Lulu Santos parece acertar em cheio quando escreveu que a humanidade caminha a passos de formiga e sem vontade.
Ontem, teve Libertadores, campeonato inglês e mais um monte de campeonatos pelo mundo afora. E ontem, a escolhida foi a Libertadores. E não escolhida pelo blogueiro aqui para acompanhar, mas foi a competição escolhida para mais uma demonstração de racismo no futebol.
Toda vez que Tinga recebia a bola, gritos de macaco eram ecoados no estádio. Não vale a pena, entrar no mérito do quão repugnante é. Uma torcida inteira eleger Tinga para ser hostilizado e de forma tão racista.
Por muito tempo, acreditei que a provocação de cunho racista entre jogadores nesse sentido para mexer com o psicológico era válida, algumas decisões você vencem as vezes só com a força mental do seu time. Contudo, começo a entender ultimamente que ser conivente com a provocação entre os jogadores nesse grau é permitir que a torcida reproduza. Até porque ela é uma extensão do seu time.
Provocações do tipo, “vou te pegar”, “você só tem direita”, “você sabe que você sairá eliminado daqui hoje?”… Essas são completamente aceitáveis para mim, agora o que fizeram com Tinga ontem não fui uma agressão ao Cruzeiro, ou ao jogador Tinga, fui uma agressão a Paulo César Fonseca do Nascimento, a um ser humano.
Espero que a presidente que se manifestou ontem via Twitter fuja um pouco das promessas dela. Falar que a Copa do Mundo terá “banners contra o racismo” é chover no molhado, já se vão quantos anos com esses banners e nada é feito? Espero que ele mande um ofício para o presidente do Peru solicitando uma intervenção do mesmo junto a federeção peruana de futebol cobrando uma punição severa ao clube.
Chega das macaquices feitas por esses babacas travestidos de racismo.
Único adendo que faço é que, não acho que a punição do clube possa mudar algo,
o torcedor não aprendeu esses valores dentro do clube mas sim dentro da sua casa e/ou sociedade que vive e convive.
o presidente do clube pode até ser negro e contra o racismo, mas como controlar esses animais? Não o problema é de educação, e a punição deveria vir não por meios esportivos mas criminais.
Punição dentro da lei peruana nos artigos de racismo ao agressor, o clube é mais uma vítima da falta de educação dada ao povo e da falta de cumprimento da lei, que deveria defender o ser humano e não agredi-lo.