Existe um personagem chamado professor Gilmar do caricato Gil Brother que dava aulas para alunos e costumava reclamar das crianças mimadas do colégio. Ele denominava que essas crianças eram tratadas com muito leite com pera e ovomaltine, uma clara referência a uma vida cheia de regalos e de pouca cobrança dos pais.
Algo parecido com a expressão “menino de prédio”, daquela criança que não viveu na rua, ficou sempre protegido dentro do prédio e quando sai para o mundo sofre para acompanhar a realidade.
E na minha opinião, é dessa síndrome que meu clube (São Paulo Futebol Clube) sofre ultimamente, muito ovomaltine e leite com pera na formação de atletas. Rodrigo Caio é a principal evidência dessa safra. Jogador esforçado, aplicado taticamente, polivalente, atua em várias posições e com bom vigor físico. Possui ótimas características para ser um ótimo defensor, mas nos jogos importantes, quando as crianças se tornam adultos, normalmente o jogador espana.
Ou mesmo, em jogos corriqueiros, enquanto sua atuação está perfeitinha, ele vai muito bem, basta um erro que seu futebol vai para apático e horrível em segundos. Faz dois anos que o time do São Paulo é bom, mas não ganha clássico. Tem ótimo elenco, mas não ganha título. E assim vai.
O São Paulo é uma referência na formação de atletas e mesmo na forma como trata seus atletas profissionais, mas falta fazer a maioria entender a responsabilidade deles de estarem em um clube desse tamanho. A derrota não pode ser normal, muito menos a apatia durante um jogo, faz tempo que o time não tem poder de reação.
Algum profissional, um psícologo, por exemplo, precisa atuar de forma mais contundente para modificar esse perfil. Não deve-se mudar o programa de formação de atletas, mas é necessário alterar o perfil final dos jogadores que de lá estão saindo.
Seja colocar mais café amargo ou apresuntado no pão, ou diminuir o leite com pera e o ovomaltine deles.
Não sou torcedor do Tricolor (sou Alviverde e da paz), vim aqui via twitter do Menon. Eu não acho que a ótima estrutura que o S.P.F.C. oferece aos seus jovens jogadores seja responsável por uma possível má safra dessa garotada. Eu entendi o seu ponto de vista e é fácil concordar com ele, mas a gente não pode achar errado quando um clube faz o certo – que é oferecer tudo de primeira, como o São Paulo FC faz. Acredito muito que, hoje em dia, o que faz falta nos clubes da capital é a peça do “olheiro”. Vagar pelas cidades do interior do Estado, com peneiras feitas com calma, não aquela coisa de 5 minutos em campo. É isso que o Santos FC faz, com um ótimo time de profissionais que vasculham todas as cidades próximas e do interior também em busca de talentos quando eles ainda estão no futsal, com 12, 13 anos. Grande abraço e parabéns pelo site. Glauco
Glauco, obrigado pela visita! Não acho que o SP deva parar com o que faz, acho que incrementar o processo para melhorar a safra. Ademilson e Henrique (atualmente no Botafogo) foram destaques nas seleções de base e de repente não aguentaram o tranco do time principal.
E concordo plenamente que os olheiros hoje em dia, ou estão igual ao auxiliar do Flamengo x Vasco, ou só trabalham com empresários!
Abraços e aguardo mais visitas!
O problema é que a mulecada é mala e ruim. Ademilson por exemplo, acha que é craque e não sabe chutar ao gol, nao conclui uma jogada. Tem muita deficiência técnica e era tido como uma promessa. A maioria é jogador de empresário. Mulecada de talento mesmo, são poucos, bem poucos.
Realmente é uma vergonha isso, o problema é que criou-se uma classe de jogadores ricos, mas sem ganhar titulos nem jogos, as vezes nem jogam e são os tops, Adriano ficou 9 meses no corinthians e ganhou uma quantidade absurda de dinheiro e não fez nada, o time perdia e ele saia pra balada na mesma noite.
Outro caso parecido é o do Carlos eduardo no flamengo já ganhou 5 milhoes de reais está lá a um ano e deve ter feito uns 5 jogos pelo time.
Os jogadores querem ser ricos, querem o salário na mão, mas, não ligam para as vitórias, para os títulos, ligam só para seus carros, para as “novinhas” e seus cabelos cheios de gel.