Às vezes me pergunto, se alguns dirigentes são totalmente alienados ou cretinos por profissão. Vai ano e passa ano e é sempre a mesma coisa, os dirigentes sempre tentam dar um jeitinho.
Trago esse assunto a tona por alguns motivos, como por exemplo o caso Miranda – São Paulo – Atlético de Madri, Ronaldinho Gaúcho e o seu leilão, Guiñazu – Inter – São Paulo, Palmeiras – Fluminense – Edinho. Em todos esses casos, a hipocrisia foi o tom mais alto da conversa.
Não me conformo com o leilão propagado pelo empresário-assessor-irmão de Ronaldinho, uma coisa é discutir as propostas, outra é publicá-la para ganhar poder de barganha, na contra partida, não me conformo com Flamengo e Palmeiras, dois clubes falidos querendo trazer um jogador desse quilate, achando que a conta marketing se paga e pronto, eu acho que a torcida iria preferir ver um time competitivo do que um “marketeam”. Clube permanece vivo com títulos, não com propaganda.
Seguindo, sou são paulino, mas quem o Leco pensa que é para reclamar do assédio do time espanhol ao seu zagueiro sem procurar o clube. O São Paulo é um time declaradamente conhecido por persuadir jogadores em término de contrato para não ter custo nenhum, veja o caso Guiñazu, portanto o ditado já dizia “pimenta nos olhos dos outros, é refresco!”. Mas isso não torna o Sâo Paulo o vilão da história não, ou o Inter levou o menino Oscar na “boa-fé”? Ou mesmo a forçada de barra do Edinho para ir jogar no Fluminense é a forma mais honesta do mundo.
É por essas e outras, que escutamos o jargão imbecilmente dito: “futebol agora é negócio!”. Negócio? Eu aprendi que para todo negócio que preste, existe um contrato, e mais, por incrível que pareça ele deve ser cumprido. Curioso, não? Hoje, 98% das pessoas envolvidas no futebol brasileiro, não tem a menor idéia do que é um negócio. Tanto é verdade que a represália dos mercados consumidores já começou, o time hoje que percebe qualquer movimento do seu jogador brasileiro, já aciona a Fifa para evitar barulho. Foi assim com Adriano, Ricardo Oliveira, será assim com Cristian (Fenerbahce) e seria assim com Gaúcho, ou alguém acha que foi boa índole dos três clubes envolvidos resolver pagar uma quantia ao Milan.
É triste, mas o Brasil como em todas as suas áreas ainda é um adolescente metido a besta, precisa ainda aprender muita coisa com os mais velhos.