Galera trago um texto do blog do Fernando Sampaio que acredito ter sido o melhor a resumir o caso Oscar/São Paulo.
Não coloco o Inter nessa relação, pois o clube foi “mero” receptador. Espero que as pessoas, não enxerguem o caso sob um olhar miúdo, um olhar clubístico e vejam como essa decisão pode alterar as relações entre clube-jogador. Principalmente na defesa do clube formador. Confiram abaixo o ótimo texto…
Por Fernando Sampaio
Há um mês, os desembargadores da 16ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo deram provimento ao recurso do SPFC por unanimidade, corrigindo a sentença da juíza Eumara Nogueira Borges Lyra Pimenta, da 40ª Vara do Trabalho de São Paulo.
A decisão havia sido realmente ridícula.
O resultado de 3×0 comprovou a falta de embasamento.
Apesar da decisão, Oscar continuou no Internacional. Claro, faltava o TRT esclarecer que a CBF deveria resgitrar o meia como atleta do SPFC. Esta semana saiu o esclarecimento. A CBF resgitrou Oscar como atleta do São Paulo. Agora ou Oscar volta, ou paga a multa.
A tentativa de calote, sair sem pagar e não cumprir o contrato, fracassou.
Cabe recurso? Sim, Oscar pode recorrer a Brasília. Mas enquanto a decisão não sair, ele estará resgistrado no SPFC, e a chance de mudar uma decisão de 3×0, é pequena.
A sentença não é uma vitória isolada do São Paulo. É uma vitória da do futebol brasileiro. A decisão dá garantias aos clubes e investidores. Moraliza o mercado. Fecha as portas aos espertalhões que vivem procurando atalhos para lesar os clubes, principalmente os clubes formadores. Oscar foi mal orientado. Pagou o preço.
Oscar voltará ao São Paulo? Não acredito, mas isso também não importa.
O mais importante nesta decisão é que os tempos mudaram. Acabou aquela jogada de cair fora dando o calote no clube. Com certeza o jogador continuará escolhendo o clube, como nós escolhemos nossas empresas. Ninguém é obrigado a trabalhar onde não quer. Isso é óbvio, mas se existe multa recisória no contrato, tem que pagar. Calote pega mal.
Imagine se isso acontece com grandes executivos do mercado empresarial.
Ridículo, só mesmo no futebol brasileiro.
Antes de mais nada é preciso esclarecer que o Internacional não é parte envolvida. O clube sabia da situação, mas não deve nada. Caso queira ficar com o atleta aí sim terá de pagar R$ 10 milhões ao São Paulo. Acho um bom negócio para o Colorado.
Chapéu não colou.