Galera do blog, acabei de acompanhar o super clássico entre Real Madrid e Barcelona. O jogo mostrou que mesmo após toda a preparação de Mourinho, de todo o rolo compressor que o Real aplicava em seus adversários, o Barcelona é o maior time do mundo.
A tática de Mourinho funcionou nos primeiros 20 minutos, o time conseguiu impor uma marcação pressão e não deixar o Barcelona jogar do jeito que mais gosta. Essa pressão acarretou na presepada de Valdes que entregou uma bola para Benzema e na sequência do lance o próprio Benzema completou para o fundo das redes com menos de 25 segundos de jogo.
Com 1×0 no marcador o Real optou por continuar pressionando e não deixar o Barça jogar. O Real ainda conseguiu criar mais uma grande chance, mas Cristiano Ronaldo desperdiçou. Aliás, aproveito para dizer duas coisas a respeito de dois jogadores já mencionados aqui. Valdes é disparadamente o único jogador abaixo da média no time catalão, o Barça podia ter qualquer outro goleiro. Cristiano Ronaldo começa a mostrar cada vez mais que é um artilheiro de campeonato, mas um jogador que pouco aparece em jogos decisivos. Até hoje não lembro de uma partida que ele foi fundamental e decisivo em jogo importante.
Voltando ao jogo, passado os primeiros 20 minutos, o time do Real não conseguiu manter o ritmo e afrouxou um pouco a marcação. Isso foi o suficiente para o Barcelona impor o seu jogo, e ele surgiu. Messi que até então tinha atuação apagadíssima, pegou a bola desmontou a defesa madrilenha e deixou Sanchez na cara do gol para empatar a partida aos 29.
A partir o jogo ficou mais equilibrado e Barcelona passou a mostrar seu futebol que vem encantando o mundo nos últimos anos. Muito toque de bola, tabelas rápidas.
Veio o segundo tempo, e a esperança do Real conseguir voltar a marcar forte, foi logo derrubada quando Guardiola inverteu a posição de Iniesta e ele passou a ser o dono do jogo. Iniesta e mais o talento de Messi que foi muito bem marcado por Lass Diarra começaram a massacrar o time madrilenho.
E foi em um chute de Xavi no meio da rua que desviou em Marcelo que começou a covardia catalã. A partir dai, parecia que o Real viu o filme dos últimos anos se criar a sua frente. Os jogadores do Barcelona pareciam se multiplicar em campo, Iniesta e Sanchez se movimentavam muito e desmontavam o esquema de Mourinho, ainda tinha Messi que mesmo em partida mediana é capaz de resolver em um lance.
E Messi novamente começou a jogada que culminaria no terceiro gol do Barça, marcado por Fabregas que também fez boa partida.
O Barça começou a dar aula, entrava na defesa madrilenha do jeito que bem entendia, não aplicou outra goleada, porque abusou do preciosismo nas jogadas.
Mas deu gosto de ver o time catalão jogar.
Fica claro que o time está anos-luz de seus adversários, algo como o Santos na época de Pelé. Aliás, falando em Santos, Muricy que me perdoe, mas na provável final do Mundial, o cenário será parecido, inclusive a cor do uniforme e como hoje a Barcelona é favoritíssimo.
Pelo Real, gostei apenas da atuação de Diarra e Casillas, o primeiro se matou para conseguir para Messi e obteve certo sucesso, o segundo mesmo buscando três bolas no fundo das redes, fez algumas boas defesas e evitou o que podia ser outra tragédia em Madrid.
Mais uma vez, fica a sensação de ter assistido a um espetáculo. Foi um superclássico, mas graças a um supertime!!