Galera hoje era necessário dois posts. Não é todo dia que cai um Rei e um Imperador ao mesmo tempo. Mas, não esqueçam que o Palpitando está logo abaixo e merece mais atenção do que esses dois personagens.
Sobre o Imperador, tem pouca coisa a dizer. Costumo chamá-lo desde sua saída do meu tricolor como o Garrincha contemporâneo. Não pelo jeito de jogar, mas pelo rumo da carreira. Adriano, na minha opinião, é um atacante tão diferenciado que se levasse a sério seria maior que Ronaldo. Assim como Garrincha a Pelé. Mas craques não se fazem apenas no talento com os pés, tem que ser bom da cabeça também.
O Corinthians fez certo e aproveitou a renúncia de RT para que Adriano tenha um pouco de sossego, foi uma atitude respeitosa do clube com o craque. Cabe a ele decidir o que quer da sua vida nos próximos anos. Se ainda quiser mesmo ser jogador, basta querer que a camisa 09 da seleção estará esperando por ele. Caso contrário, encerre de vez a carreira, antes que fique cada vez mais melancólico.
O Rei Teixeira, foi tarde e deixou um legado. Transformou nossa seleção em produto comercializou com todo mundo, mas ficou com todo o lucro para ele. A CBF era privada, mas a seleção é patrimônio cultural brasileiro.
Teixeira, tenta se gabar que com ele a seleção ganhou duas copas do mundo, como se você uma mega mérito sabendo que possuímos a seleção mais temida. Mas mesmo assim, não consigo dar atenção necessária para a base e permitir um ouro olímpico.
Ele tem mania de querer ressaltar que os clubes ficaram mais ricos. Na verdade, ficaram mais dependente de um modelo corrupto de empréstimos entre clubes-federações-CBF viciado. Passa a sensação de mais dinheiro no clube, mas mantém o clube cada vez mais amarrado a eles. Além disso, obrigou por muitos anos aos clubes se submeterem a sua decisão de TV, o que deixaram de ganhar milhões com isso.
Exalta que seu legado foi de um futebol mais profissional e organizado, mesmo sabendo que toda vez que a seleção é convocada, os clubes reclamam por ter que liberar seus atletas, por nosso calendário está fora do eixo europeu e por manter estaduais por pura decisão política.
De qualquer forma, a figura de Teixeira foi embora. Isso é um ótimo começo, basta ter certeza de que todo o cheiro (influência) de havelangismo que infesta a CBF se dissipe nos próximos anos. É lógico que Marin’s e Sarney’s dificultaram isso, mas o principal alvo deve ser outro, os olhares devem ficar atentos a Joana Havelange, pacto de sangue é mais difícil de ser quebrado.
Ela precisa ser retirada do comando, pode até continuar na CBF, mas sem o poder absoluto que possui hoje.
Enfim, muita coisa precisa ser feita, não precisa ser tudo ao mesmo tempo, mas precisa ser feita. É esperar, cobrar e acompanhar os próximos passos.