Latifúndio Futebol Clube

Apesar de todos os holofotes neste momento estarem no destino de Ronaldinho Gaúcho, uma declaração não pode passar despercebida neste início do ano. Ela foi dada por Roberto Brum, dispensado do Santos, na declaração ela evidencia ainda mais, o caos administrativo que nosso futebol vive.

Brum afirma que a demissão de Dorival Júnior, não foi promovida pelo presidente e sim por um grupo de empresários que detém boa parte do passe dos jogadores santistas. A demissão foi forçada após o afastamento de Neymar, sob a ameaça do não pagamento dos salários de todos os jogadores. E é exatamente, por essa ameaça que a informação não pode passar despercebida.

Mesmo que nos detalhes algumas informações sejam estapafúrdias, o que fica evidente é a influência cada vez maior dos empresários no comando do clube. Tornando o clube, apenas objeto de valorização de seus bens (jogadores), parece uma analogia das nossas aulas de história no colégio. Os empresários são os grandes países europeus exploradores, enquanto os clubes, são suas colônias de exploração, invadidas e dominadas apenas para roubar suas riquezas e convertê-las em lucro, e quando não rendem mais, largam as terras devastadas.

Temos sérios problemas desde de que a Lei Pelé foi criada, de maneira inocente ou cretina demais, a lei foi aprovada olhando apenas a ótica do jogador, de forma superficial, e hoje clubes, empresários e os próprios jogadores confudem profissionalismo e globalização, com as famosas corridas do ouro, tão egoístas e agressivas.

Brum sofrerá duros golpes, por falar uma verdade que ninguém assumirá e que ele nunca terá fatos ou documentos para comprovar.

Que as palavras ditas por este jogador sejam tratadas pelo peso delas e não pelo futebol dele.