jogada parece que nunca chutou uma bola em peladas, que é torcedor de pay-per-view e comentarista de Facebook.
Para nós flamenguistas, mais hilário que o gol do Marcio Araújo nos acréscimos, é nos deliciarmos com vascaínos clamando por moralidade e Eurico Miranda, os 17 botafoguenses soltando perdigotos e lágrimas ao falar da tal “FlaPress”, e os pequenos príncipes tricolores tecendo comentários sobre ética no futebol (estes então são de rolar de rir!).
O coro e o choro uníssonos da torcida arco-íris não passam de um coitadismo medíocre.
O Flamengo é o gigante-malvado-ladrão-corrupto! O Flamengo é tipo a Globo! O Flamengo é tipo o McDonald’s! O Flamengo é tipo o Estados Unidos!
Coitados de vocês.