Ontem foi dia de entender porque a Libertadores é tão diferente dos outros campeonatos.
Consegui acompanhar na íntegra os jogos de Santos e Corinthians.
No jogo do Santos, o time da Vila parecia estar na praia. Quase não sentiu os efeitos da altitude e atropelou o The Strongest em campo. Tanto que abriu o marcador na bola parada. Ganso cruzou e Neymar desviou, o goleiro que estava no meio do caminho deu rebote e Henrique só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.
Depois do gol, o Santos resolveu tirar um pouco o pé e aí o time boliviano cresceu. Na Libertadores não se pode dar chance ao adversário, porque normalmente ele vai fazer gol nessa chance.
E ainda no primeiro tempo, o The Strongest chegou ao empate. Em cruzamento na área, a defesa ficou olhando e Cristaldo só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.
O primeiro tempo continuou aberto com algumas chances para os dois lados, mas acabou empatado.
Veio o segundo tempo e o Santos massacrou o time boliviano, criou inúmeras chances, mas não esperava encontrar Neymar em uma tarde “normal”. O atacante perdeu três boas oportunidades e Elano jogou uma bola caprichosamente na trave. Eu desconfio que foi na Libertadores que surgiu o ditado “quem não faz, toma”.
Pois já nos acréscimos, o The Strongest chegou a virada em cobrança de escanteio. Uma derrota considerada normal, porém, diante das circunstâncias do jogo, três pontos jogados fora.
Individualmente, destaque positivo para Ganso, Ibson e Henrique. Negativo, para Pará e Durval.
Depois foi a vez de ver o Corinthians jogar.
E o Corinthians começou igual ao Santos, se sentindo no Pacaembu. O time dominou as ações e mostrou sua maior característica, a marcação por pressão. Contudo, o time não criava chances reais, apenas Alessandro chegava bem.
E de repente, em um lance casual, na cobrança de um lateral, Chicão e Julio Cesar não se entenderam e Herrera que não tinha nada a ver com isso ganhou um gol de presente. O Táchira fazia 1×0 com 20 minutos de jogo no seu primeiro ataque.
O gol parece ter despertado o fantasma da Libertadores no time corintiano que passou a errar muito os passes próximo da área adversária. O Táchira aproveitou e arrastou o primeiro tempo até o seu final.
Veio o segundo tempo e nada mudou. Tite trocou 6 por meia dúzia, mas era o que ele podia fazer. O time sofria muito com a catimba venezuelana, mas não pode reclamar da sorte. Em lance dificílimo, o bandeira anulou um gol do Táchira. Que com certeza, 9 entre 10 bandeiras marcariam. Sorte do Corinthians em ter o bandeira certo ao seu lado.
Mesmo assim, o jogo foi se arrastando até o final. E a Libertadores deu mais um sinal que como ela é. No último lance, quando o Corinthians já não merecia mais o resultado, a bola foi alçada na área e encontrou Ralf para testar para o fundo das redes. Era o empate com sabor de vitória para o Corinthians.
Destaque positivo do Corinthians, Chicão, Alessandro e Ralf. Negativo, Liédson, Danilo e Jorge Henrique, ambos foram engolidos pela marcação venezuelana.
Parabéns pelo blog. É muito bom